Segunda aparição internacional no ano para os irmãos Cristian e Marcos Baumgart, que competirão com os Prodrive Hunter T1+ junto dos navegadores Beco Andreotti e Kleber Cincea. As duplas da X Rally enfrentam um grid estelar na prova
A equipe X Rally está no norte da África para a disputa do Rally do Marrocos, etapa final do World Rally Raid Championship, o Mundial de Cross Country. Os irmãos Cristian e Marcos Baumgart fazem a primeira prova desde a disputa do Sertões, no mês de agosto, e estarão pela quarta vez pilotando os Prodrive Hunter T1+. Eles seguem acompanhados pelos navegadores Beco Andreotti e Kleber Cincea. A disputa prevê cinco especiais e vai de 13 a 18 de outubro.
Depois de disputarem o Sonora Rally, no México, e no Brasil os ralis do Jalapão e do Sertões, será a primeira vez que as duplas brasileiras disputam a prova marroquina. É um rali que percorrerá 2.240 quilômetros entre Agadir e Merzuoga, fazendo a rota oeste-leste dentro do país. Esta será a última oportunidade a todos os competidores de fazerem parte de uma prova de nível mundial em 2023 – e isso quer dizer, em outras palavras, antes do Dakar 2024 que começa em 5 de janeiro.
“É uma prova completa, um grid maravilhoso. Um nível altíssimo tanto de trajeto e desafios, como também de competidores”, destaca Cristian Baumgart, tetracampeão do Sertões. Ele faz referência aos adversários que terá na prova. Nomes como Carlos Sainz, Stéphane Peterhansel, Sébastien Loeb, Nasser Al Attiyah, entre vários outros, estão entre os inscritos na última etapa do Mundial 2023 de Rally Cross Country.
Para Marcos, campeão da classe T1+ no Sertões, a preparação para o Dakar é o fator principal na prova. “É uma preparação de altíssimo nível, porque o Rali do Marrocos é como um ‘mini-Dakar’. Tem todo tipo de piso”, destaca.
“Se existe um lugar e um rali que prepara bem o competidor para o Dakar, é este rali no Marrocos. É uma prova muito difícil, complexa, exigente, que vai nos dizer como estamos em termos de ritmo”, aponta Beco Andreotti. “Fora o grid, que é de um nível além de ‘absurdo’”, aponta Kleber Cincea. “Vamos poder medir nosso ritmo, porque é uma prova que, para o navegador, em alguns momentos chega a ser mais difícil que o próprio Dakar. Ela reúne tudo em um espaço pequeno de tempo e trajeto. Nossa participação aqui vai trazer uma evolução e um conhecimento importantes para a disputa de janeiro”, concluiu.
Só na categoria carros são 102 veículos inscritos. Na T1+, onde os irmãos Baumgart estão inseridos com os Prodrive Hunter, são 15 competidores. Dentro da estrutura da Prodrive, eles terão como companheiros de equipe ninguém menos que o francês Sébastien Loeb, nove vezes campeão mundial, e o argentino Orlando Terranova, quarto colocado no Dakar de 2022. Mais nomes de peso na prova são Nasser Al Attiyah, que faz sua última participação pela Toyota Gazoo Racing, Nani Roma estreando pela Ford M-Sport, Guerlain Chicherit pela Overdrive, e o trio da Audi formado por Stéphane Peterhansel (nove vezes campeão do Dakar), Carlos Sainz (bicampeão mundial de rali e tri do Dakar) e Mattias Ekstrom, bicampeão do DTM e campeão do Mundial de Rallycross.
O prólogo do Rally do Marrocos será disputado em um trajeto de 19 quilômetros no dia 13, em Agadir. Dia 14 é dada a largada para a primeira especial. Serão já 721 quilômetros (324 deles cronometrados) de Agadir a Zagora, cidade que permanece como acampamento por três noites seguidas servindo como chegada das etapas 2 e 3, de 388 quilômetros (288 de especial) e 444 (336 contra o relógio).
No dia 17, a quarta etapa sai de Zagora rumo a Merzuoga com 426 quilômetros totais, sendo 351 cronometrados. A etapa final, em Merzuoga, terá apenas 152 quilômetros, todos contra o relógio.
A equipe X Rally Team conta com os patrocínios de Vedacit, Motul, BF Goodrich e Rodobens.
Site Oficial X Rally Team
Instagram: @xrallyteam
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Cleber Bernuci / Caio Scafuro