Carol Santiago conquista 10ª medalha, e Brasil perde para a Argentina no futebol de cegos

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Natação iguala pódios de Tóquio 2020 em dia de primeira medalha no judô e decisões no goalball

Os brasileiros subiram ao pódio cinco vezes, com três pratas e dois bronzes, no oitavo dia de competições nos Jogos Paralímpicos de Paris. Agora, o Brasil soma 62 pódios (15 ouros, 18 pratas e 29 bronzes) e está em oitavo lugar no quadro geral de medalhas – a liderança é da China (71 ouros, 55 pratas e 37 bronzes). Se o critério for o total de pódios, o Brasil é o quarto colocado, atrás apenas de chineses, estadunidenses e britânicos. 

Além de três medalhas na natação, o Brasil conquistou a primeira medalha no judô – modalidade que teve o início das provas nesta quinta-feira, 5 – e encerrou a participação no goalball com mais um pódio paralímpico. Já no futebol de cegos, a Seleção Brasileira sofreu a primeira eliminação na história do megaevento e disputará o bronze.

Um dos destaques do dia foi a pernambucana Carol Santiago, que chegou a sua 10ª medalha paralímpica. Foram cinco em Tóquio 2020 e, com mais uma prata nesta quinta-feira, mais cinco em Paris.

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Natação

  • Foram três medalhas de prata no oitavo dia de competição da modalidade.
  • A pernambucana Carol Santiago encerrou sua participação em Paris 2024 com a medalha de prata nos 100m peito SB12 (deficiência visual), com o tempo de 1min15s62. O ouro ficou com a alemã Elena Krawzow (1min12s54, novo recorde mundial), e o bronze foi para a chinesa Jietong Zheng (1min20s03).
  • Nos 100m livre, da classe S6 (limitação físico-motora), o catarinense Talisson Glock fez o tempo de 1min05s27 e ficou com a prata. O ouro foi para o italiano Antonio Fantin, (1min03s12, novo recorde paralímpico). O francês Laurent Chardard (1min05s28) completou o pódio.
  • Nos 50m livre da classe S8 (limitação físico-motora), a potiguar Cecília Araújo  fez o tempo de 30s31, para garantir sua medalha prateada. O ouro ficou com a britânica Alice Tai, (29s91). Viktoriia Ishchiulova, dos Atletas Paralímpicos Neutros (NPA), conquistou o bronze (30s79).

Judô

  • No dia que marcou a estreia da modalidade em Paris, uma brasileira subiu ao pódio, com uma medalha de bronze no peito.
  • O pódio veio com a potiguar Rosicleide Andrade, que superou a argentina Rocio Dure na disputa pelo terceiro lugar, na categoria até 48kg da classe J1 (cegos totais ou com percepção de luz, mas sem reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância).
  • O manauara Elielton Oliveira foi derrotado pelo indiano Kapil Parmar na disputa de bronze da categoria até 60kg da classe J1. 
  • Na categoria até 60kg da classe J2 (atletas que conseguem definir imagens), o paraense Thiego Marques também foi derrotado na disputa pelo bronze,  pelo argelino Ishak Oldkouider. 
  • A paraense Larissa Oliveira foi derrotada pela uzbeque Uljon Amrieva na repescagem da categoria até 57kg da classe J1. 

Goalball

  • A Seleção Brasileira masculina de goalball conquistou a medalha de bronze nos Jogos Paralímpicos de Paris. O Brasil venceu a China por 5 a 3 na disputa pelo terceiro lugar.
  • A Seleção feminina, por outro lado,  foi derrotada pela China por 6 a 0 na disputa pelo bronze, e terminou a competição em quarto lugar.

Futebol de cegos

  • Após empate sem gols no tempo normal, o Brasil foi derrotado pela Argentina nos pênaltis, na semifinal da competição. Agora, a Seleção Brasileira vai disputar o bronze, contra a Colômbia. As equipes se enfrentam neste sábado, 7, às 12h30 (de Brasília).

Atletismo

  • O atletismo chegou ao sétimo dia de competições nesta quinta-feira, 5. E foi o primeiro sem medalhas para o Brasil.
  • No arremesso de peso da classe F35 (paralisados cerebrais para andantes), a alagoana Marivana Oliveira foi a oitava colocada, com a marca de 7,94m. A ucraniana Mariiva Pomazan (12,75m) ficou com o ouro.
  • A carioca Julyana Cristina foi a sexta colocada no arremesso de peso da classe F57 (competem em cadeiras). Ela obteve a marca de 9,61m. O ouro ficou com a argelina Safia Djelal (11,56m).
  • No lançamento de disco, da classe F11 (deficiências visuais), o paulista Alessandro Silva foi o quinto colocado (38,84m). O ouro ficou com o italiano Oney Tapia (41,92m).
  • A acreana Jerusa Geber se classificou para a final dos 200m da classe T11 (deficiências visuais). Ela venceu sua bateria com o tempo de 25s00, o terceiro melhor no geral. A final será disputada neste sábado, 7, às 14h23 (de Brasília).

Vôlei sentado

  • A Seleção Brasileira feminina vai disputar o bronze, após derrota por 3 sets a 1 (22/25, 25/22, 14/25 e 15/25) para os Estados Unidos na semifinal. Neste sábado, 7, às 10h (de Brasília), o Brasil encara o Canadá pelo terceiro lugar da competição.

A delegação brasileira

Esta é a maior missão brasileira em uma edição do megaevento fora do Brasil, superando os 259 convocados de Tóquio 2020, que também havia sido à época a missão com mais atletas em terras estrangeiras. O número só não supera o registrado nos Jogos do Rio 2016, quando o Brasil contou com 278 atletas com deficiência. Naquela edição, o Brasil participou de todas as 22 modalidades por ser o país-sede da competição.

Patrocínios
As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial do judô, natação, halterofilismo, vôlei sentado, futebol de cegos e goalball.
As Loterias Caixa e a Braskem são as patrocinadoras oficiais do atletismo.

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível 
Os atletas Talisson Glock, Cecília Araújo, Gabriel Melone, Jerusa Geber,  Thiego Marques , Thalita Simplício, Alessandro Silva e Rosi Andrade são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 114 atletas.

Time São Paulo
Os atletas Talisson Glock, Lucas Mozela, Cecília Araújo, Alessandro Silva, Rayane Soares , Raquel Viel, Lorena Spoladore, Elielton Oliveira e Jerusa Geber são integrantes do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 149 atletas.

Por: Comitê Paralímpico Brasileiro

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