Jovem talento do rugby brasileiro ganha bolsa internacional e faz intercâmbio esportivo e estudantil na África do Sul

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Danilo Messias começou no esporte em 2021 e, em pouco tempo, viu sua vida se transformar graças ao rugby

Há três anos, quando dava seus primeiros passos no rugby, Danilo Messias jamais poderia imaginar que em tão pouco tempo já estaria representando a seleção brasileira de base e tendo a oportunidade de viver por um semestre na África do Sul, referência mundial na modalidade, com todas as despesas pagas.

Pois foi isso que aconteceu com o atleta de 19 anos, natural de Maringá (PR), que se destacou logo em seu primeiro treinamento de campo com a seleção sub-20, em 2023, e que desde janeiro mora em Stellenbosch, onde está localizada uma das principais academias do mundo, graças à Bolsa Michel Etlin, iniciativa criada há uma década em homenagem a um dos patronos do rugby nacional – falecido em 2021 – e que atualmente é financiada por um grupo de mantenedores apaixonados pelo esporte, com o apoio da Confederação Brasileira de Rugby.

“Meu primeiro contato com o rugby foi em 2018, quando a equipe do Maringá Rugby foi ao colégio divulgar o esporte e convidar os alunos a participarem de um treino. Fiquei interessado, mas na época fazia parte do time de handebol e acabei não levando a ideia adiante”, conta Danilo.

Mas veio a pandemia e, com ela, o fim da equipe de handebol em que Danilo atuava. Foi a pausa necessária para a mudança definitiva de esporte. Na volta às aulas, em 2021, a colega de turma Giovanna Barth, atualmente na seleção feminina, o convidou para assistir um treino, e a adaptação foi imediata.

“Fui sem grandes pretensões, mas acho que o handebol facilitou a minha adaptação. Após uma semana e meia de treino, já fui selecionado para disputar uma partida do Campeonato Brasileiro e, nesse dia, decidi que era a carreira que seguiria”, completa Danilo.

A oportunidade da Bolsa Michel Etlin surgiu em abril do ano passado, quando o atleta foi convocado para um camping com os Curumins, apelido da seleção brasileira masculina juvenil. Na ocasião, todo o elenco foi apresentado ao projeto que anualmente seleciona jovens talentos visando o desenvolvimento pessoal e esportivo. E, após meses de processo seletivo – com avaliações técnicas, psicológicas e análise do desempenho escolar –, Danilo acabou sendo aprovado.

“Estou aqui desde 23 de janeiro e está sendo uma experiência única, de grande crescimento. A cultura profissional daqui tem sido um dos maiores aprendizados e me estimula a sempre me dedicar e focar ao máximo”.

A rotina de treinos é intensa, com atividades diárias dentro e fora de campo. Quando não está treinando, Danilo tem aulas de inglês, outra contrapartida da Bolsa Michel Etlin. Além de aprimorar aspectos técnicos do jogo, o projeto tem como objetivo o desenvolvimento pessoal do atleta, que vivencia diversas experiências culturais.

“Vejo que evoluí muito nestes dois meses de África do Sul. Dentro de campo, percebo uma melhora no condicionamento físico e nas habilidades básicas do jogo, como chute, passe e tackle. Fora dele, percebo que essa rotina me tornou uma pessoa mais disciplinada, que cumpre os horários e sabe da importância da alimentação e do sono para crescer como jogador.”

Danilo finaliza em breve a primeira etapa do intercâmbio, que consiste em um trabalho intenso de pré-temporada com o restante da equipe. A partir de abril, inicia a segunda metade do programa, com a realização de partidas semanais.

Instituída em 2014, a Bolsa Michel Etlin já beneficiou 15 jovens atletas com intercâmbios para África do Sul e Nova Zelândia. Os selecionados devem ter entre 18 e 20 anos, apresentarem boa conduta fora de campo, agindo conforme os valores do rugby, e mostrarem potencial para representar a seleção brasileira em um futuro próximo. Durante todo a estadia no exterior, os jogadores são acompanhados regularmente por profissionais da Confederação Brasileira de Rugby.

Além de Danilo Messias, já foram contemplados com a bolsa outros grandes nomes do rugby nacional, como Cleber “Gelado” Dias, Rafael “Latrell” Teixeira, João Amaral, Victor “Feijão” Silva e Matheus Claudio.

Por: Assessoria Brasil Rugby

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