Dupla do carro #2 vence na classe Challenge, com Luiz Souza e Bruno Bonifácio, e o título da classe fica com Celio Brasil e Danilo Dirani
O capítulo final da temporada 2023 da Porsche Cup C6 Bank Mastercard teve emoção do início ao fim em Interlagos. Diante de um público de 20 mil torcedores nas arquibancadas e mais 7 mil convidados nas áreas de camarotes e hospitalidade, a dupla do Porsche #7, formada por Alan Hellmeister e Miguel Paludo, venceu com autoridade e conquistou o campeonato de endurance. O gaúcho expandiu seu recorde de vitórias na categoria para 41 e garantiu também o campeonato overall, acumulando expressivos nove títulos na categoria dos carros de competição mais produzidos no planeta.
O campeonato da Carrera Sport foi decidido na volta final, com mais requintes de emoção. Diego Nunes abriu o stint final do carro #56 com desvantagem de 20s para o #77, nas mãos de William Freire, na pista com pneus muito mais desgastados. A margem caiu e, na volta final, Diego mergulhou na Curva do Lago para fazer a ultrapassagem válida pelo quarto lugar na prova. Graças a essa manobra, a dupla formada por Peter Ferter e Diego Nunes assegurou o título.
Já a vitória e o título na Carrera Rookie ficaram com o carro #9, que teve Edu Guedes e Renan Pizii nas três etapas e recebeu Caio Collet para a jornada final. Eles receberam a bandeirada em nono lugar no geral.
A vitória na prova na classe Challenge ficou com a tripulação do Porsche #2, formada por Luiz Souza e Bruno Bonifácio. Eles receberam a bandeirada à frente do #139, que foi pilotado por Celio Brasil e Danilo Dirani ao longo do ano e recebeu Antonella Bassani na corrida de 500 km.
Como a dupla do #2 é também inscrita na classe Challenge Rookie, além da vitória no geral eles gabaritaram o pódio, vencendo tanto no subcampeonato da Sport quanto no Rookie.
Já o título, também no geral e nas classes Sport e Rookie ficou para Celio Brasil e Danilo Dirani. O campeonato overall da Challenge ficou com Sadak Leite.
Galeria de campeões Porsche Cup C6 Bank Mastercard 2023
Endurance
Carrera Cup: Miguel Paludo e Alan Hellmeister
Carrera Sport: Peter Ferter e Diego Nunes
Carrera Rookie: Edu Guedes e Renan Pizii
Sprint Challenge: Celio Brasil e Danilo Dirani
Challenge Sport: Celio Brasil e Danilo Dirani
Challenge Rookie: Celio Brasil e Danilo Dirani
Sprint
Carrera Cup: Nicolas Costa
Carrera Sport: Lucas Salles
Carrera Rookie: Edu Guedes
Sprint Challenge: Antonella Bassani
Challenge Sport: Antonio Junqueira
Challenge Rookie: Celio Brasil
Overall
Carrera Cup: Miguel Paludo
Sprint Challenge: Sadak Leite
A corrida
Marçal Muller fez valer a vantagem de largar na pole. Rafa Suzuki segurou o segundo lugar, com Zonta em terceiro. Peter Ferter conservou o quarto lugar, seguido por Alan Hellmeister, para uma volta inicial sem alterações no top5. Já Sadak Leite, com o #66, conservava liderança na Challenge.
Na segunda volta, Suzuki passou Marçal no Laranjinha e Hellmeister superou Ferter na reta principal. O piloto do #7 a seguir passou Zonta, que ficou à mercê de Gabriel Casagrande –este responsável pela mais vistosa escalada do início da prova dentro do top10, após largar em oitavo.
Na abertura da volta 10, a margem de Suzuki na liderança era de 4.988s sobre Marçal, que vinha sob ataque de Hellmeister. Em quarto, Zonta segurava o ataque de Casagrande.
Na classe Rookie, em 13º no geral, Renan Pizzi sustentava a liderança com o carro #9. Mas o #12, com Renan Guerra na pilotagem, se aproximava rapidamente.
