Quando entrar em quadra nesta terça-feira, às 21h, no Rio de Janeiro contra o Flamengo, o ala Guilherme Filipin alcançará uma marca histórica com a camisa do Mogi das Cruzes/Helbor. Ele defenderá a equipe pela 400ª vez em uma competição oficial. O camisa 11 está no projeto desde a retomada do basquete na cidade em 2011. São quase sete anos de clube e números que poucos atletas brasileiros na modalidade conquistaram.
Filipin participou de 140 jogos no Campeonato Paulista (2011 a 2017), 10 em Jogos Abertos do Interior (2011 a 2013), quatro pelos Jogos Regionais (2012), 10 pela Copa Brasil Sudeste (2012), cinco pela Super Copa Brasil (2012), quatro pelo torneio Basketball Days – Holanda – (2012), sete pela Liga das Américas (2016), 23 pela Liga Sul-Americana (2014 a 2016) e 196 jogos pelo NBB Caixa (2012 a 2017/2018). Conquistou um título Paulista, um Sul-Americano, um Jogos Regionais e a Super Copa Brasil.
“Quando eu cheguei aqui, em 10 de julho de 2011, era um projeto totalmente novo. Foi um risco, entre aspas, porque na época eu deixei de ir para outras equipes que jogariam o NBB para apostar em um projeto que estava iniciando, mas que eu sabia que tinham muitas pessoas competentes por trás, no caso o Nilo [Guimarães], o Danilo Castro, o Marcelinho Rato, o Ewerton [Komatsubara]. Eu confiava nessas pessoas. Eu nunca imaginava que ficaria tanto tempo assim. A gente sabe que no basquete os contratos são curtos, anuais, mas eu tinha uma meta. Eu conversava com a minha esposa e minha família que era no mínimo conseguir ficar três anos na cidade e isso dobrou”, adverte Filipin.
O ala destaca três momentos especiais que passou nestes anos representando a equipe mogiana. “Os dois títulos foram muito marcantes, tanto o Paulista como o Sul-Americano, mas eu acredito que tiveram três momentos que me marcaram muito, não só para mim, como para a torcida e a cidade. Aquela final da Super Copa Brasil contra o Palmeiras. Ali foi onde tudo começou. Conseguimos a vaga para o NBB e foi a primeira vez que o Hugão ficou lotado. Depois tiveram aquelas quartas-de-final contra o Limeira que nós revertemos a situação de dois a zero. Limeira era o favorito ao título do NBB e nós ganhamos aquele quinto jogo sensacional, nos minutos finais, lá. Foi a invasão mogiana, uma torcida sensacional, apoiando até o final. Eu lembro até hoje quando acabou o jogo que nós, jogadores e comissão técnica, corremos com a torcida e comemoramos juntos. Foi um momento épico para o projeto. E um momento pessoal marcante foi aquele jogo contra o Ceará. Nós vínhamos de uma situação muito difícil, que a equipe não estava jogando bem naquele playoff. Era um jogo praticamente perdido para nós e eu consegui fazer aquela cesta [de três]no último segundo, virando a partida. Com certeza está na memória de muitos mogianos e na minha também”
Guilherme Filipin garante que ainda não sabe até quando jogará e que a decisão de parar será somente dele. “Estou no meu sétimo ano. Ao mesmo tempo que muita gente fala que tenho que me aposentar, três vezes mais pessoas falam que eu não tenho que parar. Eu sei das minhas condições. Essa é uma decisão minha e ninguém vai decidir isso por mim. Não é técnico, diretoria, família, torcida, amigos, ninguém. Hoje, fisicamente, estou muito bem. Meu percentual de gordura é menor do que quando eu tinha vinte e poucos anos. Eu sou um cara que não tenho lesão e não chega a “duas mãos” a quantidade de jogos que fiquei fora. Eu estou bem e quem me conhece e está do meu lado no dia a dia sabe o quanto eu treino, mais até do que muito moleque aí de 20 anos. Eu não ligo para o que falam. Se chegar amanhã e eu resolver parar, eu paro tranquilo. Eu sei da minha hora e ela não está perto não”, destaca o camisa 11.
JOGOS
Campeonato Paulista (2011 a 2017) – 140 jogos
Jogos Abertos do Interior (2011 a 2013) – 10 jogos
Jogos Regionais (2012)- 4 jogos
Copa Brasil Sudeste (2012) – 10 jogos
Super Copa Brasil (2012) – 5 jogos
Torneio Basketball Days – Holanda (2012) – 4 jogos
Liga das Américas (2016) – 7 jogos
Liga Sul-Americana (2014 a 2016) – 23 jogos
NBB Caixa (2012 a 2017/2018) – 196 jogos
Total: 399 jogos
Por Antonio Penedo/Timeline Comunicação/Mogi-Helbor