Resultado da paranaense nesta madrugada de domingo, 6, é o segundo melhor do Brasil em Jogos Paralímpicos de Inverno
Os seis atletas brasileiros nos Jogos Paralímpicos de Inverno Pequim 2022 estrearam na noite deste sábado, 5, e madrugada de domingo, 6 (de Brasília), no evento.
No esqui cross-country, na prova longa feminina (15 km), a paranaense Aline Rocha foi a única representante do país e fez história na cidade de Zhangjiakou, 180 quilômetros a noroeste da capital chinesa.
A brasileira terminou a disputa em um inédito sétimo lugar, com o tempo de 50min45s7, e alcançou a sua melhor participação em Jogos Paralímpicos de Inverno. Em 2018, na cidade coreana de PyeongChang, ela foi a primeira mulher do país a estar em uma edição dos Jogos de Inverno e, à ocasião, sua melhor classificação foi o 12º lugar na prova de média distância – que, até então, tinha 5 km.
Agora, em 2022, nove atletas estiveram na prova longa e o pódio foi formado pela chinesa Yang Hongqiong, medalhista de ouro (43min06s7), pela norte-americana Oksana Masters, prata (43min38s8), e pela também chinesa Li Panpan (45min17s).
“Foi difícil, mas foi muito bom. Sofri um pouquinho, porém estou muito feliz em estar em mais uma edição dos Jogos Paralímpicos de Inverno. Esta prova é a mais longa, então, eu fui mais controlada. Nas outras, irei forte do início ao fim, com a expectativa de ir melhor na de média distância (7,5km)”, analisou Aline, que ficou paraplégica após sofrer um acidente automobilístico aos 15 anos.
O resultado de Aline nesta madrugada é o segundo melhor do Brasil em Jogos Paralímpicos de Inverno. Apenas um posto acima do feito de Cristian Ribera na prova de longa distância dos Jogos de 2018, quando foi o sexto colocado.
Já em Pequim, Cristian Ribera conseguiu ser o melhor entre os quatro brasileiros na prova longa (18 km) do esqui cross-country, com a 14ª colocação. Guilherme Rocha, Robelson Lula e Wesley dos Santos também disputaram a prova.
Cristian concluiu o circuito em 52min29s1, tempo melhor até do que o que lhe garantiu a sexta colocação no Mundial de esportes de neve, em Lillehammer, na Noruega, no último mês de janeiro (52min37s4). Embora a distância seja a mesma, o nível de dificuldade do percurso e as condições climáticas acabam contando para efeitos de tempo.
“Eu sei que fiz o meu melhor. Infelizmente, não foi o resultado que eu queria. Na hora da prova, o cansaço bateu. Agora, é continuar treinando para melhorar nas outras disputas”, disse Cristian, que nasceu com artrogripose, doença que provoca má-formação nas articulações das extremidades.
O paulista Guilherme Rocha fechou a prova em 19º lugar, com o tempo de 55min18s9, seguido pelo paraibano Robelson Lula, 20º, (57min17s7). O também paulista Wesley dos Santos terminou a disputa na 22ª posição (58min23s5).
Ao todo, 25 atletas iniciaram a prova. A medalha de ouro ficou com o chinês Zheng Peng (43min09s2), que fez dobradinha com o seu compatriota Mao Zhongwu (43min23s8), medalhista de prata. O bronze foi para o canadense Collin Cameron (47min36s6).
Snowboard
Já no snowboard cross, o gaúcho André Barbieri disputou as qualificatórias na classe LL1, para atletas com deficiência em uma ou ambas as pernas, no início da madrugada de domingo. Entre os 15 participantes, André fez o 13º melhor tempo: 1min18s30 em sua primeira descida. Na segunda, ele terminou o percurso em 1min19s48 e, como não conseguiu melhorar o tempo em relação à sua participação anterior, tal descida foi descartada. Nesta segunda-feira, 7, por volta de 0h30, o gaúcho disputará as finais da prova.
“Fiz o que eu tinha previsto. Queria ter acertado o começo e consegui. Foi fantástico. Fui melhor do que dois atletas. Então, está excelente. Era o que esperava e fico feliz por estar na disputa”, avaliou André.
Por: Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro