Invicta, seleção brasileira está na segunda fase do Mundial de Futebol Social, nos Estados Unidos

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A Homeless World Cup está sendo disputada em Sacramento, na Califórnia, e o Brasil – que defende o tricampeonato – é destaque: cinco vitórias até agora, em cinco jogos, e com goleadas

A primeira fase do Campeonato Mundial de Futebol Social (Homeless World Cup) termina nesta terça-feira (11), em Sacramento, na Califórnia (EUA). E a seleção brasileira entra em campo já classificada para disputar o sexto e último jogo dessa etapa, diante da Áustria. Foram cinco vitórias em cinco partidas até agora e com goleadas, garantindo lugar na segunda fase, que começa nesta quarta-feira (12).

O Brasil, que defende o tricampeonato, está com uma equipe mista (seis meninos e duas meninas), em que todos participaram de boa parte dos jogos. A seleção brasileira venceu por 10 a 2 a Escócia; 9 a 2 a Hungria; 6 a 4 o País de Gales, 9 a 1 a Suécia e 7 a 1 a Missão.

Jogadores ganharam óculos de grau – “Nossos garotos e garotas estão felizes, ficaram muito amigos de jogadores de outros países, como dos coreanos. Infelizmente, algumas seleções não estão presentes, como as africanas e a Argentina, por conta de questões financeiras e vistos. Os campos foram montados no estádio de futebol americano, com uma grande estrutura e os jogos estão sendo pela manhã em função do calor. São realizadas ações como exames oftalmológicos e alguns atletas ganharam óculos com grau, que até então nem sabiam que precisavam usar”, destacou o técnico da seleção brasileira, Pupo Fernandes.

Estão em Sacramento 28 seleções. Foram formados inicialmente, por sorteio, quatro grupos de sete equipes cada, jogando todas contra todas, no chamado Stage 1 (Groups). Os quatro melhores de cada grupo avançam para a próxima fase, que será realizada nestas quarta-feira (12) e quinta-feira (13). Serão quatro grupos com quatro seleções e as duas melhores de cada um disputam a taça principal, a Homeless World Cup, na sexta-feira (14) e no sábado (15). Os demais jogam a Nelsen Way Award. Com isso, todas as equipes participam até o final e com chance de conquistar uma taça.

A seleção brasileira – O Brasil é tricampeão mundial no masculino (2010, 2013 e 2017) e campeão no feminino (2010). Nesta edição 2023 tem uma equipe formada por oito jovens carentes de projetos sociais de seis estados do País. São eles: o goleiro Gui Oliveira (Brasília/DF), Kaylane Jufo (Rio de Janeiro/RJ), Yan Brendo (Rio de Janeiro/RJ), Kaike Silva (Bocaina/SP), Dani Santos (São Paulo/SP), Fran Reis (São Luis/MA), Inácio Neto (Milagres/CE) e João Victor (Tomé-Açu/PA). A comissão técnica conta com o técnico Pupo e o auxiliar técnico Tiago Ferreira Guimarães, ambos de São Paulo.

O Futebol Social conecta jovens e comunidades carentes, contribuindo para a transformação social por meio do futebol. Mais do que as vitórias, as conquistas, esses atletas buscam um sonho de, por meio do esporte, enxergar um futuro. A ONG Futebol Social organiza competições ao longo da temporada no Brasil, como o Circuito Futebol Social e a Copa Futebol Social. Um movimento pioneiro, promovido ano a ano , que dá aos jovens carentes a chance de conhecer, com o esporte, outras realidades.

Participam da ONG Futebol Social jovens de 16 a 20 anos, que vivem em situação precária de moradia (ou sem moradia), sob risco social e sem condições plenas de desenvolvimento, ligados a projetos sociais e/ou movimentos comunitários que fazem parte de Rede Futebol Social. Hoje são mais de 100 projetos parceiros. “Futebol Social: ganhar é virar o jogo!” é o lema da ONG.

Um pouco das regras – No futebol social, as medidas do campo são reduzidas: apenas 22 metros de comprimento e 16 de largura. O tamanho do gol é de 4 metros de largura por 1m30 de altura, com profundidade de aproximadamente 1 metro. E a área de gol: meio círculo com 4 metros de raio. São dois tempos de sete minutos, com intervalo de um minuto. Em cada equipe, três jogadores na linha e um no gol. Os goleiros não podem sair da área, marcar gols, ou fazer cera. Os jogadores de linha também estão proibidos de invadir a área dos goleiros, sob a pena de um pênalti para o time adversário.

O Fair Play (jogo limpo) é incentivado nos torneios. Para os jogadores que não atuarem nesse espírito do Fair Play, há penalidades: cartão azul (dois minutos fora do jogo) ou vermelho (expulsão do jogo) e, em último caso, exclusão do torneio.  A equipe vencedora recebe 3 pontos. A equipe perdedora zero. Se um jogo terminar em empate, ele é decidido por uma disputa de pênaltis intercalada (morte súbita), onde a equipe vencedora recebe 2 pontos e, a equipe perdedora, 1 ponto.

Sobre a Ong Futebol Social – Com patrocínio da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Futebol Social promove um movimento pioneiro que conecta jovens e comunidades carentes de todo o País, tendo como objetivo principal integrar, motivar e fortalecer seus participantes. Fazem parte da rede diversos projetos sociais e movimentos comunitários atuantes em periferias, favelas, entre outros grupos e regiões socialmente excluídos. Desde 2004, o projeto já atendeu a mais de 20 mil jovens e participou de mais de 20 eventos internacionais, incluindo o Campeonato Mundial de Futebol Social (Homeless World Cup).

A Rede Futebol Social conta com dez núcleos principais: São Paulo (São Paulo, Mongaguá, Sorocaba e Parelheiros), Pará (Ananindeua), Ceará (Barbalha), Maranhão (São Luís), Rio de Janeiro (Rio de Janeiro e São Gonçalo) e Distrito Federal (Brasília).

Mais informações sobre o Futebol Social:
Site: http://www.futebolsocial.org.br/
Facebook: https://www.facebook.com/fsbrasil
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Instagram: https://instagram.com/futebol.social
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Por: ZDL

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Sobre o Autor

Formado em Educação Física e especializado em Jornalismo Esportivo. Editor e proprietário do Templo dos Esportes

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