● “Nunca vi tanta pedra na vida”, comentou Gustavo Gugelmin sobre os desafios do primeiro dia do Dakar – navegador brasileiro ficou em primeiro na dupla com o piloto norte-americano Austin Jones
● A dupla Reinaldo Varela e Maykel Justo garantiu o melhor tempo com a equipe Monster Energy Can-Am, mas sofreu punição de 1min, caindo para quarto
● Os nove primeiros colocados na categoria UTV competem com Can-Am
Considerado o maior e mais desafiador rali do mundo, o Dakar 2021 teve início hoje com a disputa da primeira etapa da competição. Mais de 300 veículos com participantes de 50 nacionalidades partiram de Jeddah e chegando em Bisha, na Arábia Saudita. A Can-Am começou o primeiro dia emplacando os nove primeiros colocados na categoria UTV, mostrando que a marca tem grandes chances para conquistar seu quarto título seguido no Dakar.
Com o modelo Can-Am Maverick X3, a dupla Reinaldo Varela e Maykel Justo completou a etapa 1 na liderança, mas tomou uma punição de 1 minuto e com isso caiu para quarto na classificação do dia. Mas o Brasil seguiu na ponta já que a liderança passou para as mãos dos companheiros de equipe da Monster Energy Can-Am, a dupla formada pelo navegador brasileiro Gustavo Gugelmin e o piloto norte-americano Austin Jones.
Gugelmin destacou que “nunca viu tanta pedra” numa competição e que o primeiro dia também exigiu muito dos navegadores neste início de prova.
“O Dakar começou com tudo. A especial de hoje foi de muita navegação, exigindo bastante concentração, não podia desviar nada de atenção. Nunca vi tanta pedra, tivemos que ter muito cuidado com pneus e suspensão. No final pudemos andar mais rápido, com uma estrada de areia. Foi ótimo conquistar um resultado deste, com o Brasil na frente. Chegamos bem cansados, com fome e não vejo a hora de sair a janta”, brincou Gugelmin, que foi navegador campeão do Dakar na dupla com Varela, em 2018.
Campeão do Rally Dakar em 2018 com Can-Am e do FIA Cross Country em 2019, Varela destacou a superação como fato importante nesta primeira etapa de 2021 do maior rali do mundo, que começou com um trecho cronometrado de 277 quilômetros.
“Tivemos um problema com apenas 10 quilômetros de etapa após um trecho rochoso em que pegamos uma pedra que rasgou o pneu traseiro direito, nos obrigando a parar. Fizemos a troca bem rápido. Foi um sufoco, não estávamos acreditando no que estava acontecendo. Mas mantivemos a calma e voltamos a passar os outros competidores um a um, sempre com cuidado para não furar outro pneu. O Dakar na Arábia Saudita tem essa característica de destruir pneus nos trechos rochosos. Que bom que conseguimos superar isso”, diz Varela, que compete pela equipe Monster Energy Can-Am,e busca seu bicampeonato na categoria UTV.
Depois do grande desafio de navegação no primeiro dia, Maykel Justo destacou que agora o rali deve encarar trechos mais característicos de deserto.
“Amanhã, vamos encarar as primeiras dunas, com destaque para um trecho de 30 quilômetros formado somente por dunas, com saltos e descidas intermináveis. Vai ser um teste de resistência. Depois disso, teremos um longo trecho somente de areia para todos os lados, uma vastidão, que é o que assusta quando se está no deserto”, diz Justo.
Nesta segunda-feira, dia 4 de janeiro, o Dakar 2021 tem sequência, saindo de Bisha para Wadi Ad-Dawasir, no centro-sul da Arábia Saudita, para o segundo dia de competição. A prova será disputada até o dia 15, sendo realizado por completo na Arábia Saudita, partindo e chegando em Jeddah. Ao todo, serão 7.646 quilômetros de rali.
Confira a classificação preliminar na categoria UTV, do primeiro dia de prova do Dakar 2021:
1º) Austin Jones (EUA)/Gustavo Gugelmin (Brasil), Can-Am XRS Turbo – 03h42min55seg
2º) Francisco Lopez Contardo (Chile)/Juan Pablo Latrach Vinagre (Chile), Can-Am XRS Turbo – 03h43min32seg
3º) Aron Domzala (Polônia)/Maciej Marton (Polônia), Can-Am Maverick X3 – 03h43min39seg
4º) Reinaldo Varela (Brasil)/Maykel Justo (Brasil), Can-Am XRS Turbo – 03h43min44seg
5º) Gerard Farres Guell (Espanha)/Armand Monleon (Espanha), Can-Am XRS Turbo – 03h45min12seg
6º) Sergei Kariakin (Rússia)/Anton Vlasiuk (Rússia), Can-Am Maverick X3 Turbo – 03h46min12seg
7º) José Antonio Hinojo Lopez (Espanha)/Diego Ortega Gil Espanha), Can-Am Maverick X3 Turbo – 03h48min05seg
8º) Santiago Navarro (Espanha)/Marc Sola Terradellas (Espanha), Can-Am Maverick X3 Turbo – 03h53min40seg
9º) Saleh Alsaif (Arábia Saudita)/Oriol Vidal Montijano (Espanha), Can-Am Maverick X3T3PRO Turbo – 03h57min59seg
10º) Kristen Matlock (EUA)/Max Eddy Jr (EUA), Polaris RZR – 03h59min55seg
Sobre a BRP – A BRP é líder global no segmento de veículos motorizados esportivos, sistemas de propulsão e embarcações construídos em mais de 75 anos de capacidade inventiva e engenharia de ponta, e foco intensivo no consumidor. O portfólio do grupo canadense é formado por produtos e marcas líderes de mercado, o que inclui as motos de neve Ski-Doo e Lynx, as motos aquáticas Sea-Doo, os veículos on-road e off-road Can-Am, os barcos Alumacraft, Manitou, Quintrex, Stacer e Savage, e os sistemas de propulsão marítima Evinrude e Rotax, bem como os motores Rotax para karts, motocicletas e aeronaves recreativas. A BRP apresenta como apoio a sua linha de produtos o suporte completo em peças, acessórios e vestuário, para aprimorar ainda mais a experiência de condução.
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Por: Carbono.AG Agência de Comunicação