Inspirada por atletas olímpicos, jovem de 15 anos do Bonsai Vidigal se destaca no boxe brasileiro, reforçando a importância de iniciativas que também impulsionam talentos no surfe
Maria Luiza, jovem de 15 anos e moradora da comunidade do Vidigal, no Rio de Janeiro, vem se destacando no boxe nacional. Participante do projeto esportivo Bonsai Vidigal, do Cidades Invisíveis, é exemplo de garra e dedicação. Com muita disciplina conquistou o título estadual e assegurou uma vaga no campeonato brasileiro de boxe olímpico, o mais prestigiado do país, se tornando uma verdadeira promessa no esporte.
Começou sua trajetória há pouco mais de um ano e com potencial significativo foi rapidamente notada pelo treinador Lucas Souza, conhecido como Cicatriz, que viu nela uma atleta forte e determinada. Os desafios foram muitos, especialmente na adaptação dos treinos intensos. “Temos uma visão promissora sobre o futuro dela e acreditamos no potencial para disputar uma Olimpíada e se destacar no boxe profissional, além de completar seus estudos e continuar a trilhar um caminho brilhante”, conta Lucas Souza, professor de boxe no Bonsai Vidigal.
A trajetória de Maria Luiza é inspirada com a de muitos atletas brasileiros que estão participando das Olimpíadas de 2024, jovens que também emergiram de projetos sociais. Histórias que são um testemunho do poder transformador do esporte, especialmente quando há oportunidades acessíveis para todos. Outros exemplos são a ginasta medalhista de ouro no solo Rebeca Andrade, o canoísta Isaquias Queiroz, a jogadora de vôlei, Roberta Ratzke e a judoca Rafaela Silva, que inspiram atletas por também terem começado suas trajetórias em projetos, superando a desigualdade e integrando-se à sociedade por meio de atividades esportivas.
Outros projetos do Cidades Invisíveis também têm impactado significativamente a vida de jovens, proporcionando disciplina, valores e a possibilidade de um futuro melhor. Em Juquehy, em São Sebastião, as aulas de Surfe atendem 27 crianças e adolescentes da região, incentivando o desenvolvimento físico, emocional e social por meio do esporte. É o caso de João Vitor, que inspirado pelos atletas olímpicos, alcançou o 6º lugar no campeonato Hang Loose Surf Attack, e Vitória, conquistou o 2º lugar em sua primeira competição.
O Cidades Invisíveis quer não apenas fomentar habilidades esportivas, mas também inspirar os participantes a alcançarem seus objetivos, promovendo a ideia de que, com dedicação, é possível alcançar grandes feitos. “As Olimpíadas, por si só, já têm trazido muitas mensagens de atletas que chegaram até o pódio, frutos de projetos sociais, onde muitos são atletas negros. Ao democratizar o acesso, muitos talentos podem ser descobertos dentro da comunidade, essas pessoas só precisam de oportunidade. Projetos sociais são verdadeiros berços de potências, é por isso que muitas de nossas ações recorrentes dentro das favelas envolvem o esporte”, conta Samuel dos Santos, fundador do projeto.
O Bonsai Vidigal e a oficina de boxe recebem patrocínio das empresas Tailor Partners e da H2bet, e o projeto de Surf social tem o patrocínio da empresa Medical Euro. Para contribuir e participar, o Cidades Invisíveis oferece programas de contribuição mensal recorrente. Seja como sócio voluntário, sócio embaixador, empresa voluntária ou empresa mantenedora, todos podem ajudar a manter e expandir esse trabalho que já demonstrou ser um verdadeiro berço de talentos. Mais informações de como ajudar pelo site: www.cidadesinvisiveis.com.br.
Por: Lu toledo – Koi Comunicação