Já pela Challenge, Luiz Landi assumiu a liderança ao passar Sadak Leite na volta 11.
Hellmeister a seguir conseguiu passar Marçal
Na abertura da volta 15, Landi rodou na freada do S do Senna, o que permitiu a Sadak recuperar a liderança na Challenge.
Na 18ª volta, a penúltima antes da abertura da primeira janela de pit-stops, Celio Brasil pressionava Sadak pela liderança na Challenge.
Suzuki trouxe o #70 para os pits no fim da volta 24. Naquele momento, 25 dos 35 carros estavam dentro dos boxes.
Salles saiu na frente de Paludo, mas logo perdeu rendimento com o #70 e recolheu para o box de apoio. O heptacampeão agradeceu e assumiu a ponta. Em segundo lugar vinha Pedro Boesel com o #85, à frente de Enzo Elias, Werner Neugebauer e Diego Nunes. Pela Carrera Rookie, o líder era o #12, com Marco Pisani.
Na volta 30, Diego passou Werner e logo colou em Enzo.
Na marca de uma hora de prova, a vantagem de Paludo sobre Boesel era de 1.614s. Diego era terceiro, com Enzo Elias e Werner completando o top5. Pisani seguia em primeiro na Carrera Rookie, com 12º lugar no geral. Pela Challenge, Fabio Carbone vinha em primeiro com o #66.
Com a temperatura ambiente em 34ºC e no asfalto em 50ºC, alguns carros apresentavam alarmes de superaquecimento, como o #80, de Rouman Ziemkiewicz e Nelson Piquet Jr. Outros então tiveram pneus furados, casos do #111, com Dudu Barrichello, e duas voltas depois do #1, com Guilherme Salas.
Na volta 38, a penúltima antes da abertura da segunda janela obrigatória de pits, William Freire passou Werner e colocou o #77 no top5. Na volta seguinte passou também Enzo Elias.
O líder Diego Nunes levou o Porsche #56 para os pits na conclusão da volta 44. Eram 27 os carros servindo a segunda parada obrigatória naquele momento.
Com o pelotão reordenado após os pits, Hellmeister retomou a liderança com o #7. Ele tinha 9.922 de margem sobre Ferter, liderando na Carrera Sport com o #56. Marçal Muller então passou Eduardo Menossi, assumindo o terceiro lugar. Ricardo Zonta era quinto. André Morais Jr liderava na Carrera Rookie com o #12. Em vigésimo, Israel Salmen era o líder na classe Challenge.
Na volta 49, foi a vez de Zonta recolher para os pits com o pneu traseiro direito furado. Francisco Horta entrou no top5 como resultado. A seguir Muller passou Ferter, assumindo a vice-liderança.
Uma volta depois Israel Salmen atingiu a barreira de pneus na subida do Café, precipitando a intervenção do carro de segurança.
O top5 apresentava Hellmeister, Muller, Ferter (liderando na Carrera Sport), Horta e Menossi. Morais Jr era o líder na Carrera Rookie com o #12 em 11º lugar. A liderança na Challenge estava com o #139, pilotado por Danilo Dirani.
A relargada veio na abertura da volta 55 e Hellmeister sustentou a liderança, favorecido por quatro carros da Challenge entre seu carro e o de Muller.
O primeiro segmento foi encerrado no fechamento da volta 57. O #7 era o primeiro, seguido pelo #544. Ferter com o #56 foi terceiro liderando na Sport. Horta e Beto Gresse completaram o top5. Caio Collet, a bordo do #9, em décimo no geral, pilotava o primeiro colocado na Carrera Rookie. Pela Challenge a pontuação máxima no segmento ficou com o #139, nas mãos de Danilo Dirani.
Duas voltas mais tarde foi aberta a terceira janela de pits. Com o pelotão reordenado no início do quarto stint, a liderança foi retomada por Paludo com o #7. Enzo Elias era segundo com o #544 a 4.779s. William Freire aparecia em terceiro com o #77, liderando na Carrera Sport. Em oitavo, Edu Guedes liderava na Carrera Rookie. Pela Challenge a liderança havia sido recuperada pelo #66, nas mãos de Fabio Carbone.
