Que pena, Maraca!

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É revoltante para um amante do futebol escrever sobre esse tema. Principalmente por conta do relaxo, do desmazelo e da incompetência do poder público em gerir aquele que já foi um mais imponentes palcos do futebol brasileiro e mundial.  Menos de seis meses depois de ser sede da maior festa do esporte mundial, a Rio 2016, o estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro encontra-se num estado de completo abandono. Eu não me conformo com uma coisa dessas!

Poxa, o Maracanã sediou as finais dos dois últimos eventos esportivos mais importantes do planeta: a Copa do Mundo em 2014 e a Olimpíada no ano passado. E para que fosse adequado às exigências tanto de FIFA, quanto de COI, para ser palco de tais megaeventos, muito, mas muito dinheiro público, foi usado para reformar o estádio.  Mais precisamente   R$ 1 bilhão e 300 milhões que saíram do “nosso bolso”. E pra que? Para menos de seis meses depois, o estádio encontrar-se numa situação lastimável.

Nem vou entrar no mérito da (ir)responsabilidade pela situação do estádio: Governo do Estado do Rio de Janeiro, Consórcio Rio 2016, COI ou o raio que o partam. Mas, na visão deste que vos escreve, é completamente inconcebível um estádio ser a sede da cerimônia de encerramento da maior festa do esporte mundial em 05 de Agosto de 2016, e no dia 31 de dezembro do mesmo ano, estar completamente jogado às traças. É muito relaxo para o meu gosto.

Afinal de contas são cadeiras quebradas, objetos furtados no interior do estádio, fios, cabos elétricos e outros materiais que “desaparecem”. E mais: a energia elétrica do estádio foi cortada em 30 de dezembro do ano passado. O motivo? Falta de pagamento das contas de luz. E como diz o ditado: “quem pariu Matheus, que o embale”; afinal de contas nem o governo do estado do Rio de Janeiro, nem o Consórcio Maracanã SA – administrado pela Construtora Odebrecht, nem o Comitê Rio 2016, querem assumir a responsabilidade pela triste situação do Maracanã.

O maior palco do futebol brasileiro virou picadeiro. Só que os palhaços somos nós! E temos de rir, para não chorar!

Por Ivan Marconato para o site Jogo em Pauta (www.jogoempauta.com)

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Sobre o Autor

Formado em Educação Física e especializado em Jornalismo Esportivo. Editor e proprietário do Templo dos Esportes

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