Paris 2024: Brasil quebra todos os recordes de medalhas a um dia do fim dos Jogos

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Com 16 medalhas e seis ouros, delegação brasileira tem o dia mais vitorioso na história do megaevento

No dia mais vitorioso da história do Brasil nos Jogos Paralímpicos, o país conquistou 16 medalhas: seis de ouro, três de prata e sete de bronze. A delegação brasileira já bateu o recorde de pódios do país, que era de 72 – em Tóquio 2020 e no Rio 2016 –, chegando a 86 a um dia do fim do megaevento.

Além disso, o Brasil superou o número de medalhas de ouro conquistadas em uma única edição, com 23. O recorde anterior, 22, foi registrado em Tóquio 2020. A soma total de pódios do país em Jogos Paralímpicos agora é de 459, sendo 132 ouros, 157 pratas e 170 bronzes.

Com os resultados do dia, o Brasil é o sexto colocado no quadro geral de medalhas, com 23 ouros, 25 pratas e 38 bronzes – a liderança é da China (94 ouros, 73 pratas e 49 bronzes). Se o critério adotado for o de total de medalhas, o Brasil está em quarto, atrás dos chineses, britânicos e norte-americanos.

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Atletismo

  • No penúltimo dia de provas, seis brasileiros subiram ao pódio na modalidade. Foram duas medalhas de ouro, uma de prata e três de bronze.
  • A maranhense Rayane Soares venceu os 400m da classe T13 (deficiência visual), com o tempo de 53s55, estabelecendo o novo recorde mundial.  A prata foi para Lamiya Valiyeva, do Azerbaijão (55s09), e o bronze, para a portuguesa Carolina Duarte (55s52).
  • Jerusa Geber, 42, conquistou sua segunda medalha de ouro em Paris ao vencer os 200m, da classe T11 (deficiência visual), com o tempo de 24s51, igualando o recorde paralímpico. A prata ficou com a chinesa Liu Cuiqing (24s86), e o bronze, com Lahja Ishitile, da Namíbia (25s04).
  • Dois brasileiros subiram ao pódio nos 200m da classe T37 (paralisados cerebrais). O fluminense Ricardo Mendonça conquistou a  prata com o tempo de 22s71, e o paulista Christian Gabriel ficou com o bronze, com o tempo de 22s74. O ouro foi para Andrei Vdovin, da delegação de Atletas Paralímpicos Neutros (22s69).
  • O sul-mato-grossense Paulo Henrique dos Reis conquistou a medalha de bronze no salto em distância da classe T13 (deficiência visual), com a marca de 7,20m. O ouro ficou com Orkhan Aslanov, do Azerbaijão (7,29m), e a prata, com o norte-americano Isaac Jean-Paul (7,20m).
  • O paulista Thomaz Ruan conquistou a medalha de bronze nos 400m masculino, da classe T47 (deficiência nos membros superiores), com o tempo de 47s97. O ouro ficou com o marroquino Aymane El Haddaoui, com o tempo de 46s65, novo recorde mundial. A prata ficou com o também marroquino Ayoub Sadni, que fez 47s16.

Judô

  • Cinco atletas medalharam no último dia da modalidade em Paris: foram três ouros, uma prata e um bronze.
  • O potiguar Arthur Silva conquistou o ouro na categoria até 90kg da classe J1 (cegos totais ou com percepção de luz), derrotando o britânico Daniel Powell, por ippon, na decisão. 
  • Na categoria acima de 90kg, da classe J1 (cegos totais ou com percepção de luz), o paraibano Wilians Araújo conquistou a medalha de ouro, derrotando na final o moldavo Ion Basoc, por ippon.
  • A paulista Rebeca Silva, da categoria acima de 70kg J2 (baixa visão), conquistou a medalha de ouro, derrotando a cubana Sheyla Estupiñán na final.
  • Já na categoria até 90kg J2 (baixa visão), o gaúcho Marcelo Casanova derrotou o italiano Simone Cannizzaro na disputa do bronze e garantiu mais uma medalha para o Brasil no dia.
  • Por fim, a sul-mato-grossense Erika Zoaga conquistou a prata na categoria acima de 70kg da classe J1 (cegos totais ou com percepção de luz). Na decisão, ela foi derrotada pela ucraniana Anastasiia Harnyk por ippon.

Halterofilismo

  • A paulista Mariana D’Andrea, conquistou a medalha de ouro na categoria até 73kg. Assim, a atleta brasileira garantiu o bicampeonato paralímpico – ela já havia vencido em Tóquio 2020.
  • Para vencer a prova, Mariana levantou 148kg, o novo recorde paralímpico. Ela superou Ruza Kuzieva, do Uzbequistão, que levantou 147kg e ficou com a medalha de prata, e a turca Sibel Cam, que levantou 120kg e conquistou o bronze.

Natação

  • A carioca Lídia Cruz conquistou a medalha de bronze nos 50m costas, da classe S4 (limitações físico-motoras), com o tempo de 52s00. O ouro ficou com a grega Alexandra Stamatopulou, que fez 50s12, e a prata com a alemã Gina Boettcher, que fez 51s40.
  • No último dia da modalidade, o Brasil ainda teve nas piscinas a paranaense Vitória Caroline, que ficou em 8º lugar nos 100m borboleta S8 (limitações físico-motoras), o carioca Douglas Matera, 6º colocado nos 100m borboleta, S12 (deficiência visual), a paulistana Esthefany Rodrigues, em 7ª colocada nos 200m medley, da classe SM5 (limitações físico-motoras) e o revezamento no 4x100m livre 34 pontos, em que os brasileiros ficaram com o 4º lugar, com o tempo de 4min06s44.

Canoagem

  • Foram duas medalhas neste sábado, 7: uma de prata e uma de bronze. 
  • O piauiense Luís Carlos Cardoso ganhou a prata nos 200m da classe KL1 (usa somente os braços na remada). Ele completou a prova em 46s42. O ouro foi para o húngaro Peter Kiss (44s55, recorde paralímpico), e o bronze foi para o francês Remy Boulle (47s01).
  • Nos 200m da classe KL3 (usa braços, tronco e pernas na remada), o paranaense Miqueias Rodrigues conquistou a medalha de bronze. Ele completou a prova com o tempo de 40s75. O ouro ficou com o argelino Brahim Guendouz (39s91), e a prata, com o australiano Dylan Littlehales (40s68).

Futebol de cegos

  • O Brasil conquistou a medalha de bronze, ao vencer a Colômbia por 1 a 0 na disputa pelo terceiro lugar.
  • O único gol da partida foi marcado por Jefinho, aos 10 minutos da segunda etapa. 

Vôlei sentado

  • A Seleção Brasileira feminina foi derrotada pelo Canadá na disputa pelo terceiro lugar.
  • As canadenses venceram por 3 sets a 0, com parciais de 15/25, 18/25 e 18/25.

A delegação brasileira

Esta é a maior missão brasileira em uma edição do megaevento fora do Brasil, superando os 259 convocados de Tóquio 2020, que também havia sido à época a missão com mais atletas em terras estrangeiras. O número só não supera o registrado nos Jogos do Rio 2016, quando o Brasil contou com 278 atletas com deficiência. Naquela edição, o Brasil participou de todas as 22 modalidades por ser o país-sede da competição.

Patrocínios

As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial do judô e do halterofilismo.
As Loterias Caixa e a Braskem são as patrocinadoras oficiais do atletismo.

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível 

Os atletas Jerusa Geber, Wallison Fortes , Fernanda Yara, Maria Clara Augusto, Edenilson Floriani, Ricardo Mendonça, Arthur Silva, Lídia Cruz, Luís Carlos Cardoso, Vitória Caroline, Douglas Matera e Mariana D’Andrea são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 114 atletas.

Time São Paulo

Os atletas Mariana D’Andrea, Christian Gabriel, Rayane Soares e Rebeca Silva são integrantes do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 149 atletas.

Por: Comitê Paralímpico Brasileiro

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