Técnico com conhecimento na área destaca aspectos que podem facilitar o melhor rendimento do prata da casa na integração junto ao time principal
O futebol de base é cada vez mais competitivo ao cobrar dos jogadores responsabilidades muitas vezes depositadas apenas aos profissionais. Porém, ao lidar com esse tipo de dilema, várias promessas se perdem pelo caminho e não conseguem corresponder com aquilo que era inicialmente esperado.
Detentor das Licenças A e B da CBF e com passagens como técnico do Amparo, principal e base, além do Linense, clube que dirigiu na Copa São Paulo em 2018, Edivan Coelho conhece muito bem esse cenário.
Com vasto conhecimento na área, o profissional ressalta aspectos que podem facilitar a transição do jovem ao profissional.
– Na base a formação é importantíssima, tem que ensinar o jogador a bater na bola, a aprender a parte técnica e tática. Mas é essencial que o garoto jogue futebol, que não seja limitado a fazer o que o levou até lá. O jogador tem que se divertir e na base não pode se limitar e engessar o garoto, assim como no profissional. O atleta tendo uma boa base ele chega mais bem preparado no profissional e o treinador da categoria de cima já vê o garoto melhor preparado – afirmou.
– É difícil para o treinador profissional dar uma atenção ao atleta da base pelo motivo que, treinador de futebol no Brasil sabe que tem que dar um bom resultado imediato, talvez por isso não dê tempo de corrigir o jogador da forma que necessita, até porque quando o atleta sobe tem um período de adaptação – completou.
Com a intenção de aperfeiçoar a qualidade e sem desperdiçar o talento de um atleta promissor, Edivan Coelho ainda cita a necessidade de um trabalho em conjunto feito pelas comissões como algo crucial para obter melhores resultados.
– Para melhorar tem que ter a integração entre profissional e base, o treinador da base tem que ter acesso fácil ao time principal. Com essa troca de conhecimentos, o treinador da base vai entender a necessidade do profissional e preparar melhor o jogador. Dessa forma o jogador da base chegará pronto no profissional, ou apenas necessitando de alguns retoques, que é natural – concluiu.
Por: Fabricio Cortinove Pelachine