- Cearense foi campeão com nota 10 na grande final com Alan Jhones
- Michael foi batendo os próprios recordes a cada bateria na Praia Mole
- Peruana derrota Summer Macedo e garante compatriota no Challenger
- Yago Dora e Sophia Medina são os novos campeões sul-americanos
O cearense Michael Rodrigues deu um verdadeiro espetáculo para fechar com chave-de-ouro o LayBack Pro apresentado pela Prefeitura de Florianópolis, na Praia Mole, lotada no domingo. Ele foi aumentando seus próprios recordes a cada apresentação e sacramentou a vitória com um aéreo full rotation espetacular, que arrancou a única nota 10 nos 2 anos da etapa do World Surf League (WSL) Latin America Qualifying Series, em Santa Catarina. O potiguar Alan Jhones também deu seu show, mas Michael parecia imbatível e ganhou o título por incríveis 19,13 a 16,10 pontos. Na outra decisão, a peruana Daniella Rosas derrotou a brasileira Summer Macedo, que precisava da vitória para ficar com a última vaga para o Challenger Series 2022.
“Isso tudo é muito surreal. Minha última vitória tinha sido em 2014 na Joaquina e é impossível descrever o que estou sentindo agora”, disse Michael Rodrigues. “Eu tenho batalhado muito por isso e agora parece que tudo faz sentido, por madrugar todas as manhãs para treinar e me dedicar. No ano passado, eu estive aqui comemorando a vitória do Mottinha (Eduardo Motta) e agora fiz uma final incrível com o Alan Jhones, que é um grande ídolo não só meu, como do Nordeste inteiro. Ele é um dos meus surfistas favoritos e eu amo esse cara”.
Alan Jhones foi o primeiro potiguar de Baía Formosa a se destacar no cenário nacional, bem antes do campeão olímpico Italo Ferreira surgir para o mundo. Chegou a ser vereador na sua cidade, já acompanha seu filho nos eventos e resolveu voltar a competir também. Ele fez grandes apresentações na Praia Mole e no domingo brilhou no duelo potiguar com Mateus Sena nas quartas de final, depois passou bem também pelo argentino Santiago Muniz.
Na grande final, encontrou um imbatível Michael Rodrigues, que mora em Florianópolis há mais de 10 anos e sempre treina na Praia Mole. Ele foi recordista absoluto de nota – 9,00 – e pontos – 16,00 – na primeira edição do LayBack Pro em 2021. O cearense foi subindo essas marcas a cada apresentação esse ano, com seus aéreos sensacionais e com a potência das suas manobras modernas de frontside e de backside, nas direitas e esquerdas da Praia Mole.
Michael igualou a nota 9,00 duas vezes antes do domingo e realmente comandou o show de surfe diante da torcida que lotou a praia no último dia. Ele somou 9,17 com 9,07 para vencer a semifinal contra Marcos Correa por 18,24 pontos. Ainda aumentou esse recorde para incríveis 19,13 pontos na grande final, com a primeira nota 10 do LayBack Pro apresentado pela Prefeitura de Florianópolis. São dele as cinco maiores pontuações nos 2 anos do evento e quatro das cinco maiores notas em 2021 e 2022.
“Cara, confesso que ainda não caiu a ficha e nem consigo acreditar nisso tudo que aconteceu hoje”, disse Michael Rodrigues. “Eu surfo todo dia nessa praia, eu amo esse lugar e conseguir essa vitória aqui, do jeito que foi, com um cara que admiro tanto, que é o Alan Jhones, foi muito incrível. Nem estava descansando, mas treinando o físico todos os dias, surfando bastante, porque quero chegar no Challenger Series preparado. Acho que essa vitória veio coroar toda essa dedicação, esse trabalho intenso que venho fazendo”.
Com o título no LayBack Pro apresentado pela Prefeitura de Florianópolis, que escapou na final de 2021 quando também estava invicto e só perdeu a grande final para Eduardo Motta, Michael Rodrigues subiu da sexta para a segunda posição no ranking regional da WSL Latin America. Só ficou abaixo do novo campeão sul-americano da temporada 2021/2022, o catarinense Yago Dora, que está se recuperando de uma contusão no tornozelo. Já o vice-campeão na Praia Mole, Alan Jhones, saltou da 28.a para a 18.a posição.
