Paranaense deixa Goiânia a 14 pontos da liderança com 60 em jogo na prova decisiva a ser disputada dia 13 de dezembro em Interlagos
O paranaense Ricardo Zonta pontuou nas duas provas deste domingo em Goiânia, com um sexto e um décimo lugares, e, com os resultados acumulados, leva a Shell pela primeira vez à decisão da Stock Car com chance de título. A Grande Final será disputada dia 13 de dezembro, em Interlagos, onde Zonta venceu por duas vezes a Corrida do Milhão, em 2013 e 2020, além de ter ganho a prova final de 2018. Zonta ocupa o quarto lugar na classificação geral e, já contando os descartes estipulados por regulamento, está a 14 pontos do líder da tabela, com 60 em jogo na prova final. Já Gaetano di Mauro completou a primeira corrida do dia em sétimo lugar, enquanto Átila Abreu, prejudicado por acidentes nas duas corridas, ainda foi o 16º na segunda prova. Galid Osman foi envolvido num contato na primeira corrida e não largou para a segunda. Sob forte calor, os pilotos partiram para a rodada dupla e, na primeira corrida, os quatro pilotos de Shell passaram limpos pela largada, com Gaetano em nono, Átila e Galid juntos, em 12º e 13º, e Zonta em 17º. Em seguida, os quatro ganharam duas posições com um toque entre dois concorrentes. Na abertura da oitava volta, Átila atacou Ricardo Maurício no retão, foi obrigado a ir para a grama e, com isso, perdeu o controle do carro; Galid, que vinha próximo, acabou atingido pelo carro #51. Os dois abandonaram a prova ali mesmo. Aos poucos, Di Mauro e Zonta escalaram o pelotão com um bom ritmo e uma excelente estratégia de pit stops. No fim, o paranaense marcou pontos importantes para o campeonato com a sexta posição, logo à frente de Gaetano. No intervalo entre as provas, saiu o resultado do Fan Push, e Zonta e Átila foram contemplados com o disparo extra do botão de ultrapassagem na segunda corrida. Já Galid não teve condições de largar para a prova devido a danos no carro. Na largada da segunda prova, Zonta partiu muito bem de quinto e quase assumiu o terceiro lugar, mas ficou mesmo em quarto, com Gaetano em sétimo e Átila em 16º. Faltando 24 minutos para o fim, Di Mauro abandonou, e Átila foi tocado por um concorrente. Zonta foi para o pit stop em quinto lugar e, quando todos fizeram a parada, o paranaense ficou em décimo, já que vários pilotos tinham reabastecido antes e fizeram operações mais rápidas. Mesmo com o forte calor e o desgaste da rodada dupla, o paranaense manteve a posição até a chegada e confirmou a Shell na disputa pelo título daqui a três semanas em Interlagos. A Shell é a principal patrocinadora do automobilismo brasileiro, com atuação na Stock Car, Copa Shell HB20, Copa Truck e kartismo, além de atuar em categorias internacionais.
O que eles disseram:
“Foi um dia positivo, é claro que esperávamos um pódio no fim de semana. A corrida foi bastante difícil, senti muito o desgaste de pneu, estava difícil atacar. Fiquei mais na defesa do que no ataque. Estou muito feliz de chegar a Interlagos na final disputando o título. Acredito que a equipe fará o melhor possível depois da batida que tive ontem para melhorar ainda mais o carro. Vencemos lá na Corrida do Milhão, então a expectativa é grande. Nosso carro sem peso melhorou bastante, mas os concorrentes também melhoraram durante o ano. Esse pack que tem na outra marca ajuda muito, no fim de semana eles ganharam as corridas de Goiânia, e isso favorece a velocidade de reta, não a final mas de saída da curva. Então, eles precisam tentar equalizar para todos terem chance em Interlagos.”
Ricardo Zonta, piloto do carro # 10 na equipe Shell V-Power RCM
“Com certeza um bom fim de semana, mostramos velocidade, mostramos competência, sempre na frente, e isso é importante. Consolidar isso é bom para todo o time, aparecendo e disputando com as equipes mais acostumadas com isso. É entender o que precisa melhorar e cada vez apertar mais. É uma grande evolução da última vez, e vamos para cima.”