Diego Nunes e Lineu Pires passaram o #77 na volta de seu retorno à pista, com o #56 assumindo a dianteira na Carrera Sport.
Na volta 74 acendeu a disputa pela liderança na Challenge. Fabio Carbone era bastante acossado por Bruno Bonifácio a bordo do #2.
Na volta 76, em tentativa de ultrapassagem sobre um retardatário, Enzo Elias fez contato com Marcio Mauro na tomada da curva do Lago. Mauro levou o carro #57 para os pits, Enzo conseguiu retornar, regressando em quinto lugar.
O quinto posto ainda bastava para o título do carro #544 no Endurance Challenge, mas o lance entrou no radar dos comissários para investigação.
A penúltima janela de pits então foi inaugurada por Diego Nunes, levando o #56 para os pits na vice-liderança.
Na volta 81 o safety-car foi acionado novamente, para resgate do carro #15 quebrado na entrada do Pinheirinho.
Quem estava na pista então imediatamente entrou nos pits, para aproveitar a prova sob bandeira amarela a fim de servir a penúltima parada mandatória. O trabalho de resgate foi rápido e ainda restava mais de um minuto nos dez de limite na janela de paradas.
A seguir foi anunciado drive-thru para o #544.
Com o pelotão reordenado e a punição cumprida por Marçal Muller, a liderança foi retomada pelo carro #7, guiado por Alan Hellmeister no penúltimo stint. Peter Ferter era segundo no geral, liderando na Carrera Sport. Horta aparecia em terceiro. Franco Giaffone era quarto com o #3, e Chris Hahn completava o top5 com o #888.
Na volta 84, Muller passou Georgios Frangulis avançando para sexto. A diferença para o quinto colocado era de 30s e restavam 33 voltas na prova para o carro #544 assumir a posição necessária para o título do Endurance Challenge em caso de vitória do #7.
A liderança na Challenge era do #66, com Sadak Leite. Mas o carro havia feito o último pit abaixo do tempo regulamentar e entrou no radar dos comissários desportivos.
Na pista, Horta enquadrou Ferter na volta 86. O #56 fechou a porta duas vezes. Horta insistiu até passar por fora na curva do Lago em formidável manobra para ser segundo colocado. Na mesma volta, Hahn passou Giaffone avançando para quarto.
Na volta 90, Giaffone alcançou Ferter. O #3 passou na Junção, mas o #56 quase aplicou um “xis” na subida do Café.
Alheio às disputas no restante do top5, Hellmeister tinha expressiva margem de 24.069s após 92 voltas. Nesta mesma passagem, Chris Hahn passou Horta na freada do S do Senna.
Na volta 94, Sadak Leite entrou nos pits para pagar punição pelo pit abaixo do limite na janela anterior, mas ainda restavam quatro voltas para a abertura da última janela de paradas obrigatórias da prova. Luiz Souza então assumiu a liderança da Challenge com o carro #2.
Na volta 97, Caio Collet, que tinha o carro mais rápido da pista naquele momento, passou Marçal no fim da reta para ser sexto colocado. Hellmeister então entrou nos pits abrindo a última janela de paradas obrigatórias da prova.
Com o último ciclo de pit-stops concluído, a vantagem de Paludo na liderança era de 23.621s e faltavam 15 voltas para a bandeirada. Beto Gresse era segundo com o carro #888 liderando na Carrera Sport. William Freire era terceiro com o #77. Rubens Barrichello e Diego Nunes completavam o top5. Enzo Elias aparecia em sexto, a 11.844s da última posição de pódio. Pela Carrera Rookie, a liderança permanecia com o #9, no último stint nas mãos de Renan Pizii. Em 15º, Bruno Bonifácio liderava na Challenge com o #2.
Na volta 110, Pietro Rimbano teve pneu furado no início da reta Oposta e percorreu a pista toda na tentativa de retorno aos pits. A banda de rodagem do pneu danificado se soltou do carro na subida do Café, e a direção de prova sinalizou com bandeiras de alerta sem lançar o safety-car.
