Como Márcio superou um problema no coração para se tornar o Homem de Ferro no ano perfeito do Sesi Franca e ser nomeado capitão do Jogo das Estrelas 2024
NBB CAIXA, Copa Super 8, BCLA, Intercontinental FIBA, Campeonato Paulista, Liga de Desenvolvimento de Basquete, NBA Summer League, Jogos Pan-Americanos e Eliminatórias AmeriCup. Esta é a lista de TODOS os campeonatos que o pivô Márcio, do Sesi Franca, disputou desde a metade de 2022 para cá. E também é importante citar que nos quatro primeiros da lista ele ainda foi campeão. Tanta durabilidade e evolução renderam ao jogador de 21 anos a honra de ser capitão do Time Jovens Estrelas no Jogo das Estrelas 2024, que acontece neste sábado (16/03) no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.
Nas duas últimas temporadas do NBB CAIXA, Márcio só desfalcou o Sesi Franca em um jogo. Quem vê o Homem de Ferro da equipe do interior paulista em quadra não imagina que, quando ele era criança, teve que superar um problema que colocou sua vida em risco.
Nascido no interior de Minas Gerais, Márcio se mudou para Sertãozinho (SP) aos quatro anos de idade. Aos cinco, o garoto foi diagnosticado com comunicação interatrial (CIA), uma cardiopatia que é, como o próprio jogador explicou, “um buraquinho pequeno no coração que faz os dois sangues se misturarem, o venoso e o arterial”. E a notícia foi ainda mais devastadora por conta de uma tragédia que já havia acontecido na família.
“Meus avós tiveram três filhas, a minha mãe (Katia), a minha tia Flávia e uma irmã do meio. Ela nasceu com o mesmo problema que no coração, só que ela morreu quando tinha meses. Eu lembro que, quando eu era pequenininho, assim que descobriu esse problema, meu avô e minha avó ficaram meio desesperados porque eles já tinham perdido uma pessoa para o mesmo problema”, revelou.
Cria francana
Márcio se recuperou totalmente da cirurgia e teve uma infância como a de qualquer outro garoto. Com o passar do tempo, foi tomando gosto pelo basquete. Ele tinha talento e tamanho para o esporte. Suas atuações em Sertãozinho chamaram atenção de um time tradicional localizado a pouco mais de 100 quilômetros dali: o Sesi Franca.
Aos 14 anos, Márcio recebeu uma proposta para se mudar para lá, mas isso significaria deixar de viver com a mãe e os avós. Por sorte, na mesma época, a tia de Márcio, que é cinco anos mais velha, foi aprovada para fazer faculdade em Franca. Assim, o adolescente foi morar com a tia-quase-prima Flávia.
Quando se mudou para lá, Márcio encontrou outra realidade: uma cidade que respira basquete.
“A cidade é diferente. Hoje, eu vou no mercado e o torcedor chega e pede ‘Márcio tira uma foto, Márcio assina minha camisa’. Você está doente e no outro dia todo mundo sabe disso porque você foi no hospital e a notícia espalhou. Todo mundo vai no Pedrocão, todo mundo sabe do basquete, todo mundo entende. Essas coisas fazem a cidade respirar basquete”, relatou.
Márcio passou a fazer parte de um dos mais tradicionais programas do Brasil para o desenvolvimento de talentos. Segundo o pivô, a proximidade dos jovens com o elenco profissional do Sesi Franca é um dos grandes trunfos da equipe para revelar tantos atletas.
“Você continua treinando, ganhando espaço e vai subindo. Eu tinha 15 anos quando treinei pela primeira vez com os adultos. Eu podia não entrar, não treinar tanto, mas duas ou três vezes por semana eu estava com o elenco. Isso dá a oportunidade da vivência, da cobrança como acontece no nível profissional. Hoje eu vejo os meninos mais novos fazendo a mesma coisa”, explicou.
Para conhecer o restante da história de Márcio, acesse este link.
O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal e Loterias Caixas, parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e patrocínios oficiais Sportsbet.io, Penalty, EMS e UMP e apoio IMG Arena, Genius Sports, EY e NBA.
Por: Imprensa – Liga Nacional de Basquete