Gaetano di Mauro, piloto do carro #11 na equipe Shell V-Power KTF
“Hoje o dia no início começou bem, numa disputa com um ritmo interessante, mais competitivo do que ontem, uma briga intensa para quem ficaria entre os dez primeiros e se beneficiar do grid invertido na segunda corrida. Quando eu venho com o push, e o Ricardo Maurício, não, ele está no meio da pista, um pouquinho mais para dentro, mas deixa um espaço interno. Quando estou passando ele, já próximo da freada, resolve me fechar fazendo o movimento, mas estou 20 km/h mais rápido. Isso me joga para a grama, para não bater, e, quando freio na grama, o carro fica balançando todo e perco o controle, acabo tirando o Galid. Fiquei muito chateado, primeiro por abandonar a corrida, e segundo por tirar um companheiro de equipe. Não cai na minha cabeça uma manobra dessas, peço desculpas ao Galid, ele sabe que não foi intenção minha, e o próprio Ricardo Maurício veio pedir desculpas entre uma corrida e outra, mas o lance já tinha acontecido. É preciso pedir desculpas para a equipe, que trabalhou a noite toda. Acabar dessa forma é frustrante. Para a corrida 2, meu carro tinha entortado um pouco, tentamos compensar de alguma maneira. Já com o ritmo bom, brigando por algumas posições, o Bruno Baptista vem de fora para dentro na saída da chicane cruzando a pista e bate no meu carro, acabo rodando. Caí para último, vim recuperando, dava para ter ficado entre os cinco, mas quando você roda no começo, fica difícil. Vamos tentar colher as informações para a corrida final em Interlagos.”
Átila Abreu, piloto do carro #51 na equipe Shell V-Power Crown Racing
“Difícil, estava fazendo uma corrida perfeita para virar no top10. Ia abastecer na primeira para conseguir ser competitivo na segunda, mas infelizmente fui acertado em cheio, e quebrou o meu carro. Vamos pensar na próxima e terminar com um resultado positivo.
Galid Osman, piloto do carro #28 na equipe Shell V-Power Crown Racing
Campeonato*:
1º T.Camilo – 238 pontos
2º D.Serra – 236
3º R.Maurício – 231
4º R.Zonta – 224
5º G.Casagrande – 224
6º R.Barrichello – 223
7º C.Ramos – 203
8º A.Khodair – 195
9º G.Salas – 190
10º D.Nunes – 180
*contando os dois descartes obrigatórios por regulamento
Sobre a Raízen:
A Raízen, licenciada da marca Shell no Brasil, se destaca como uma das empresas de energia mais competitivas do mundo e uma das maiores em faturamento no Brasil, atuando em todas as etapas do processo: cultivo da cana, produção de açúcar, etanol e energia, comercialização, logística interna e de exportação, distribuição e varejo de combustíveis. A companhia conta com cerca de 30 mil funcionários, que trabalham todos os dias para gerar soluções sustentáveis que contribuam para o desenvolvimento do país, como a produção de bioeletricidade e etanol de segunda geração a partir dos coprodutos da cana-de-açúcar. Com 26 unidades produtoras, a Raízen produz cerca de 2,0 bilhões de litros de etanol por ano, 4,2 milhões de toneladas de açúcar e tem capacidade para gerar cerca de 940 MW de energia elétrica a partir do bagaço da cana-de-açúcar. A empresa também está presente em 66 bases de abastecimento em aeroportos, 67 terminais de distribuição de combustível e comercializa aproximadamente 25 bilhões de litros de combustíveis para os segmentos de transporte, indústria e varejo. Conta com uma rede formada por mais de 6.000 postos de serviço com a marca Shell, responsáveis pela comercialização de combustíveis e mais de 950 lojas de conveniência Shell Select. Além disso, a companhia mantém a Fundação Raízen, que busca estar próxima da comunidade, oferecendo qualificação profissional, educação e cidadania. Criada há mais de 14 anos, a Fundação Raízen possui seis núcleos no interior do estado de São Paulo e um em Goiás e já beneficiou mais de 13 mil alunos e mais de 4 milhões de pessoas com ações realizadas desde 2012.
Por: Luis Ferrari