“O Michael (Rodrigues) conhece muito essa onda e ele tem um instinto parecido com o do Italo Ferreira, então eu já sabia que ia ser uma final muito difícil”, disse Alan Jhones. “Por mim, eu gostaria que ele tivesse caído em todas as ondas (risos), mas o cara é um monstro e estou superfeliz em ter feito essa final com ele. Já foi uma vitória e tanto chegar na final e só tenho que agradecer a Deus. Estou muito feliz e vamos para a próxima etapa agora”.
CAMPEÃO SUL-AMERICANO – O LayBack Pro apresentado pela Prefeitura de Florianópolis fechou os rankings regionais de 2021/22 da WSL Latin America, coroando o campeão e a campeã sul-americana da temporada e definindo as últimas classificações para o Challenger Series 2022. A jovem Sophia Medina, 16 anos, confirmou o título feminino na sexta-feira e ninguém conseguiu tirar o primeiro lugar de Yago Dora no ranking masculino. O catarinense se contundiu após vencer a etapa de Saquarema no ano passado e ainda não voltou a competir.
“Estou bem focado na minha recuperação e, até a semana passada, eu nem sabia que poderia ganhar esse prêmio”, revelou Yago Dora. “Fiquei muito feliz, porque meu final do ano passado foi muito bom. Eu tive um bom resultado aqui na Praia Mole (no primeiro LayBack Pro em novembro), uma vitória bem marcante lá em Saquarema, então estou amarradão em estar aqui e assistir esse show de surfe dessa final, que foi muito irada. Com certeza, é um título importante para mim, porque a região da América do Sul é a que tem um dos níveis mais altos no mundo, então estou muito feliz de levar esse troféu para casa”.
VAGAS NO CHALLENGER – O LayBack Pro apresentado pela Prefeitura de Florianópolis foi emocionante, com a batalha pelas vagas regionais para o Challenger Series sendo travada quase a cada bateria, desde o primeiro dia do evento iniciado na quarta-feira. Os top-10 do ranking masculino foram definidos no sábado. Os sul-americanos que vão disputar vagas para o World Surf League Championship Tour são o argentino Santiago Muniz e os brasileiros Michael Rodrigues, Alex Ribeiro, Willian Cardoso, Eduardo Motta, Wesley Leite, Marco Fernandez, Raoni Monteiro, Robson Santos e Matheus Navarro, que ficou com a última vaga no desempate com Jessé Mendes.
Na categoria feminina, a nova campeã sul-americana, Sophia Medina, a peruana bicampeã da WSL Latin America em 2019 e da temporada 2020/21, Daniella Rosas, e a catarinense Laura Raupp, estavam confirmadas. Mas, ainda restava uma vaga para ser definida no domingo. A defensora do título do LayBack Pro, Laura Raupp, perdeu para Daniella Rosas na primeira semifinal. Na briga pela outra vaga na decisão, Summer Macedo fez sua melhor apresentação, ganhando da cearense Yanca Costa por 16,36 a 12,50 pontos.
DECISÃO FEMININA – Ela ainda precisava vencer o campeonato para ultrapassar a peruana Arena Rodriguez Vargas, quarta colocada no ranking da WSL Latin America, que classificava quatro surfistas para o Challenger Series 2022. Summer larga na frente com nota 6,17 numa direita, que abre a parede para fazer duas manobras de frontside. Daniella escolhe as esquerdas e entra no jogo com 5,50. Logo pega outra maior para atacar forte, abrindo grandes leques de água com três batidas e rasgadas de backside. Os juízes deram nota 9,33 para ela, a maior da história do LayBack Pro de 2021 e 2022.
