Medalhista de Tóquio bate recorde das Américas no Brasileiro Loterias Caixa de atletismo

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João Victor Teixeira foi ouro no lançamento de disco e ainda disputa arremesso de peso na competição nacional, que reúne mais de 600 atletas no CT Paralímpico

O carioca João Victor Teixeira, 28, do clube IEMA/SP, quebrou o recorde das Américas no lançamento de disco da classe F37 (para atletas com deficiência de coordenação motora). Durante o Campeonato Brasileiro Loterias Caixa de atletismo, na manhã desta sexta-feira, 6, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, o atleta lançou para 54,29 m e superou a sua antiga marca de 52,76 m, alcançada no Mundial de Dubai, em novembro de 2019, quando conquistou a medalha de ouro na prova.

Além de subir ao lugar mais alto do pódio no Oriente Médio, João faturou duas medalhas de bronze no Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020: uma no próprio lançamento de disco e outra no arremesso de peso. Agora, o carioca tenta manter o ritmo em competições nacionais e internacionais para buscar o ouro nos Jogos de Paris 2024.

No ano que vem, a capital francesa também vai receber o Mundial de atletismo, um dos torneios que servirão de preparação aos Jogos Paralímpicos. Apesar de ter batido o recorde das Américas, João ainda não atingiu o índice para participar desta competição. “Estou treinando forte para isso. Infelizmente, não consegui agora no Brasileiro, mas terei outras oportunidades para ir ao Mundial. Estou muito focado e confiante no progresso”, afirmou o atleta, que também vai disputar o arremesso de peso no Campeonato Brasileiro na tarde desta sexta-feira.

A competição nacional começou nesta quinta, 5, e termina neste sábado, 7, no CT Paralímpico. No primeiro dia de disputas, Beth Gomes, da ASPA/SP,  quebrou o recorde mundial no arremesso de peso da classe F52 (para atletas cadeirantes). Ela arremessou para 8,45 m e bateu a sua própria marca de 7,80 m, registrada em setembro de 2019, também no CT Paralímpico.

Outros atletas das provas de campo que se destacaram no Campeonato Brasileiro de atletismo foram Alessandro Silva, da ADV-VALE/SP, da classe F11 (para atletas cegos), e Lunier Carvalho, da APARU-UBERLÂNDIA/MG, da classe F13 (para pessoas com deficiência visual). Também no arremesso de peso, Alessandro atingiu a marca de 14,05 m e quebrou o recorde das Américas. A melhor marca continental já era dele e foi registrada em novembro de 2019, durante o Mundial de atletismo de Dubai.

Assim como Alessandro, Lunier estabeleceu uma nova marca das Américas em sua classe no arremesso de peso. Ele arremessou para 11,7 m e superou seu próprio recorde, de 11,29 m, registrado em São Paulo, no ano de 2017. As provas de arremesso de peso nas classes F52, F11 e F13 não fazem parte do programa dos Jogos Paralímpicos.

No salto em distância, outros dois recordes das Américas foram quebrados. Aser Ramos, do PARADESPORTO/RS, da classe T36 (para atletas com deficiência de coordenação motora) saltou 5,7 m e superou os 5,62 m estabelecidos pelo também brasileiro Rodrigo da Silva, nos Jogos do Rio 2016. Já Romildo Santos, da AAPPD/PE, da classe T44 (para atletas com deficiência nos membros inferiores), atingiu a marca de de 6,03 m, que é maior do que os 5,65 m exigidos pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) para o registro de um novo recorde no continente.

Recordes brasileiros no halterofilismo
Ao mesmo tempo em que recebe o Campeonato Brasileiro de atletismo, o CT Paralímpico também sedia o de halterofilismo. No primeiro dia de disputas, quinta-feira, atletas da nova geração despontaram em suas categorias. Já nesta sexta-feira, dois recordes brasileiros foram batidos.

Na categoria até 72 kg, o catarinense Ezequiel Corrêa, 34, da AESA/SP, levantou 183 kg e superou sua própria marca de 182 kg, alcançada em 2019, na capital paulista. Já na categoria até 80 kg, o paraibano Ailton de Souza, 37, do CCF/SE, levantou 195 kg, 1 kg a mais em relação ao antigo recorde de 194 kg, registrado por Evânio Rodrigues, em Fortaleza, no ano de 2013.

Os Campeonatos Brasileiros começaram a ser organizados e realizados pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) em 2018. Desde então, apenas em 2020 não houve competições, devido à pandemia de Covid-19. Além dos torneios de atletismo e halterofilismo, que são disputados até sábado, 7, haverá disputas de outras duas modalidades até o fim do ano. O Brasileiro de natação ocorrerá entre os dias 12 e 14 de maio, também no CT Paralímpico, enquanto o de tiro esportivo será realizado de 21 a 23 de outubro, no Rio de Janeiro. 

Imprensa 
Os profissionais de imprensa interessados em cobrir ambas as competições podem enviar um e-mail para imp@cpb.org.br com os seguintes dados: nome completo, RG ou CPF, veículo por qual irá cobrir o(s) evento(s) e o comprovante do esquema vacinal completo contra a Covid-19. O uso de máscara será obrigatório. Nos dias do(s) evento(s), deverão se identificar na sala de imprensa do local. 

Serviço 
Campeonato Brasileiro Loterias Caixa de atletismo e de halterofilismo 
Dias e horários: até dia 7 de maio – a partir das 8h
Local: Centro de Treinamento Paralímpico 
Endereço: Rodovia dos Imigrantes KM 11,5 sem número – Vila Guarani – São Paulo. 

Time São Paulo 
Os atletas Alessandro Silva e Beth Gomes são integrantes do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo que beneficia 57 atletas de 11 modalidades. 

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível 
Os atletas Alessandro Silva, Beth Gomes e João Victor Teixeira são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 70 atletas e sete atletas-guia. 

Patrocínios 
O atletismo tem o patrocínio da Braskem e das Loterias Caixa. 
O halterofilismo tem o patrocínio das Loterias Caixa. 

Por: Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro

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Sobre o Autor

Formado em Educação Física e especializado em Jornalismo Esportivo. Editor e proprietário do Templo dos Esportes

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