Em Interlagos, Galid Osman e Felipe Lapenna são os primeiros vencedores da história do TCR Brasil Banco BRB

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A história foi feita no Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos. Galid Osman e Felipe Lapenna, com o CUPRA TCR #28 preparado pela equipe W2 Pro GP, tornaram-se os primeiros vencedores da história do TCR Brasil Banco BRB, mais novo campeonato nacional de automobilismo para carros de tração dianteira. E não foi sem emoção: a dupla venceu um duelo acirrado contra os compatriotas Diego Nunes e Thiago Vivacqua, com o Toyota Corolla #70 da equipe Cobra Racing Team, que acabaram punidos com o acréscimo de 90 segundos por uma irregularidade na parada obrigatória e caíram para a nona posição na prova.

Dupla vencedora da primeira etapa de Endurance do TCR South America Banco BRB, que realiza a etapa em conjunto com o TCR Brasil Banco BRB, em Termas de Río Hondo, na Argentina, o brasileiro Raphael Reis e o argentino Jorge Barrio completaram a dobradinha da equipe W2 Pro GP. Os pilotos do CUPRA TCR #77 seguraram a pressão da dupla formada por Juan Manuel Casella e Gaetano di Mauro no Honda Civic Type R #60 da Squadra Martino nas voltas finais da corrida, que subiram ao pódio em terceiro.

Na categoria Trophy, a dupla vencedora foi a formada pelos brasileiros Adalberto Baptista e Bruno Baptista, com o Toyota Corolla #10 da Cobra Racing Team. Eles chegaram na sétima posição na classificação geral, mesmo recebendo um acréscimo de 30 segundos ao tempo final de prova como punição por uma irregularidade na troca obrigatória de pilotos. Marcio Basso e Gonzalo Alterio, com o Lynk & Co 03 TCR #21 da PMO Motorsport, ficou na segunda posição da categoria.

A largada foi comportada: quando o pelotão se espalhou na reta, Diego Nunes tracionou muito bem e saltou de sétimo para a liderança com seu Corolla, seguido por Juan Angel Rosso, também de Toyota. Galid Osman caiu de segundo para terceiro. Rapha Reis era quarto, com o pole Ignacio Montenegro em quinto ao fim da primeira volta. Na terceira volta, Rosso e Nunes trocaram tinta no S do Senna, com o argentino atacando por fora para assumir a liderança. Nunes então ficou à mercê de Galid, que avançou para segundo no giro seguinte.

Com 10 minutos de prova, na volta 6, Galid reduziu a margem de Rosso para menos de meio segundo. O CUPRA veio embalado na reta na abertura da volta 9, e o brasileiro mergulhou decidido para assumir a liderança. Com 15 minutos de prova, o líder na Copa Trophy era Bruno Baptista, com o Toyota #10 em oitavo.
Em questão de duas voltas, Galid conseguiu livrar mais de um segundo de vantagem sobre o concorrente. Logo atrás, seu companheiro, Reis, alcançava Nunes para desafiar o compatriota pelo terceiro posto. A margem do líder era de cerca de cinco segundos quando foi aberta a janela de pit stops obrigatórios, na volta 17. Rosso vinha tranquilo em segundo, enquanto Nunes, em terceiro, mantinha Reis cerca de meio segundo atrás, com a distância sob controle.

Galid trouxe o CUPRA para os pits na primeira volta, entregando o #28 para Felipe Lapenna. A W2 Pro GP trocou os pneus dianteiros do carro antes de devolvê-lo para a pista. O #70 entrou na mesma volta, com a Cobra Racing trabalhando mais rapidamente em seu serviço de box. Assim Thiago Vivacqua saiu do pit logo à frente do CUPRA. Então líder da corrida, o Corolla #2 parou na volta seguinte e voltou à pista com Luciano Farroni. Ele retornou atrás dos brasileiros Vivacqua e Lapenna.

