Olivinha, o “Deus da Raça”, faz sua despedida com honra e muita emoção das quadras; o astro do Flamengo se aposenta e sai ovacionado no Maracanãzinho
Nada jamais apagará o que Olivinha fez pelo Flamengo e pelo basquete nacional. O “Deus da Raça” se despediu das quadras como jogador profissional nesta quinta-feira (13/06), dentro do Maracanãzinho, junto de sua torcida, após a derrota do Flamengo para o Sesi Franca por 69 a 59, que deu o terceiro título ao rival. Olivinha encerra a carreira como um dos maiores de seu tempo, com seis títulos de NBB CAIXA no currículo, além de ser o líder histórico de rebotes.
A partida não foi como Olivinha e o restante do time esperava, em mais um placar baixo e na maioria do tempo correndo atrás do marcador. Mas o ala/pivô de 41 anos termina sua carreira como líder nos números de partidas, com 564 até a temporada 2023/24. Além disso, alcançou a marca de 7000 pontos durante essa temporada, sendo o quarto atleta a conseguir tal feito. Foi um atleta que dedicou 30 anos de sua vida ao basquete e esteve nas 16 temporadas do NBB CAIXA.
No primeiro quarto, Olivinha entrou faltando menos de cinco minutos, buscando incentivar seus companheiros com aplausos e aos gritos de “Vamos lá, vamos lá”. Tentou um arremesso de três pontos, que foi no aro. Ficou menos de três minutos e voltou para o banco com um rebote defensivo, na melhor característica Olivinha de ser, brigando no garrafão, além de uma falta cometida. A conta para os 4000 rebotes na história do NBB CAIXA ficou um pouco mais próxima, faltando cinco apenas.
Era dos primeiros a se levantar nos tempos técnicos e puxar a moral do time, mesmo estando atrás do placar em boa parte dos minutos durante os primeiros quartos. No segundo quarto, foi um expectador de um jogo com a pontuação baixa que os dois times tiveram, indo para o intervalo em desvantagem de quatro pontos, com Flamengo 22 x 26 Sesi Franca. No terceiro quarto, a tônica se repetiu, com Olivinha no banco.
+ Confira imagens do Olivinha em ação ao longo da carreira
Nos seis minutos finais do jogo, retornou à quadra, com uma desvantagem de 16 pontos contra no marcador, para atuar por seus momentos derradeiros. Ao todo, foram oito minutos e 59 segundos em quadra. Somou quatro pontos, com direito a bandeja dentro do garrafão, pegou mais um rebote ofensivo. Não chegou aos quatro mil rebotes, mas teve quatro de eficiência. Todos esses números pouco importou perante toda a figura que teimou em sair da quadra, foi o último, mesmo depois de comemorações e premiações.
Fez questão de atender a todas as entrevistas, demonstrar suas emoções para receber cartazes de crianças, tirar selfies e dar autógrafos. Quantos não foram os jogadores do Sesi Franca que foram abraçá-lo em reconhecimento de um atleta que extrapolou fronteiras de times. Até o técnico Helinho Garcia reverenciou o camisa 16 do Flamengo. Como uma homenagem singela entre as tantas que Olivinha recebeu, todos os integrantes do Rubro-Negro entrou para receber a premiação vestidos com a mesma camisa 16 que consagrou Olivinha no panteão dos maiores do NBB CAIXA e do basquete brasileiro como um todo. Foi no Maracanãzinho, um dos maiores templos do basquete no país que Carlos Alexandre Rodrigues do Nascimento, o Olivinha, pendurou seu tênis e entra para um hall seleto na história.
“Já chorei um bocado, quase chorei novamente. O sentimento do término é o melhor possível. Me entreguei ao máximo dentro da quadra, não só no Flamengo, mas em todos os clubes que passei. Foi uma honra estar aqui, desfrutando do esporte, o basquete é minha vida, sem dúvida nenhuma. Passei 30 anos jogando basquete, mas chega a hora para todo mundo. Meu corpo está pedindo isso, estou com muitas dores, me dediquei ao máximo. Tenho um orgulho muito grande da minha carreira. Não diminuo nos outros lugares, mas minha carreira aqui no Flamengo é uma coisa que tenho orgulho muito grande, por tudo o que aconteceu. São 19 ano aqui, o clube em que eu fiquei a maior parte da minha carreira, um clube que aprendi a amar, que tenho um respeito, uma paixão muito grande. Não tenho nada o que reclamar, só agradecer pelo apoio de todos. Obrigado à Liga Nacional de Basquete por tudo o que fizeram por mim. Agora é hora de me afastar um pouco das quadras, minha jornada como jogador profissional termina aqui. Todo o tempo que não pude estar ao lado da minha família, agora vou aproveitar bastante. É tudo o que eu queria. Muito obrigado a todos, foi uma honra jogar, conquistar os seis NBB CAIXA. Isso vai ficar marcado”, discursou Olivinha, ao final da partida.
A Liga Nacional de Basquete só pode dizer uma coisa para Olivinha: Obrigado, “Deus da Raça”.
O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal e Loterias Caixas, parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e patrocínios oficiais Sportsbet.io, Penalty, EMS e UMP e apoio IMG Arena, Genius Sports, EY e NBA.
Por: Imprensa – Liga Nacional de Basquete