Na volta 113, Rubinho Barrichello mergulhou por dentro de William Freire na freada do S do Senna, avançando para terceiro lugar.
Miguel Paludo recebeu a bandeirada em primeiro pela 41ª vez na carreira. O maior vencedor de corridas da história do evento dos carros de competição mais produzidos no mundo ganhou os títulos de Endurance (em dupla com Hellmeister) e o overall. Beto Gresse foi segundo, garantindo a vitória na Carrera Sport para o trio do #888. Rubinho foi terceiro, Diego Nunes o quarto e William Freire completou o pódio.
A manobra de Diego Nunes sobre William Freire na volta final, mais que o quarto lugar no pódio rendeu à dupla do #56 o título da Carrera Sport.
Pela Challenge, a dupla Bruno Bonifácio e Luiz Souza ficou com a vitória. A seguir veio o #139, de Danilo Dirani, Celio Brasil e Antonella Bassani.
O que eles disseram:
“Tá difícil, vou tentar não me emocionar. Foi um trabalho em equipe. O Alan fez um grande trabalho, a gente nunca baixou a cabeça depois de começar o campeonato forte e ter um mau resultado lá em Termas, mas a gente sabia do nosso potencial aqui. A gente nunca desistiu. A gente ficou olhando para o nosso carro, para o nosso acerto durante toda a prova. O Alan fez um trabalho excelente, como de costume. E eu não podia estar mais feliz. Fechar o ano assim, com mais uma vitória aqui em Interlagos e dois campeonatos. Não poderia vir de maneira melhor. Mas, acima de tudo, aproveitar isso, porque essas coisas não vem de forma fácil. A gente passou por maus bocados depois de Termas, mas a gente reergueu a equipe, manteve o foco e hoje é resultado disso.”
Miguel Paludo
“Realmente estou muito emocionado, é meu sexto título na Endurance. E ser campeão assim, no primeiro ano de parceria, não tem nem o que falar. A gente começou bem, depois acabou se perdendo um pouquinho, o Miguel fez uma reunião muito dura, se culpando das coisas que a gente não fez muito bem. Mas o resultado apareceu. Foi uma pena, a gente teve adversários muito fortes. E graças a Deus, o título tá com a gente.”
Alan Hellmeister
“Foi muito especial. O Luiz começou no automobilismo neste ano e fez um trabalho fantástico, com muita dedicação. Trabalhou muito duro. Mas mesmo assim, você começar sem experiência nenhuma não é fácil. A gente não esperava ter os resultados que a gente teve na sprint e, sinceramente, a gente não esperava ganhar na geral a corrida da Endurance. É muito especial. Para mim, como coach do Luiz Souza, a gente terminar o ano dessa forma é muito especial para mim. Como piloto também… eu parei de correr profissionalmente em 2016, fiquei parado todo esse tempo, e nas últimas voltas fiquei lembrando de quando tinha sido minha última vitória: foi em 2016, em Imola, de RS01. Não imaginava que ia voltar a correr e não imaginava que ia voltar a ganhar uma corrida importante. Então, é muito bacana.”
Bruno Bonifácio
“Estou muito feliz. Ainda estou meio anestesiado com o que tem acontecido neste ano, que estou iniciando no automobilismo. Não foram nem os resultados que a gente conseguiu obter, foi a campanha, com o Brunão me ensinando do zero. A gente foi cumprindo tudo o que a gente se propôs, em termos de treinos, de dedicação. A gente acabou criando uma relação maravilhosa aqui. Foi uma campanha muito bonita, a gente evoluiu a cada etapa. Nos 500 quilômetros, mais da metade do grid estava fazendo em três pilotos, tinham nomes muito fortes, muitos pilotos bons. A minha expectativa era completar a prova. Ainda não entendi o que aconteceu, foi legal demais, deu certo. Foi uma pilotagem muito gostosa, muito bonita. Estou muito feliz.”
