Por mais que o início do ano nos reserve a Copa São Paulo de Futebol Júnior (inchada em número de clubes, ausente de critérios desportivos em sua organização, e também a Flórida Cup (nos dois últimos anos, times brasileiros resolveram fazer sua pré-temporada em terras americanas)), não adianta! O mês de janeiro é o período do ano em que os torcedores ficam “órfãos” do futebol, e a única coisa que lhes restam é acompanhar as notícias de seus times. A maioria das novidades voltadas ao mercado da bola, cujas novidades tem mais especulações do que fatos propriamente ditos, tendo em vista que, a maioria dos clubes brasileiros encontra-se em dificuldades financeiras, e contratar grandes jogadores é tarefa cada vez mais difícil.
E em relação aos times paulistas, o mês de janeiro foi bem pobre, até mesmo nos aspectos relacionados às tais especulações. A crise financeira global fez com que as diretorias dos clubes paulistas, em regra, buscassem contratações mais modestas. A exceção, evidentemente, fica por conta do Palmeiras, principalmente pelo fato do clube ter sido campeão brasileiro; e por isso, contar com boa condição financeira. Mérito da equipe dentro de campo, e do presidente Paulo Nobre fora dele. O mandatário palmeirense mostrou ser um dirigente moderno, à frente de seu tempo. Construiu uma das arenas mais modernas do mundo para o clube, e não viu o elenco de jogadores, nem mesmo o time de futebol ter seu desempenho afetado dentro do campo. Muito pelo contrário.
Para se ter ideia de tal êxito, basta verificar as contratações do Palmeiras para esse início de temporada: Chegaram ao clube Felipe Melo (Internazionale), Leandro Almeida (Internacional), Alejandro Guerra (Atlético Nacional Medellin), Willian (Cruzeiro), Michel Bastos (São Paulo), Rafael Veiga (Coritiba), Hyoran (Chapecoense), Keno (Santa Cruz), Fabiano (Cruzeiro). E para comandar todas essas feras, aliadas aos bons jogadores que o Palmeiras já possui, Eduardo Baptista veio da Ponte Preta para substituir o técnico Cuca, que após a conquista do Brasileirão, resolveu tirar férias para cuidar da família e de interesses particulares.
Depois de um 2016 sem muitas emoções para o torcedor corintiano, que perdeu o técnico Tite no meio da temporada para a Seleção Brasileira, o ano que começa traz esperança ao alvinegro de Parque São Jorge. O Corinthians presenteou a torcida com alguns reforços, pois chegaram ao time: Felipe Bastos (Al Ain), Pablo (Bordeaux), Gabriel (Palmeiras), Kazim (Coritiba), Paulo Roberto (Sport), Moisés (Bahia), Jô (sem clube), Luidy(CRB), e Maicon (Ponte Preta).
O Santos foi o único dos quatro grandes paulistas que manteve a base da equipe, e também seu treinador. O competente Dorival Junior estará à frente do time, que fez algumas contratações pontuais. Entre elas estão: Kayke (Yokohama Marinos), Leandro Donizete (Atlético MG), Mateus Ribeiro (Atlético Goianiense), Vladimir Hernandez (Junior Barranquilla) e Cléber (Hamburgo).
Já o São Paulo aposta na figura de um ídolo, aliado às poucas contratações para tentar conquistar em título em 2017. Rogério Ceni foi chamado para ser o técnico da equipe, depois de passar o ano passado fazendo estágio com treinadores em times europeus. Ele terá o desafio de reconduzir o time ao caminho dos títulos, algo que a torcida não comemora há cinco temporadas. Para ajudar o treinador, chegaram Neilton (Cruzeiro), Wellington Nem (Shakhtar Donetsk), Cícero(Fluminense), e o goleiro Sidão(Botafogo). Será que as novidades trarão alegrias à torcida? É esperar para ver.
E por falar em esperar, tanto torcida, quanto imprensa esportiva, aguardam ansiosamente o início da temporada com o Campeonato Paulista. Neste ano, a competição começa para valer em 3 de fevereiro. Com tantas novidades nos quatro times grandes do estado, quem será que sairá na frente em busca do título? É esperar para ver!
Por Ivan Marconato para o site Jogo em Pauta (www.jogoempauta.com)