Luisa Stefani é superada na semi do US Open

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Paulistana e norte-americana Jennifer Brady caíram diante de campeãs de 2020

Chegou ao fim a grande campanha de Luisa Stefani, 14ª colocada do ranking mundial, ao lado da norte-americana Jennifer Brady no US Open. A dupla foi superada nesta sexta-feira (8) diante das campeãs de 2020, a alemã Laura Siegemund e a russa Vera Zvonareva, por 6/4 6/1, na quadra Louis Armstrong.

Luisa iguala a campanha de 2021 que é a sua melhor em um torneio do Grand Slam em dupla feminina. Ela terá subida no ranking e deve voltar ao grupo das 10 melhores do mundo com o 10º lugar na segunda-feira. A medalhista olímpica tem o nono lugar como melhor desempenho na carreira.

“Foi uma semana incrível, um ótimo torneio principalmente depois do que rolou há dois anos. Estar em uma semi é super especial. Um pouco decepcionada, não conseguimos trazer nosso melhor tênis. Crédito para elas que jogarem bem, mas colocando em perspectiva saí de pé, com cabeça erguida, isso é muito importante, torcida incrível, um apoio muito legal, muitos brasileiros torcendo, família, amigos. Foi um torneio muito especial”, disse a atleta patrocinada pela Fila e Faros XP, embaixadora XP COB e que conta com os apoios da Engie CBT, Liga Tênis 10, Bolsa Atleta, Head, JFL Living e Rede Tênis Brasil.

“A gente começou mal o jogo, e voltar foi super importante ali no 4/3 com chance para 4/4, jogando um pouco melhor. No game do 5 a 4 tivemos dois break-points, quando elas fecharam não conseguimos concretizar o momento que estava a nosso favor. E o segundo set foi parecido. Começaram melhor, estavam com bastante energia e mais sólidas. A Siegmund mexendo muito bem e pressionando bastante. Elas jogaram melhor hoje, mas principalmente no começo dos sets e as poucas chances que a gente teve pra virar a chavinha, virar o jogo, acabou escapando e foi uma pena”, acrescentou.

A tenista destacou a evolução na temporada: “Tem sido um ótimo ano tanto na questão de resultados quanto na questão de jogo, de melhora do que venho fazendo do que fazia antes da lesão. Meu jogo ainda tem margem de melhora e isso é muito bom. Dupla é um jogo interessante, onde não temos controle de tudo, cobrimos 50% da quadra. Foi uma ótima semana com a Jennifer, as duas voltando de um ano difícil. Voltei jogando quase zerada de ranking, agora devo entrar no top 10, o que era uma meta pra mim. Fechei os Slams com um título de mistas, quartas de Wimbledon, oitavas em Roland Garros, semi agora, excelentes resultados em torneios grandes. Óbvio que sempre quero mais, mas tenho que olhar para trás e ficar orgulhosa pelo que meu time vem fazendo”, completou.

Fazendo história no tênis – A paulistana Luisa Stefani, 25 anos, conquistou ao lado da parceira Laura Pigossi, a inédita medalha de bronze nas Duplas Femininas nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021. Outra grande conquista foi o título de Duplas Mistas no Australian Open, em 2023, a primeira dupla de brasileiros a vencer um Grand Slam, ao lado de Rafael Matos.

Durante a semifinal do Us Open 2021, Luisa sofreu uma grave lesão no joelho, passou por cirurgia e se afastou do circuito profissional. No retorno, após um ano de recuperação, conquistou vários títulos: WTA 500 de Berlim (Caroline Garcia, 2023), WTA 500 de Abu Dhabi (Shuai Zhang, 2023); WTA 500 de Adelaide, na Austrália (Taylor Towsend, 2023); WTA 125 de Montevidéu, no Uruguai (Ingrid Martins, 2022); WTA 1000 de Guadalajara, no México (Storm Hunter, 2022); WTA 250 de Chennai, na Índia (Gabriela Dabrowsky, 2022).

Início da carreira – Luisa sempre foi uma amante dos esportes e começou a jogar tênis aos 10 anos, em São Paulo (SP). Em 2011, se mudou para os Estados Unidos para estudar e seguir no tênis, atingindo o 10º lugar no ranking mundial juvenil. A transição do juvenil ao profissional se deu por meio do forte Circuito Universitário Americano de Tênis, jogando pela Pepperdine University, na Califórnia. Em 2019 sua carreira profissional se destacou nas duplas e começou a colher resultados, conquistando o primeiro título no WTA de Tashkent, entre outros ITF e WTA. Daí para frente, comemorou vitórias e títulos, subindo no ranking mundial, chegando a ocupar a nona colocação – conquistando sua posição entre as dez melhores do ranking WTA.

Por: ZDL

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Sobre o Autor

Formado em Educação Física e especializado em Jornalismo Esportivo. Editor e proprietário do Templo dos Esportes

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