TCR South America vê Lynk & Co triunfar em Interlagos com a dupla Pezzini e Merlo

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Com quatro montadoras diferentes nos cinco primeiros lugares em Interlagos, o TCR South America teve um formidável espetáculo em sua primeira prova de endurance em 2022. Ao término de uma hora de corrida a vitória ficou para o Lynk & Co #7 da dupla Fabrizio Pezzini e Javier Merlo. O Hyundai #35, de Pedro Aizza e Rodrigo Sperafico, cresceu no fim e terminou em segundo, com o Honda #26, de Juan Angel Rosso e Ricardo Risatti, completando o pódio.

Com a vitória em São Paulo, Pezzini assume a liderança no campeonato, ultrapassando Raphael Reis na tabela por 11 pontos. O titular do CUPRA #77 cravou a pole em dupla com Guga Lima depois de a equipe W2 Pro GP dominar todos os treinos. Mas, na corrida, lutou com um carro muito dianteiro, incapaz de segurar os ataques dos Lynk & Co, Honda e Hyundai.

A Copa Trophy também teve batalhas memoráveis e coroou a dupla uruguaia Enrique Maglione e Fernando Rama, com o Peugeot #15. O segundo na categoria foi o Hyundai #12, de Edson Reis e Felipe Papazissis, com o Audi #37, de Guilherme Reischl e Marcio Basso, completando o pódio.

A próxima etapa do campeonato acontece em Goiânia, nos dias 4 e 5 de junho.

A corrida:

Na largada o pole Guga Lima segurou a liderança com o CUPRA #77, enquanto os dois Lynk & Co, que vinham na segunda fila, passaram o Honda de Risatti, com Pezzini saltando para segundo após trocar tinta com Sapag. Aizza também passou o Honda #26 na primeira volta. Na quarta volta, o Hyundai passou Sapag na freada do S do Senna.

Nas voltas 5, 6 e 7 Pezzini tirou mais de 2s de vantagem de Lima e abriu ataque pela liderança. Na abertura da volta 8, o Lynk & Co mergulhou por dentro no S do Senna e assumiu a ponta. Na volta 12 a vantagem de Pezzini era de 1.8s e Lima já sofria ataque de Aizza pelo segundo lugar. Na passagem seguinte, Guga tentou defender a posição se posicionando por dentro na freada do fim da reta principal. Aizza se lançou por fora e concretizou a ultrapassagem no S do Senna. Na mesma volta, Risatti superou Sapag no Laranjinha.

Na primeira volta da janela, Pezzini trouxe o carro líder para o pit-stop obrigatório. Também entraram Risatti que havia superado Lima, o CUPRA #77 e Vitor Genz com o Honda #22.

Com o pelotão restabelecido após o fim da janela de paradas, a liderança era de Javier Merlo com o Lynk & Co #7, com vantagem na casa de 5.4s. Rosso era segundo com o Honda, enquanto Reis vinha em busca de recuperar terreno. Mas o Honda logo respondeu, neutralizando a investida.

A 15 minutos do fim, Sperafico alcançou Reis e passou por fora depois de um leve contato entre CUPRA e Hyundai. Logo à frente, Rosso tirava diferença de Merlo.

Na parte final da prova, Sperafico era o mais rápido, favorecido pelo desempenho constante do Hyundai ao longo da prova toda. Na volta 29, alcançou Rosso para disputar a vice-liderança.

Sperafico passou na volta 30 e restavam seis minutos para tirar 5.9s de diferença para Merlo. Ciarrocchi passou Reis na volta 32, para ser quarto.

O Lynk & Co #7 venceu, com Hyundai em segundo e o Honda em terceiro. Em quarto fechou o outro Lynk & Co e o CUPRA em quinto. Pela Copa Trophy a vitória ficou com o Peugeot #15, de Rama e Maglione.

O que eles disseram:

É incrível ganhar em Interlagos. Inacreditável. Estava chorando até agora, é uma emoção muito grande. Dois argentinos correndo pela primeira vez em Interlagos e conseguir ganhar depois de uma corrida magnífica! Fizemos uma bela primeira volta e depois boa manobra com Reis. Então Javier assumiu o carro e era muito rápido. Foi ótimo trabalhar com ele, agradeço que tenha aceitado meu convite
Fabricio Pezzini

Quando me convidou para correr em Interlagos, aceitei imediatamente. Fui muito bem tratado pela equipe e conseguimos o que queríamos. Estou com um sorriso enorme, que será maior ainda depois da champanhe pela vitória no pódio
Javier Merlo

Foi uma corrida perfeita, conseguimos fazer os dois stints de forma perfeita, poupando o carro, andando rápido e sendo constante e sempre sendo uma ameaça aos outros pilotos.
Pedro Aizza

Sabíamos que tínhamos um carro muito rápido, não conseguimos um bom quali, mas tinha certeza de que na corrida estaríamos com um bom ritmo. O Pedro fez um stint incrível, pulando de P7 para P2, perdemos um pouco na parada, mas conseguimos recuperar e cumprir a meta que o time colocou para gente na corrida.
Rodrigo Sperafico

Estou contente. Os 40kg de lastro, que ontem não pareciam fazer diferença, hoje sentimos muito. Acho que foi uma corrida muito boa. Ricardo fez uma boa primeira parte e colocou um bom ritmo. Peguei o carro em segundo e tratei de ir da melhor maneira possível e tentei segurar. Mas o Sperafico vinha rapidíssimo e assim terminamos em terceiro.
Juan Angel Rosso

A largada foi um pouco conturbada, eu vinha a 90 km/h que era o limite. E acabaram me passando, algo que fica para os comissários verificarem. Isso me complicou um pouco o início. Já no final do meu stint, vinha bem mais rápido e consegui passar três carros antes da parada. O Lynk & Co e o Hyundai estavam um pouco mais rápidos, sem os quilos de lastro. Então é um terceiro lugar que serve muito para o campeonato.
Ricardo Rissati

A verdade é que estou muito contente. A equipe trabalhou muito, superando vários problemas. O carro andou bem hoje e tenho que agradecer meu convidado, que é meu companheiro de equipe no Uruguai.
Enrique Maglione

Largamos de P15 e viemos avançando desde o início com um bom ritmo. A equipe fez um belo trabalho e agradeço ao Enrique pelo convite. Estou muito feliz de retornar depois de alguns anos a uma corrida internacional. Estávamos fortes e chegamos a andar em sexto, sétimo. Foi uma grande experiência e parabenizo a categoria por um evento muito bonito
Fernando Rama

Realmente nosso carro era muito rápido ao longo do fim de semana, infelizmente não conseguimos manter o bom ritmo na corrida, precisamos analisar e entender onde melhorar para equilibrar esse desempenho. É um campeonato longo, teremos etapas boas e ruins, vamos aprender com as que não são tão boas para que elas sejam cada vez mais raras. O lastro acaba atrapalhando em corrida, na volta rápida ele não pune tanto, mas na prova sim. Precisamos aprender a lidar com o peso para extrair o melhor desempenho mesmo com lastro.
Raphael Reis

Por: Luis Ferrari – TCR South America

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Sobre o Autor

Formado em Educação Física e especializado em Jornalismo Esportivo. Editor e proprietário do Templo dos Esportes

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