Red Bull Can-Am Factory Team faz campanha excelente emplacando quatro duplas no Top 5 da categoria T3. Entre os brasileiros na competição com UTVs, destaque para o sexto lugar de Bruno Conti e Pedro Bianchi Prata, da South Racing Can-Am
Os números falam por si e garantem, mais uma vez, a hegemonia Can-Am nas competições de rali. Oito títulos do Dakar, seis anos consecutivos e preferência indiscutível entre pilotos e navegadores, incluindo os bicampeões Austin Jones e o brasileiro Gustavo Gugelmin (2022 e 2023). E mais: com a nova equipe Red Bull Can-Am Factory Team emplacou suas quatro duplas da categoria T3 no Top 5, respectivamente, Seth Quintero e Denniz Zenz em segundo, Cristina Gutiérrez Herrero e Pablo Moreno Huete em quarto e Francisco Chaleco López e Juan Pablo Latrach Vinagre em quinto. Rokas Baciuska e Oriol Vidal Montijano terminaram na segunda colocação da categoria T4.
Para chegar na incrível final, Jones e Gugelmin enfrentaram muitos desafios, vencidos com maestria. Só conseguiram assumir a liderança da geral na etapa 11, e de lá não saíram mais. A dupla, que conta com a navegação do brasileiro (que além de navegar é especializado na preparação dos UTVs para competição), e vencedora da edição do ano passado na T4, abriu quase uma hora de vantagem para o segundo classificado.
“Depois de 9 mil quilômetros chegamos em Damann. Foi um rali duro, muito além do que imaginávamos, com muito frio, muita duna, muita navegação. Precisamos ter muita cabeça, estratégia e consistência. Felizmente, deu tudo certo e nos sagramos mais uma vez campeões do maior rali do mundo. Nosso Can-Am Maverick X3 nos trouxe ao nosso grande objetivo de uma maneira impecável. Foi perfeito até o final, sem problemas sérios que não os inerentes a uma competição dura como essa. Nove mil quilômetros sentados no UTV, numa parceria mais do que satisfatória. Jones e eu estamos muito felizes. Agradeço demais por toda a torcida, a todos que curtem rali e que vibraram com a nossa vitória”, comemorou Gugelmin.
Da estreia ao sexto lugar
A edição 2023 do Dakar foi também importante para outros brasileiros e seus Can-Am. O destaque ficou por conta da participação de Bruno Conti, o garoto de 18 anos estreante na competição. Filho do já renomado piloto Rodrigo Luppi, Conti e seu parceiro Pedro Bianchi Prata (South Racing Can-Am) ficaram com o sexto lugar na categoria T4, a melhor entre representantes do País. “Fizemos um rali muito consistente. A primeira semana foi difícil, mas na segunda melhoramos bastante. Com muitas dunas e mais técnica, foi uma semana desafiadora, na qual administramos bem cada prova, conquistando posições num ritmo seguro e sem riscos. Terminamos com a sexta posição, o que considero um ótimo resultado para uma estreia. Agora é focar nas outras provas do mundial. Resumindo: um rali duro, mas que valeu a pena cada um dos 14 dias de disputa”, pontuou Conti.
Luppi e Maykel Justo encerraram o Dakar na vigésima-nona colocação. Com alguns problemas durante a competição, e mesmo com a conquista de boas posições ao longo das etapas, acabaram por “escoltar” Bruno e Pedro até a final: “Concluímos hoje o Dakar e este ano foi muito desafiador. Pelo segundo ano consecutivo, conseguimos liderar. Ano passado por duas etapas, neste por três, mas tivemos um contratempo e o Dakar não perdoa. Este ano foi uma prova muito difícil comparada ao ano passado. Além de ter dois dias a mais, tiveram mais quilômetros, etapas mais duras e difíceis, com muita exigência técnica por conta das pedras e das dunas, principalmente. Mesmo assim, acabamos nos superando física e mentalmente e conseguimos completar. O UTV esteve excelente durante todo o tempo, pudemos aproveitar o máximo, mesmo com os contratempos com furo de pneu e caixa de câmbio. Estou muito contente por ter completado o maior rali do mundo e, com certeza, o mais difícil de minha história. E, claro, mais ainda por ter vivenciado tudo isso ao lado do meu filho Bruno, que estreante deu um show”.
Cristiano Batista e seu navegador, o português Fausto Mota, também da South Racing Can-Am, concluíram em trigésimo-segundo lugar e comemoram o feito: “Nosso desempenho foi bom, fizemos primeira colocação, quatro segundas e figuramos algumas vezes no Top 5 da categoria. Alguns problemas nos tiraram da disputa ao título, mas seguimos até o fim e consideramos um excelente resultado para um primeiro Dakar. A competição foi muito dura, muito mesmo, mas o UTV esteve excelente, a equipe foi top, então, só temos a agradecer a todos que ficaram na torcida no Brasil”.
Na categoria T3, a mesma de Jones e Gugelmin, a representante brasileira das mulheres, Pâmela Bozzano, com seu navegador Cadu Sachs, concluíram em trigésimo-segundo, enquanto o marido de Pamela, Ênio Bozzano, e seu parceiro Luciano Gomes, em trigésimo-quarto, com seus Can-Am Maverick X3 pelo Team BBR / Pole Position 77.
Só deu Can-Am
Entre as 10 duplas mais bem classificadas nas duas categorias de UTV, seis estavam a bordo dos Can-Am Maverick X3 na T3 e nada menos do que nove na T4, a mais próxima dos UTVs originais de fábrica. Considerando todos os inscritos para o Dakar 2023 na T3, 47 duplas ao todo, 30 competiram de Can-Am. Na T4, dentre as 45, 37 estavam de Can-Am Maverick X3.
Como equipe, a Red Bull Can-Am Factory Team chegou ao melhor resultado, colocando toda a equipe em posição de destaque, inclusive com o título de Gugelmin e Jones. Já a South Racing Can-Am, uma das maiores do grid, esteve representada por 18 pilotos e seus navegadores, igualmente com excelentes resultados e acumula 7 títulos consecutivos na prova.
Por: Carbono.AG Agência de Comunicação – Assessoria de Imprensa BRP Brasil