A dupla campeã da edição 2022 Austin Jones e Gustavo Gugelmin, da novíssima Red Bull Can-Am Factory Team, vem com tudo para mais uma disputa a bordo do Maverick X3.
A partir de 31 de dezembro, e até 15 de janeiro, pilotos e navegadores de todo o mundo enfrentarão quase 8.600 quilômetros, dos quais em torno de 4.700 cronometrados, divididos em um prólogo e 14 etapas pela Arábia Saudita, cruzando o território de forma diagonal, com 70% do percurso inédito. Sim, daqui a alguns dias terá início a maior competição off-road do globo, o Rali Dakar 2023, que nesta 45ª edição traz uma grande novidade: a travessia do Empty Quarter, ou quarteirão vazio, uma imensidão de areia e dunas no Sudeste do país.
Austin Jones e Gustavo Gugelmin estarão lá novamente a bordo do Maverick X3 para tentar mais um título, já que são os atuais campeões do Rali Dakar. E com novidades. A dupla faz parte da recém-anunciada Red Bull Can-Am Factory Team, equipe formada por pilotos que dominaram os eventos globais de corrida da FIA nos últimos anos. Can-Am e a Red Bull se uniram para revolucionar o mundo das corridas off-road e, por meio dessa colaboração, ambas as marcas visam garantir a evolução do Red Bull Off-Road Junior Team, um programa projetado para descobrir, desenvolver e fazer crescer a próxima geração de pilotos off-road.
A nova equipe é composta por um ‘dream team’ de pilotos vencedores, que inclui ainda Seth Quintero, Cristina Gutierrez e Francisco Chaleco Lopez, que disputam a categoria T3 (modelos derivados de série), além de Rokas Baciuška na categoria T4 (protótipos ou modelos de maior preparação e velocidade final). Esses cinco pilotos e seus navegadores tentarão elevar seus desempenhos ao nível máximo a bordo do Can-Am Maverick X3 2023, durante os 15 dias do Rali Dakar. E seguirão disputando provas off-road em todo o mundo, incluindo a World Rally Raid Series e as principais corridas da América do Norte. A plataforma da equipe e seus pilotos também orientarão os atletas promissores da Red Bull Off-Road Junior Team.
Também estarão a bordo de Can-Am Maverick X3 na T4 outros brasileiros: Pâmela Bozzano com Cadu Sachs do Team BBR/Pole Position 77. No mesmo time estão Ênio Bozzano (marido de Pâmela) e Luciano Gomes. Já na T3, Rodrigo Luppi e Maykel Justo (Can-Am Maverick/South Racing) esperam repetir o desempenho deste ano, marcado por vitória de etapa. E o mineiro Cristiano Batista estreia com o navegador português Fausto Mota, com outro Maverick do mesmo time.
A disputa começa no Sea Camp, às margens do Mar Vermelho, receberá vistorias técnicas e administrativas e shakedown. Cidades conhecidas no roteiro da prova, Al Ula e Ha’il são os desafios seguintes, com duas etapas em laço. Em seguida, a caravana chega a Al Duwadimi (que recebe mais um laço) e de lá segue para Riyadh. Com direito às duas pernas da etapa Maratona já na fase final da competição, em torno de Shaybah. Por fim, vêm Al-Hoffuf e Dammam, que consagrará os campeões. As etapas terão média de 450 quilômetros por dia e uma preocupação é de reduzir os trechos de deslocamento.
Hegemonia histórica de Can-Am
Desde que revelou sua aclamada plataforma Maverick X3, disponível em 2017, vencer corridas e conquistar pódios tornou-se algo frequente para a Can-Am. E em 2022 não foi diferente, com os primeiros lugares em duas das maiores competições do planeta, o Sertões, com Rodrigo Varela e Matheus Mazzei, e o Dakar, com Austin Jones e Gustavo Gugelmin. E tudo leva a crer que daqui para frente a onda de boa sorte – e muito preparo – seguirá com a aposta da parceria Can-Am/Red Bull.
O primeiro ano dos UTVs como categoria oficial do Dakar foi em 2017, quando a prova foi realizada entre Argentina, Paraguai e Bolívia. Entretanto, a Can-Am não participou, pois o regulamento não contemplava modelos turbo a gasolina. Foi Reinaldo Varela quem deu o pontapé inicial para o grande domínio da Can-Am no maior rali do mundo e coroou uma trajetória incrível nas mais diversas provas do Brasil e do exterior com o título mais importante de sua carreira: a conquista do Rali Dakar 2018, tendo ao seu lado justamente o navegador catarinense Gustavo Gugelmin, parceiro de tantas provas e vitórias e que agora compete com o norte-americano Austin Jones em busca do bicampeonato este ano. A competição daquele ano foi iniciada em Lima, no Peru, com passagem pela Bolívia e concluída em Córdoba, na Argentina.
Em 2019, com o Dakar todo realizado no Peru, houve grande crescimento no grid dos UTVs, com 30 tripulações inscritas. Naquela temporada, a última da competição em solo sul-americano, a Can-Am ganhou de vez o protagonismo na prova, com 24 veículos na disputa. O chileno Francisco Chaleco López, oriundo da categoria motos, faturou o Dakar pela primeira vez, tendo como navegador o conterrâneo Álvaro León Quintanilla. Varela e Gugelmin terminaram em terceiro.
No ano seguinte, em 2020, Casey Currie venceu o Dakar em um Maverick X3, dando à Can-Am a terceira vitória consecutiva na competição. Os veículos Can-Am cruzaram a linha de chegada em todas as dez primeiras posições. Na sequência, em 2021, Chaleco López venceu pela segunda vez a prova e também arrematou o título na categoria protótipos leves com um Maverick X3, mesmo competindo na categoria UTV.
Em todos esses anos, é inegável a preferência de pilotos e copilotos pelos UTVs Can-Am, o que só reforça o protagonismo da marca canadense no Rali Dakar.
Por: Carbono.AG Agência de Comunicação