A brasileira passa a precisar de 8,67 e tinha tempo para isso, pois ainda faltavam 20 minutos para o término da bateria. No entanto, o máximo que Summer Macedo conseguiu depois foi 5,67 numa esquerda. Daniella Rosas ficou com a prioridade de escolher a próxima onda até o fim e garantiu o quarto lugar no ranking final para a também peruana Arena Rodriguez Vargas, com sua primeira vitória no Brasil, por 14,83 a 11,84 pontos.
“Estou muito feliz porque já participei de muitos campeonatos aqui no Brasil e nunca tinha vencido, então é incrível essa emoção que estou sentindo agora”, disse Daniella Rosas. “Eu apostei nas esquerdas e consegui tirar a maior nota do evento ali, então estou superfeliz e mais confiante também para as próximas etapas. É incrível termos duas peruanas no Challenger Series. A Arena (Rodriguez) estava dependendo da minha vitória, então fico contente em poder ter contribuído com sua classificação, porque ela é uma jovem surfista muito talentosa e vamos com tudo então para o Challengers”.
LAYBACK PRO NA PRAINHA – Depois de duas edições de grande sucesso na sempre cheia Praia Mole de Florianópolis, outro LayBack Pro será realizado pela Agência Esporte & Arte ainda esse ano. Já está confirmado para os dias 14 a 19 de junho, o LayBack Pro Rio na paradisíaca Prainha, na capital do Rio de Janeiro. Assim como o evento de Santa Catarina, a etapa do WSL Qualifying Series será disputada pelas categorias masculina e feminina e com o princípio da igualdade na premiação para homens e mulheres.
“É uma novidade que a gente está feliz pra caramba de poder realizar, um QS na Prainha que será inédito”, garantiu Bill Tassinari, diretor executivo da Agência Esporte & Arte. “Já tiveram alguns campeonatos importantes lá, mas a gente está a fim de fazer um grande festival, com bastante ativações, atrações, então a galera já fica ligada, porque de 14 a 19 de junho vamos fazer da Prainha um grande palco de novo, como merece. A ideia é levar todo o lifestyle que o surfe traz e podem ter certeza de que vai ter muita coisa legal lá na semana do evento”.
A Prefeitura de Florianópolis apresenta LayBack Pro foi uma realização da Federação Catarinense de Surf (FECASURF) com a Agência Esporte & Arte (AEA) como correalizadora e licenciada pela WSL Latin America para promover uma etapa do WSL Qualifying Series. O evento foi patrocinado pela Metha Energia, com apoio da BOLD, SIBON Charters, Goedert Group, Hotel Selina, The Search House, da Fundação Municipal de Esportes e da Prefeitura Municipal de Florianópolis, através da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, além da Associação de Surf da Praia Mole (ASPM) e do Site Waves, com transmissão ao vivo pelo WorldSurfLeague.com produzida pela FIRMA.
RESULTADOS DO ÚLTIMO DIA DO LAYBACK PRO 2022:
DECISÃO DO TÍTULO MASCULINO:
Campeão: Michael Rodrigues (BRA) por 19,13 pts (10,0+9,13) – US$ 2.000 e 1.000 pontos
Vice-campeão: Alan Jhones (BRA) com 16,10 pts (8,23+7,87) – US$ 900 e 800 pontos
SEMIFINAIS – 3.o lugar com US$ 550 e 650 pontos:
1.a: Alan Jhones (BRA) 14,94 x 13,70 Santiago Muniz (ARG)
2.a: Michael Rodrigues (BRA) 18,24 x 15,80 Marcos Correa (BRA)
QUARTAS DE FINAL – 5.o lugar com US$ 250 e 500 pontos:
1.a: Santiago Muniz (ARG) 15,24 x 14,27 Alex Ribeiro (BRA)
2.a: Alan Jhones (BRA) 16,17 x 14,07 Mateus Sena (BRA)
