Old Stock e Opala 250: promotores buscam equilibrar desempenho

0

Em pauta maior segurança, limitação de giros do motor e novo fornecedor de molas

Responsáveis por categorias que reúnem cerca de 50 automóveis em dois grids, os organizadores da Old Stock Race e Opala 250 reuniram-se esta semana com dirigentes da Federação de Automobilismo de São Paulo (FASP) para debater formas de aumentar o equilíbrio e conter custos de preparação e manutenção. No encontro com representantes do Conselho Técnico Desportivo Paulista os promotores Grego Lemonias e Fabio Franzoni apresentaram suas propostas para o regulamento técnico a ser adotado para a temporada de 2020; Marcus Ramaciotti, presidente do CTDP, aprovou a iniciativa:

“Atitudes como essa contribuem para o crescimento não apenas da categoria, mas de toda a cadeia de profissionais envolvidos com o automobilismo. Isso permite administrar e gerenciar o trabalho de desenvolvimento e preparação para a próxima temporada de uma forma racional.”

Grego Lemonias, um dos idealizadores da Old Stock Race e da Opala 250, reforçou que as alterações propostas têm como norte criar condições para que a diferença de orçamento entre as grandes e pequenas equipes seja atenuada:

“Quem vive o automobilismo sabe que o dinheiro sempre fala mais alto na preparação de um carro e que existem maneiras de amenizar essa diferença. Ao limitar os giros do motor e buscar fornecedores dispostos a colaborar com nossa categoria acredito que estamos tomando atitudes que beneficiam a todos os nossos parceiros de competição, parceiros que estão crescendo em número e qualidade.”

Pai do piloto Victor Franzoni (atualmente disputando provas nos Estados Unidos), Fábio Franzoni é quem colaborou com Lemonias na pesquisa e elaboração da adequação do regulamento técnico das duas categorias. Para o ex-kartista e piloto da Old Stock, as modificações também visam aumentar a segurança dos carros:

“Nosso trabalho foi feito com foco na dinâmica de trabalho dos comissários técnicos da FASP, que atuam de forma exemplar. Quanto à limitação de giros vamos explorar as facilidades que a eletrônica oferece para controlar as rotações do motor e, por consequência, diminuir o estresse que a potência e torque exercem sobre o sistema de transmissão.”

Com relação ao câmbio deverão ser homologados as versões 2215A, 2205A, FSO2405B e FSO2405D com relações pré-determinadas, sempre com o uso de coroa e pinhão de relação 3,54:1. Entre as mudanças encaminhadas por Lemonias e Franzoni estão a limitação de giros com a possível adoção de um novo módulo de ignição MSD, disposição padrão do chicote de interligação do módulo com distribuidor e bobina, volante em aço, com peso mínimo de 9 Kg e fixado ao volante com três pinos de segurança e adoção de molas RG 37 de especificação única para a suspensão dianteira e opções de pista seca e pista molhada para a suspensão traseira. A fixação do para-brisas também foi alvo de estudos que indicaram a possibilidade de usar policarbonato fabricado com base em material da empresa Sabia e com 5 mm de espessura mínima.

Para a categoria Opala 250 foram a adotadas medidas focadas na utilização de peças originais da linha GM, como as caixas de câmbio 2215A, 2205A, CL2205B, CL2205C, CL2205D, CL2205E e FSO1305, sempre com uso de coroa e pinhão com relação 3,54:1. Também foi adotada a mesma especificação para o peso e montagem do volante do motor, decisão elogiada por Caio Bianchini, comissário técnico da FASP:

“Essa medida, que inclui a proibição do FlexPlate, reforça a segurança para o piloto e para os mecânicos, em particular na fase de conferir o desempenho do motor em dinamômetros.”

Por: Wagner Gonzalez

Campartilhe.

Sobre o Autor

Formado em Educação Física e especializado em Jornalismo Esportivo. Editor e proprietário do Templo dos Esportes

Deixe Um Comentário

2016 @Templo da Velocidade