O brasileiro, de 27 anos, disputou as edições olímpicas Rio-2016 e Tóquio-2020 e estreia em sua terceira Olimpíada neste domingo (28)
Da piscina ao palco olímpico pela terceira vez. Ygor Coelho, de 27 anos, disputará sua terceira Olimpíada em Paris-2024. Ele está no Grupo J e encara em sua estreia o japonês Kodai Naraoka, neste domingo (28), por volta de 10h40 (horário de Brasília). O brasileiro começou na modalidade quando tinha de três para quatro anos e jogava badminton em uma quadra adaptada dentro de uma piscina vazia na comunidade da Chacrinha, no Rio de Janeiro.
“Meu pai queria montar um projeto social de natação ao invés de badminton, mas ele trabalhava no Colégio Pedro II, de inspetor, e viu um professor com duas raquetes e uma peteca e ficou apaixonado por esse esporte. Ele colocou esse esporte na comunidade dentro da piscina e eu jogava depois dos treinos da galera mais velha”, contou Ygor Coelho, que comentou porque se apaixonou pela modalidade.
“O jogo em si. É uma mistura de tênis com vôlei e os movimentos são bem bonitos. Foi isso que me atraiu no esporte. O que me apaixona são os movimentos e também porque comecei a jogar bem cedo campeonatos pan-americanos e via outros atletas. Isso atraiu a minha curiosidade de querer ir mais além, ver até onde eu poderia chegar no esporte. Com 16 anos, eu decidi ir treinar na Dinamarca e consegui entrar para a seleção brasileira”, acrescentou.
Características dos rivais
Além de Naraoka, Ygor enfrenta em Paris-2024 o sul-coreano Jeon Hyeok Jin, na segunda rodada. Com participações na Rio-2016 e Tóquio-2020, o brasileiro acredita estar em um grupo mais difícil do que nas edições anteriores. “Com certeza. O badminton é um esporte asiático e esses jogadores são experientes. O japonês é cinco do mundo, já joguei contra ele muitas vezes e ele é vice-campeão mundial. Não é um jogador fácil de enfrentar”, analisou.
“O segundo oponente é um sul-coreano que joga muito bem. Ele joga igual a mim, então, eu considero esse jogo 50% a 50%. Então, vai depender do dia e de quem conseguir controlar as emoções. O japonês tem mais poder de finalização, é mais rápido e tem leitura melhor. O sul-coreano é um jogador corredor, maratonista. Esse tipo de jogo a gente tem que ser calculista, tem que jogar e antecipar o que o outro vai fazer”, completou Ygor.
Ygor considera a mente fundamental para todo atleta e, principalmente nos Jogos Olímpicos, com oportunidades a cada quatro anos. Questionado sobre sua maior valência no badminton, o brasileiro acredita que esse seja um de seus pontos fortes. “Sou um jogador difícil de bater por causa da minha mente. Eles sabem que sempre estou no jogo”, destacou o atleta, que terá sua esposa Karine Sousa torcendo por ele em Paris.
Mais experiente
Com a pandemia do coronavírus, Ygor teve que fazer cirurgia no quadril, lado esquerdo e direito, e precisou reaprender a jogar. Em Tóquio, ele conquistou sua primeira vitória e a do Brasil em Jogos Olímpicos. O brasileiro se sente em casa na França por já ter morado no país e terá torcida presencial de seus amigos. Além da atmosfera favorável, Ygor acredita que a experiência e preparação lhe dão confiança
“Chego bem mais experiente. Eu acredito no meu badminton e estou preparado. Estou confiante e colhendo os frutos por tudo que fiz ao longo desses três meses de preparação. Me sinto motivado e também estou realizando um sonho, pois, quando era pequeno, meu sonho era ir para a França e jogar os Jogos Olímpicos pelo Brasil. Estou conseguindo realizar dois sonhos em um”, concluiu Ygor.
Sobre a CBBd
A CBBd (Confederação Brasileira de Badminton) é a entidade responsável por administrar, dirigir, controlar, incentivar e difundir em todos os estados brasileiros a prática de badminton, parabadminton e airbadminton. Fundada em 1993, a CBBd tem sede no Rio de Janeiro e um Centro de Treinamento em Piracicaba, no interior de São Paulo. A entidade é filiada à Confederação Sul-Americana (CONSUBAD), Confederação Pan-Americana (BPAC) e Federação Mundial (BWF) da modalidade e tem apoio do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e Comitê Paralímpico Brasileiro, parcerias com o Ministério do Esporte, Universidade Federal do Piauí, CBDU (Confederação Brasileira do Desporto Universitário), CBDE (Confederação Brasileira do Desporto Escolar) e Comitê Brasileiro de Clubes e patrocínio de Loterias CAIXA e DAIANOX. Siga a CBBd nas redes sociais: X, instagram e facebook.
Por: Comunicação – CBBd|Esporte&Negócio