Luiz Souza
“Foi bom demais. A gente estava batendo na trave no Endurance, tivemos uma boa performance nas duas primeiras etapas, mas não conseguimos subir ao pódio por outras razões. E hoje ficamos em segundo na geral e primeiro na categoria, é muito expressivo. Foi o resultado de um ano, esse moleque aqui está acelerando demais, o Chris (Hahn) veio para somar um absurdo e o grande trabalho da nossa equipe, que montou uma baita de uma estratégia. A gente fica com uma dúvida às vezes no meio do caminho, mas ela se mostrou ser a mais eficiente. Então é agradecer ao Marcel Campos, ao Igor, ao Danilo, nosso mecânico. Agradecer ao trabalho perfeito do fim de semana. E aos dois que aceleraram muito.”
Beto Gresse
“Muita emoção. Isso é total responsabilidade dele (Beto Gresse). Eu venho treinando muito o ano inteiro para chegar aqui em primeiro pela primeira vez aqui na Sport. Que no ano que vem venham muitas vitórias.”
Lineu Pires
“Estou muito agradecido ao Betinho e ao Lineu terem me chamado. Estava parado há um ano já. Estou muito feliz de voltar assim, já ganhando e no pódio. Foram eles que me possibilitaram isso. Claro que fiz o que pude nos meus stints, mas não teria acontecido nada sem o trabalho do Lineu, do Betinho e o apoio do Marcel Campos, nosso engenheiro. Eu fiz o segundo stint, forcei tudo o que dava, guardei pneu para o Betinho e, nossa, ele tirou leite de pedra. Está de parabéns. Eles estavam merecendo já desde os 300 quilômetros, quando eles largaram muito bem aqui, foram para a liderança, depois acabaram caindo na corrida. Como o Betinho disse, estavam batendo na trave. Cheguei para somar, mas estou muito agradecido a eles. Que time que eu acabei entrando. Não dá para reclamar de nada, só agradecer.”
Christian Hahn
“É duro terminar assim. Fizemos tudo certo o ano inteiro, todos os stints e todas as disputas. Não cometemos um único erro durante o campeonato. Estou aqui para acertar e errar, hoje foi julgado que eu errei e perdemos o campeonato por um ponto. Lutei até o fim para conquistar de volta a posição que eu precisava, mas não foi dessa vez. Hora de levantar a cabeça e ir para o próximo desafio.”
Enzo Elias
“Estávamos com tudo na mão para ser campeão e esse incidente é uma coisa que acontece no automobilismo. Esse pequeno deslize nos custou o campeonato por um ponto. Parabéns para o Miguel e para a equipe pelo campeonato. Ainda salvamos um segundo lugar, é legal, mas fica um gostinho amargo.”
Marçal Muller
“A corrida foi muito boa, mas agora o sentimento é de perda. Perdemos o campeonato por uma posição após um furo de pneu na última volta. A corrida foi muito boa, o ritmo era muito forte. Saímos atrás e conseguimos escalar bem. O dia estava muito quente, o carro sofreu bastante durante a prova, mesmo assim tivemos uma corrida muito legal. O Diego e o Peter andaram muito bem também e o título ficou em boas mãos.”
Francisco Horta
“O Peter é um cara que nunca tinha corrido na Porsche, mas tem muita qualidade! Ele evoluiu muito rápido e me surpreendeu muito. Ganhamos a primeira corrida e um acidente na segunda nos tirou da liderança do campeonato. Tudo estava aberto, sabíamos que quem chegasse na frente ia ficar com o campeonato. Brigamos até o final, no último stint tirei 20 segundos, cheguei neles na última volta, passar o William e ser campeão foi incrível. Nunca tinha passado por isso na minha carreira. Parabéns ao Peter, é um cara que acelera muito e merece tudo isso.”
Diego Nunes
“Foi uma loucura, não imaginávamos que o Diego ia conseguir chegar. Ele fez um stint incrível. O safety-car nos prejudicou um pouco, estávamos oito segundos na frente e em segundo da geral. O pneu velho que deixamos por último era para queimar a gordura do começo, mas perdemos no começo essa diferença. Fomos para o último stint e o Diego acelerou demais, foi com muita emoção. Parabéns para todos da equipe.”
