Liderado por Martine Grael, time está confirmado na primeira etapa da 5ª temporada, que acontece
nos dias 23 e 24 de novembro, em Dubai, nos Emirados Árabes
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Acaba de ser anunciada a lista de atletas que fazem parte do Mubadala Brazil SailGP Team, equipe que marca a estreia brasileira no SailGP – o renomado campeonato internacional de corridas de vela. E é nesta quinta temporada da competição que o Brasil, pela primeira vez, larga ao lado de outros 10 times de diferentes nacionalidades a bordo do F50, embarcação caracterizada por tecnologia de ponta e alta velocidade – chegando, inclusive, a voar. Contando com sete atletas – dos quais um reserva -, o time brasileiro traz grandes nomes nacionais e estrangeiros do esporte na busca pelo pódio: Martine Grael, Marco Grael, Mateus Isaac, Andy Maloney, Leigh McMillan, Richard Mason e Kahena Kunze.
A primeira integrante do Mubadala Brazil SailGP Team a ser anunciada foi Martine Grael. Colecionando medalhas de ouro em competições nacionais e internacionais – incluindo Olimpíadas, Jogos Pan-Americanos e campeonatos mundiais – a atleta de 33 anos é filha do ícone Torben Grael e faz parte da ‘família real da vela brasileira’. Nascida em Niterói/RJ, Martine é estreante na liga internacional e teve sua posição como Driver, na nomenclatura oficial da modalidade – oficializada em 02 de setembro, em evento realizado no Rio de Janeiro para anunciar a cidade como uma das sedes da competição, que passará pela primeira vez na América do Sul.
Martine, como Driver, a “capitã” do Mubadala Brazil SailGP Team, torna-se a primeira mulher a ocupar essa posição na história da competição. A presença de Grael à frente do time brasileiro não só destaca o legado do país na vela, mas também sublinha o papel fundamental da equidade no futuro do esporte e o compromisso do SailGP em criar um campeonato esportivo inclusivo.
“Estou muito honrada em liderar o time brasileiro no SailGP. É um projeto novo e desafiador, especialmente por ser a primeira mulher da história da competição a comandar um barco nesta competição de alto nível. Nossa equipe está pronta para iniciar esse capítulo na elite mundial da vela, e não poderia haver momento melhor para o nosso time, começando com a estreia em Dubai. Estamos muito focados e empolgados com o que vem pela frente“, comenta Martine Grael.
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Martine Grael torna-se a primeira mulher capitã na história da competição (Foto: Maíra Sarmento/ATFilms) |
Outro nome de peso da família Grael também marca presença na equipe: Marco Grael – irmão de Martine – foi escolhido para ocupar uma das duas posições de Grinder do time brasileiro. Velejador experiente aos 35 anos, Marco também é dono de um currículo invejável como atleta olímpico e campeão pan-americano graças ao seu desempenho sobre as águas. A segunda vaga de Grinder, por sua vez, ficou com o também brasileiro Mateus Isaac. Atleta de Windsurfe, Isaac já foi 10 vezes campeão nacional e seis vezes sul-americano. Além disso, o paulista de 30 anos – e velejador profissional desde os 21 – foi medalhista de ouro na última edição dos Jogos Pan-Americanos na capital chilena, Santiago, e competiu pelo Brasil nas Olimpíadas de Paris neste ano. Juntos, Marco e Mateus – que também competem pela primeira vez no Sail GP – são os responsáveis por gerar potência, trimar as velas e ajudar na tática do F50, além de se moverem com agilidade de um lado a outro da embarcação.
Ocupando a posição de Flight Controller do Mudabala Brazil SailGP Team está um dos velejadores mais experientes e completos do circuito: o neozelandês Andy Maloney. Atual campeão da America’s Cup, o atleta de 34 anos de idade é o especialista a bordo responsável por controlar a altura do voo do catamarã F50 brasileiro – o que para os pouco conhecedores do esporte pode soar estranho. A verdade é que a velocidade das embarcações é tão alta, podendo chegar em torno de 100 km/h, que faz com que os barcos voem centímetros acima da água. Tendo competido em diversos campeonatos mundiais, campanhas de America’s Cup e classes olímpicas, Maloney acumula uma vasta carreira na vela de alta performance e será peça crucial no sucesso da equipe.
Em outra posição de destaque na equipe está o britânico Leigh McMillan, Wing Trimmer da embarcação. Atleta olímpico nas edições de 2004 e 2008 dos jogos e com histórico de participação em outras competições mundiais, McMillan é o mais velho dos integrantes do time brasileiro. Com 44 anos recém-completados – apenas quatro dias antes do anúncio oficial da equipe -, ele será o responsável por garantir que o barco alcance as maiores velocidades possíveis dentro das condições desejadas pelo Mubadala Brazil SailGP Team.
Encerrando as posições a bordo do F50 do time brasileiro, o também britânico Richard Mason chega como o Strategist. Posicionado imediatamente atrás do Driver, sua função é extremamente estratégica na embarcação, ao ser a responsável por ter a visão mais ampla da corrida e munir o restante do time com as informações mais pertinentes e precisas acerca da competição. Vetereno de todas as edições do SailGP – com passagens pelos times da Grã-Bretanha, Suíça e Dinamarca -, Mason traz para o time toda sua experiência como velejador profissional, tendo competido em diversas categorias internacionais de alto desempenho.
