Quem viver, verá!

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Desde pequeno, na virada do ano, algum primo ou tio gritava: Esse ano é nosso!!! Essa esperança nutria crianças, adolescentes e adultos também, por que não?

A Lusa fazia bonito, mas sempre faltava um detalhe, no caso de 1985 por exemplo, na minha opinião, um centroavante. Em outras oportunidades não chegava por “erros” do homem de preto.

Com a virada do século, as coisas degringolaram, com algumas recuperações em voltas para Serie A. Quando iríamos para o terceiro ano seguido na Serie A ocorreu a maior vergonha do futebol brasileiro.

Mais que na França em 1998 ou os 7 x 1 de 2014, cá pra nós, merecido, pois com o núcleo podre, não adianta ter uma casca maquiada, que é o caso do futebol brasileiro..

De 2013 para cá, chegamos ao fundo do poço e ao contrário do que se dizia nas antigas viradas de ano, neste, é um ano de ou vai ou racha. A Lusa precisa subir imediatamente nas duas competições.

Neste assunto, me vi perguntando o por que de não desistirmos. Porque nos levaram de fraldas aos jogos. Porque não esquecemos do Lambão com o chapéu igual ao do Daniel Boone. Porque não esquecemos do soco do Enéas no ar. Porque no Pacaembu entravamos pelo portão principal e passávamos escoltados debaixo da torcida adversária e aí de quem atirasse um copo sequer. Porque encontramos os parentes e amigos nos jogos, sem marcar encontro antecipado. Porque escutamos o sotaque que faz bem aos ouvidos.

É Lusa, sua recuperação recupera tanta gente!

Uma paixão que nos faz ver o jogo de pé, praticamente chutando junto, cada bola, em busca do gol.

Nunca passamos tantos meses sem estas emoções, que retornam semana que vem, trazendo vida, sim, vida pra quem se dirige as arquibancadas por este país.

Por Ricardo Veras para o site Jogo em Pauta (www.jogoempauta.com)

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Sobre o Autor

Formado em Educação Física e especializado em Jornalismo Esportivo. Editor e proprietário do Templo dos Esportes

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