Na volta 21, Lapenna passou Vivacqua no fim da reta Oposta. Na seguinte, Jorge Barrio enquadrou Farroni em duelo de argentinos entre o CUPRA #77 e o Corolla #2. A pressão surtiu efeito. Barrio colocou por dentro na Junção, eles cruzaram a reta principal emparelhados, mas o companheiro de Rapha Reis tinha preferência para a tomada do S do Senna e avançou para terceiro lugar.

Com o ciclo de pit stops realizado, o top5 era composto por Lapenna, Vivacqua, Barrio, Farroni e Gaetano di Mauro. Em oitavo, o Corolla de Adalberto Baptista liderava na Copa Trophy. A 15 minutos do fim, Di Mauro passou Farroni no fim da reta Oposta, colocando o Honda #60 em quarto. Lapenna já administrava na frente, com margem superior a 2s sobre Vivacqua. Este tratava de controlar Barrio, que vinha três segundos atrás. O Honda #23 perdeu rendimento na volta 27. Beto Monteiro então assumiu o sexto lugar e Adalberto Baptista o sétimo, com o Corolla #10 liderando na Trophy desde o início.

A 10 minutos da bandeirada, Di Mauro era o mais veloz na pista, reduzindo a cada curva a margem de Barrio. Ele fechou a volta 31 colado na traseira do CUPRA. Barrio tentou se defender pelo meio da pista no S do Senna, pegou a lombada amarela na área externa do Laranjinha e se segurou com habilidade. Di Mauro então mergulhou no Bico de Pato, mas faltou pista para parar o Honda #60, e o argentino aplicou um clássico “X” para segurar a terceira posição.

Lapenna levou com segurança até o final, selando a primeira vitória de Galid Osman no TCR South America e escrevendo o nome da dupla como primeiros vencedores da história do TCR Brasil. Vivacqua recebeu a bandeirada em segundo. Barrio foi terceiro selando o pódio duplo para a W2 Pro GP. Di Mauro teve que se contentar com o quarto lugar na bandeirada, à frente de Farroni. Pela Trophy, a dupla de pai e filho confirmou a vitória, com Bruno e Adalberto Baptista no Corolla #10.

O próximo encontro do TCR Brasil Banco BRB será no Autódromo Internacional Eduardo P. Cabrera, em Rivera, no Uruguai, no fim de semana do dia 23 de julho. Será a primeira etapa de Sprint da temporada, realizada também em conjunto com o TCR South America Banco BRB.

O que eles disseram:

“Estou muito feliz. O Felipe (Lapenna) fez um ótimo trabalho. A gente está vindo de uma etapa, na Endurance em Termas de Río Hondo, em que tivemos muito azar na classificação. Largamos em último porque o carro quebrou. E nessa a gente sabia que estaríamos bem fortes. É a nossa pista, é a nossa casa. É o circuito que a gente mais andou na nossa vida. Foi tudo perfeito. É agradecer ao Felipe por mais um ano juntos, meu irmão. Foi muito bom para o campeonato também.
É legal ser o primeiro vencedor do TCR Brasil, uma categoria que está crescendo muito aqui. Mundialmente é muito forte, está em mais de 30 países hoje. O fato de eu ser um dos primeiros a fazer a transição da Stock Car para cá está sendo muito bom. Estou adquirindo muita quilometragem com o carro. Estou muito feliz de estar aqui, a dinâmica do campeonato é muito legal. Espero que seja o pontapé inicial para disputar esse título.”
Galid Osman

“Foi muito emocionante. Estou muito feliz por ganhar uma corrida do lado do meu irmão. Tenho de agradecer muito pelo convite dele. Ganhar em Interlagos é sempre aquela emoção de ganhar em casa. E para o campeonato é o que ele falou: está crescendo muito, a cada dia mais pilotos da Stock Car vindo pra cá, tenho certeza de que daqui um, dois anos, o campeonato vai estar enorme. O carro é muito divertido de guiar. Então é agradecer à equipe W2 pelo carro e ao meu irmão Galid por ter me convidado. Parabéns a todos e vamos para a próxima. Quem sabe no ano que vem eu não esteja na categoria.”
Felipe Lapenna

