Com apenas times paulistas nas disputas, competição poderá ter um campeão inédito
O Campeonato Brasileiro Feminino de 2024 está a um passo da final. Corinthians, Ferroviária, São Paulo e Palmeiras conquistaram a vaga para as semifinais do torneio e seguem vivos na disputa pelo título. Por outro lado, Grêmio, Bragantino, Internacional e Cruzeiro foram eliminados na última etapa.
Atual campeão, o Corinthians vai em busca do hexacampeonato, que pode ser o penta seguido, dessa vez com Lucas Piccinato no comando e sem a gerente Cris Gambaré, um dos pilares do projeto vencedor. O Palmeiras, adversário do alvinegro nas semis, ainda busca seu primeiro título brasileiro, tendo como seu maior destaque um vice-campeonato em 2021.
Já a Ferroviária, vice-campeã em 2023 e segunda equipe mais vencedora do Brasileirão Feminino, vai em buscar do tricampeonato e chega embalada depois de derrotar o Internacional nas quartas. O São Paulo, por outro lado, ainda tenta buscar voos mais altos no campeonato nacional depois de se firmar na modalidade, sendo inclusive um dos vencedores da Brasil Ladies Cup, um dos torneios amistosos mais importantes do calendário brasileiro.
Um dos destaques do Brasileirão 2024 será a premiação recorde. A CBF informou que destinou R$ 25 milhões para a competição, aumentando a cota dos 16 clubes participantes de R$30 mil para R$ 300 mil. Para os times semifinalistas, o valor total chega a R$ 6 milhões, além das premiações da final que darão R$ 1,5 milhão para o campeão e R$ 750 mil para o vice.
“É muito positivo ver que a modalidade está evoluindo e que as confederações têm aumentado os prêmios à altura do que a competição merece. Temos sempre que cobrar e promover debates que vão além do campo, para sempre fomentar o desenvolvimento do esporte no Brasil”, analisa Fábio Wolff, especialista em marketing e membro do comitê organizador da Brasil Ladies Cup.
O aumento da premiação acompanha o crescimento da modalidade nos últimos anos, com mais apoio para os clubes profissionais e na base. O desenvolvimento, inclusive, culminou com a medalha de prata na última edição dos Jogos Olímpicos, em Paris, com 17 jogadoras estreando na competição, a maioria com idade abaixo dos 30 anos. Dentre elas, oito atuam no futebol brasileiro.
“O futebol feminino vem crescendo muito nos últimos anos e com ele a atenção dada aos times profissionais e de base. Hoje, os grandes clubes do país já têm suas próprias categorias para jovens atletas, o que fomenta o desenvolvimento da modalidade e poderá servir à Seleção Brasileira daqui alguns anos”, explica Camila Estefano, gerente geral do “Em Busca de Uma Estrela”, programa social focado na base do futebol feminino que oferece oportunidades de desenvolvimento para jogadoras que sonham em atuar no nível profissional.
Por: Press FC Assessoria e Consultoria