Peter Ferter
“Estou muito feliz, meu primeiro Endurance, tenho de agradecer a eles dois pela oportunidade de estar correndo com eles. Confesso que eu aprendi mais com o Danilo do que o que aprendi sozinha o ano inteiro. Tenho muito a agradecer a eles por me dar essa chance. E agora é se concentrar no ano que vem. Última corrida, aproveitei bastante o carro, e espero no ano que vem ter os mesmos resultados que obtive neste ano.”
Antonella Bassani
“Tive de representar, não é? Porque campeão da rookie na Sprint, campeão da Challenge na Endurance. Sobrou para mim representar. Mas foi muito legal fazer esse trio. Mesmo nos piores momentos deu tudo certo. Tivemos problemas, mas deu segundo na geral.”
Danilo Dirani
“Tenho o maior prazer. Que venham mais vitórias. É só notícia boa. Vamos para cima. Tem mais pódio nessa última etapa. Foi um ano bom demais.”
Célio Brasil
“Só de estar andando é uma realização, não esperava estar na pista. É uma oportunidade imensa de andar com o Edu e foi um ótimo ano. Das três etapas nós ganhamos duas e terminamos a outra em segundo. É muito bom ver, que nós como dupla, mesmo não sendo profissionais e correndo contra tantos profissionais nós conseguimos o título. Agradeço também ao Caio por ter topado esse desafio e ajudado a gente a conquistar o campeonato.”
Renan Pizii
“Foi muito bom, primeiramente pela parceria com o Renan. Ele me fez muito bem e fez com que eu andasse próximo dele. Então, isso fez a diferença para mim, andar com um cara mais rápido e evoluir a cada corrida. Por ter garantido duas vitórias, conseguimos nosso objetivo. O Caio fez a diferença também aqui hoje junto com toda a equipe.”
Edu Guedes
“Foi uma prova muito dura, o calor estava castigando todo mundo. Sai do carro antes do último stint e estou suando até agora. Foi uma corrida muito legal, o Edu e o Renan andaram muito bem e lideramos boa parte da prova. Ficamos em oitavo na geral, estávamos competitivos e estou feliz em ajudar eles a garantir o campeonato, os dois andaram muito bem ao longo do ano, venceram duas corridas. Feliz também com meu desempenho, consegui andar rápido nos dois stints e agora vou comemorar com eles um pouco.”
Caio Collet
Resultado
1. #7 Miguel Paludo e Alan Hellmeister – 3h47:25.745
2. #888 Lineu Pires, Beto Gresse e Christian Hahn* +31.078
3. #3 Franco Giaffone e Rubens Barrichello* +36.014
4. #56 Peter Ferter e Diego Nunes* +38.920
5. #77 Francisco Horta e William Freire* +39.776
6. #544 Marçal Muller e Enzo Elias +48.471
7. #87 Nelson Monteiro e Nicolas Costa* +1:01.217
8. #88 Georgios Frangulis e Cesar Ramos* +1:16.058
9. #9 Edu Guedes, Renan Pizii e Caio Collet** +1:39.645
10. #29 Rodrigo Mello e Thiago Vivacqua -1 volta
11. #25 Paulo Sousa, Galid Osman e Bia Figueiredo** -1 volta
12. #12 Marco Pisani, Renan Guerra e André Moraes Jr.** -1 volta
13. #555 Ayman Darwich, Ricardo Maurício e Gustavo Zanon** -2 voltas
14. #74 Piero Cifali, André Bragantini Jr. e Gianluca Petecof** -2 voltas
15. #99 Nasser Aboultaif, Gabriel Robe e SangHo Kim** -2 voltas
16. #2 Luiz Souza e Bruno Bonifácio**-3 voltas