“Estou muito feliz com o resultado. Foi excelente para o campeonato fazer um segundo lugar carregando 40 quilos a mais de lastro no carro. É um resultado muito bom. Estou muito feliz com o excelente desempenho da equipe. A gente conseguiu entender bem o carro para a corrida. Tínhamos um ótimo desempenho. Agora é comemorar, aproveitar essa caminhada para frente de novo no campeonato. Vamos em frente, o campeonato ainda é longo. A ideia é chegar disputando o título.”
Raphael Reis

“Foi um desempenho muito bom, duas corridas em dois autódromos fantásticos como Termas de Río Hondo e Interlagos. Foi minha primeira vez aqui. E foram duas corrias muito boas. A primeira, muito tranquila em Termas, uma vitória muito boa para mim e para o Rapha com um CUPRA que foi excelente. E aqui em Interlagos não fomos bem na classificação, fomos surpreendidos por um rendimento ruim. Mas trabalhamos bem como equipe e o resultado veio. Rapha fez uma excelente largada, uma primeira parte perfeita e quando entrei no carro fui para o ataque. Passei o Toyota e depois me defendi do ataque do Gaetano, que estava muito mais rápido, já que tínhamos o lastro de 40 quilos.”
Jorge Barrio

“Foi muito positivo. A gente já chegou com muita expectativa para a primeira corrida do TCR Brasil depois da primeira perna na Argentina. E a gente conseguiu concretizar o que esperávamos com a vitória do Galid e a dobradinha com o Raphinha em segundo. Foi muito importante. O Raphinha estava pesado. A gente sabia que ia ser difícil, mas a gente conseguiu concretizar. Então estamos muito felizes, com a sensação de dever cumprido. Agora começar a pensar na próxima, porque agora a gente volta para o Uruguai e para a Argentina.”
Duda Pamplona

“A gente tinha uma expectativa muito grande, principalmente para o Galid, que estava sem lastro. A gente sabia que ele ia andar muito bem. A gente focou muito em fazer um carro bom de corrida porque, principalmente no caso do Raphinha e do Jorgito, a gente sabia que a gente não tinha potencial para brigar pela pole. Então a gente trabalhou para tentar um melhor resultado na prova. Possível, né? A gente não esperava um segundo lugar e foi perfeito, não é? Foi a primeira vitória do Galid, nossa primeira vitória com o CUPRA em Interlagos, e a primeira vitória do TCR Brasil com uma dobradinha fenomenal.”
Serafin Jr.

“Foi muito bom vencer, principalmente correndo com meu filho. Sofri muito nas pistas argentinas que a gente não conhece e quem começou no automobilismo mais velho tem mais dificuldades com circuitos novos. Chegamos em casa agora e quem sabe nessas etapas brasileiras a gente consegue brigar pelo bicampeonato. Acho que já estou próximo da liderança. E quero agradecer ao Bruno, que nunca tinha guiado um carro com tração dianteira, e fez um excelente trabalho desde o primeiro treino.”
Adalberto Baptista

“Estou muito feliz em estar do lado do meu pai correndo. É um momento muito prazeroso para a gente poder andar em família. E a gente conhece bastante Interlagos. Eu não conhecia o carro, tração dianteira e traseira são muito diferentes, a condição de pilotagem é totalmente diferente, fui aprendendo aos poucos. Mas a gente conseguiu fazer um bom trabalho, conseguiu andar na frente, deixar ele próximo da liderança. O objetivo foi cumprido. Quero agradecer à organização e à TCR pelo evento muito bom, um campeonato que está crescendo muito.”
Bruno Baptista

Por: TCR South America 

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Sobre o Autor

Formado em Educação Física e especializado em Jornalismo Esportivo. Editor e proprietário do Templo dos Esportes

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