Apesar de serem somente seis posições a bordo do F50, cada equipe conta com sete atletas, pois há a obrigatoriedade de um Reserve (reserva). Para cumprir o papel de estar a postos caso qualquer um dos colegas precise ser substituído, o que exige uma escolha altamente competente e versátil no desempenho das funções da embarcação, ninguém melhor do que Kahena Kunze. A paulista de 33 anos é bicampeã olímpica e pan-americana, além de campeã mundial de Iatismo, ao lado de Martine Grael, figurando entre os melhores velejadores do mundo.
Sobre a escolha dos membros da equipe, Alan Adler, CEO da IMM, comenta: “Conseguimos juntar um time com alguns dos melhores atletas do mundo, o que é motivo de muito orgulho e que nos deixa muito otimista para nossa primeira temporada. Estamos firmes no nosso objetivo de honrar nossa tradição de sucesso no esporte que já conquistou 19 medalhas olímpicas para o nosso País”.
Mariana Britto, Diretora de Marketing do Mubadala Brazil SailGP Team, destaca a importância de anunciar a equipe completa: “O brasileiro tem um jeito muito particular de torcer e se engajar nas competições. Queremos muito que o público conheça mais sobre o SailGP e vibre pelo nosso time. Essa é uma modalidade que tem tudo para conquistar o coração do torcedor: atletas de elite, velocidade, emoção até o último minuto. E ter uma etapa realizada no Rio de Janeiro vai ajudar ainda mais a trazer o público para perto deste esporte. Nossa ideia é que a estreia de uma equipe do Brasil na competição seja o começo de uma nova paixão nacional”.
Somando décadas de experiência no cenário internacional da vela de alta performance, Horacio Carabelli assumirá o posto de Diretor de Esportes do Mubadala Brazil SailGP Team. Velejador e engenheiro naval de renome, Carabelli disputou as Olimpíadas de Seul-1988 e foi responsável técnico e tripulante do Brasil 1, o primeiro barco brasileiro a velejar na Volvo Ocean Race, a famosa regata de volta ao mundo. Na mesma competição, foi tripulante do Ericsson 4 junto de Torben Grael e se consagrou o grande vencedor da temporada 2008-09. O ex-atleta – que participou de cinco America’s Cup como engenheiro e diretor técnico – será peça fundamental para o time, combinando sua expertise técnica com sua vivência nas regatas mais exigentes do mundo e, ao mesmo tempo, irá liderar a equipe tanto no planejamento estratégico quanto na otimização do desempenho do catamarã F50.
“É uma grande responsabilidade assumir a direção esportiva da equipe brasileira no SailGP. Representar o país em um campeonato tão inovador e competitivo é um desafio empolgante. Acredito que o Brasil tem um enorme potencial para se destacar, não só pela qualidade dos atletas, mas também pela capacidade de inovar e se adaptar rapidamente às novas tecnologias envolvidas na competição. Minha missão é unir toda essa expertise técnica e esportiva para levar o time brasileiro a competir de igual para igual com as melhores equipes do mundo”, completa Carabelli.
Para além dos membros da equipe, o time conta ainda com um outro personagem decisivo: a embarcação (F50). A categoria de catamarãs é utilizada na competição por todos os países que participam, mas isso não impede que o barco do time Mubadala Brazil SailGP Team se destaque e traga a alma do povo brasileiro para as águas por onde passar. E, para ajudar a imprimir essa identidade nacional no F50, o renomado designer Fred Gelli foi convidado para personalizar a estética da embarcação brasileira. Co-fundador e CEO da Tátil Design, reconhecido no Brasil e no mundo, Gelli desenvolveu a marca dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 e foi um dos diretores criativos da Cerimônia de Abertura e Encerramento. Uma curiosidade interessante da sua trajetória é que o profissional tinha o sonho de desenhar veleiros – chegando a ingressar no curso de Engenharia Naval antes de mudar para o de Design.
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“A criação da identidade visual do barco brasileiro no SailGP foi uma oportunidade de representar o Brasil de uma forma potente e autêntica, fugindo de clichês. Nos inspiramos no modernismo, em figuras como Oscar Niemeyer e Burle Marx, que mesclam arte e ciência, e trouxemos elementos que conectam o Brasil à sustentabilidade e à alta tecnologia. O barco reflete essa mistura única de curvas, cores e sensibilidade, com um toque de ‘borogodó’ brasileiro – algo que surpreende e envolve, assim como a Bossa Nova faz com sua quebra de ritmo e convite ao inesperado”, completa Gelli.
A estreia do time brasileiro está marcada para a primeira etapa da 5ª temporada do SailGP, que acontecerá nos dias 23 e 24 de novembro, em Dubai, nos Emirados Árabes. Em preparação para esse grande momento, Martine Grael, Marco Grael, Mateus Isaac e Richard Mason participaram de um intensivo training camp nas Bermudas no mês passado. O treinamento foi essencial para que a equipe afinasse sua sinergia a bordo do catamarã F50 e se preparasse para competir no mais alto nível na competição de vela mais rápida do mundo.
Antes mesmo de competirem na água, os ventos já sopram a favor do Mubadala Brazil SailGP Team.
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