3.a: Marcos Correa (BRA) 15,50 x 12,87 Caetano Vargas (BRA)
4.a: Michael Rodrigues (BRA) 16,50 x 12,83 Wesley Leite (BRA)
DECISÃO DO TÍTULO FEMININO:
Campeã: Daniella Rosas (PER) por 14,83 pts (9,33+5,50) – US$ 2.000 e 1.000 pontos
Vice-campeã: Summer Macedo (BRA) com 11,84 pts (6,17+5,67) – US$ 900 e 800 pontos
SEMIFINAIS – 3.o lugar com US$ 550 e 650 pontos:
1.a: Daniella Rosas (PER) 16,77 x 12,87 Laura Raupp (BRA)
2.a: Summer Macedo (BRA) 16,36 x 12,50 Yanca Costa (BRA)
TOP-20 DO RANKING FINAL 2021/22 DA WSL LATIN AMERICA:
*-tops do CT que dispensam vaga do ranking regional
*1: Yago Dora (BRA) – 4.950 pontos
02: Michael Rodrigues (BRA) – 3.580
03: Alex Ribeiro (BRA) – 3.500
04: Willian Cardoso (BRA) – 3.450
05: Eduardo Motta (BRA) – 3.260
06: Wesley Leite (BRA) – 3.050
*7: João Chianca (BRA) – 3.000
08: Marco Fernandez (BRA) – 2.800
09: Raoni Monteiro (BRA) – 2.438
10: Santiago Muniz (ARG) – 2.350
11: Robson Santos (BRA) – 2.250
*12: Samuel Pupo (BRA) – 2.100
13: Matheus Navarro (BRA) – 1.850
14: Jessé Mendes (BRA) – 1.850
15: Thiago Camarão (BRA) – 1.845
16: José Francisco (BRA) – 1.700
17: Victor Bernardo (BRA) – 1.610
18: José Gundesen (ARG) – 1.600
18: Alan Jhones (BRA) – 1.600
20: Marcos Correa (BRA) – 1.430
TOP-10 DO RANKING FINAL 2021/22 DA WSL LATIN AMERICA:
01: Sophia Medina (BRA) – 4.000 pontos
02: Daniella Rosas (PER) – 3.900
03: Laura Raupp (BRA) – 3.150
04: Arena Rodriguez Vargas (PER) – 2.950
05: Summer Macedo (BRA) – 2.950
06: Isabelle Nalu (BRA) – 2.350
07: Larissa dos Santos (BRA) – 2.100
08: Yanca Costa (BRA) – 1.995
09: Tainá Hinckel (BRA) – 1.750
09: Kiany Hyakutake (BRA) – 1.750
SOBRE A WORLD SURF LEAGUE: Estabelecida em 1976, a World Surf League (WSL) é a casa do melhor surf do mundo. Uma empresa global de esportes, mídia e entretenimento, a WSL supervisiona circuitos e competições internacionais, tem uma divisão de estúdios de mídia que cria mais de 500 horas de conteúdo ao vivo e sob demanda, por meio da afiliada WaveCo, empresa que criou a melhor onda artificial de alto desempenho do mundo.
Com sede em Santa Monica, Califórnia, a WSL possui escritórios regionais na América do Norte, América Latina, Ásia-Pacífico e EMEA. A WSL coroa anualmente os campeões mundiais de surf profissional masculino e feminino. A divisão global de Circuitos supervisiona e opera mais de 180 competições globais a cada ano do Championship Tour e dos níveis de desenvolvimento, como o Challenger Series, Qualifying Series e Junior Series, bem como os circuitos de Longboard e Big Wave.
Lançado em 2019, o WSL Studios é um produtor independente de projetos de televisão sem roteiros, incluindo documentários e séries, que fornecem acesso sem precedentes a atletas, eventos e locais globalmente. Os eventos e o conteúdo da WSL, são distribuídos na televisão linear para mais de 743 milhões de lares no mundo inteiro e em plataformas de mídia digital e social, incluindo o WorldSurfLeague.com. A afiliada WaveCo inclui as instalações do Surf Ranch Lemoore e a utilização e licenciamento do Kelly Slater Wave System.
A WSL é dedicada a mudar o mundo por meio do poder inspirador do surfe, criando eventos, experiências e histórias autênticas, a fim de motivar a sempre crescente comunidade global para viver com propósito, originalidade e entusiasmo.
Por: Casa do Bom Conteúdo