17. #139 Célio Brasil, Danilo Dirani e Antonella Bassani** -4 voltas
18. #38 Eric Santos, João Gonçalves e Christian Fittipaldi** -5 voltas
19. #111 Fefo Barrichello e Dudu Barrichello -5 voltas
20. #382 Cristian Mohr, Gerson Campos e Miguel Mariotti -5 voltas
21. #45 Paulo Totaro, Felipe Baptista e Matheus Roque** -5 voltas
22. #57 Ramon Alcaraz e Márcio Mauro* -7 voltas
23. #14 Luiz Landi e Bruno Xavier** -8 voltas
24. #27 Josimar Júnior e Sérgio Ramalho* -8 voltas
25. #66 Sadak Leite e Fabio Carbone*-8 voltas
26. #199 Nelson Marcondes e Luiz Razia * -9 voltas
27. #44 Giuliano Bertucelli, Pietro Rimbano e Eduardo Taurisano**-9 voltas
28. #85 Eduardo Menossi, Pedro Boesel e Gabriel Casagrande* -18 voltas
29. #8 Werner Neugebauer e Ricardo Zonta -20 voltas
DNF
#16 Marcelo Hahn e Allam Khodair* -41 voltas
#15 Leo Sanchez, Átila Abreu e Vitor Meira** -41 voltas
#70 Lucas Salles e Rafael Suzuki* -54 voltas
#1 Alceu Feldmann e Guilherme Salas -63 voltas
#133 Israel Salmen e Rafael Martins** -71 voltas
#80 Rouman Ziemkiewicz e Nelson Piquet Jr.* -82 voltas
*Sport
**Rookie
Em itálico carros da classe Challenge
(*) Resultado sujeito a verificação dos comissários desportivos
Campeonatos (top5):
Carrera Cup:
1 – Alan Hellmeister/Miguel Paludo
2 – Marçal Muller/Enzo Elias
3 – Ricardo Zonta/Werner Neugebauer
4 – Francisco Horta/William Freire
5 – Diego Nunes/Peter Ferter
Carrera Sport:
1 – Peter Ferter/Diego Nunes
2 – Francisco Horta/William Freire
3 – Nelson Marcondes/Luiz Razia
4 – Lineu Pires/Beto Gresse
5 – Josimar Junior/Sergio Ramalho
Carrera Rookie:
1 – Edu Guedes/Renan Pizii
2 – Caio Collet
3 – Renan Guerra/Marco Pisani
4 – Piero Cifali/André Bragantini Jr.
5 – Paulo Sousa/Galid Osman
Challenge:
1 – Célio Brasil/Danilo Dirani
2 – Sadak Leite/Fabio Carbone
3 – Eric Santos
4 – Giuliano Bertuccelli/Pietro Rimbano
5 – Luiz Souza/Bruno Bonifácio
Challenge Sport:
1 – Célio Brasil/Danilo Dirani
2 – Sadak Leite/Fabio Carbone
3 – Eric Santos
4 – Giuliano Bertuccelli/Pietro Rimbano
5 – Luiz Souza/Bruno Bonifácio
Challenge Rookie:
1 – Célio Brasil/Danilo Dirani
2 – Eric Santos
3 – Giuliano Bertuccelli/Pietro Rimbano
4 – Luiz Souza/Bruno Bonifácio
5 – João Gonçalves
(*)Confira a pontuação final dos campeonatos no site oficial da Porsche Cup C6 Bank Mastercard
Sobre a Porsche Cup C6 Bank Mastercard
Maior evento de GT da América Latina, a Porsche Cup C6 Bank Mastercard realiza campeonatos no Brasil desde 2005. É a maior categoria monomarca e monogestão do País, mandando para a pista a cada evento cerca de 40 carros, rigorosamente idênticos. Os modelos usados na categoria são o Porsche 911 GT3 Cup, das gerações 992, 991-2 e 991-1. É o carro de competição mais produzido e vendido no mundo, realizando corridas tanto em eventos-suporte de categorias como F1, 24H de Le Mans, IMSA etc, quanto em eventos proprietários. No Brasil o campeonato tem nove etapas, sendo seis de sprint (com duas corridas de até 30 minutos cada) e três de endurance, com provas de 300 a 500 km nas quais os pilotos formam tripulações de duplas ou trios.
Por: Luis Ferrari