País subiu ao lugar mais alto do pódio no tênis em cadeira de rodas, duas vezes, goalball e basquete em cadeira de rodas na capital colombiana
O Brasil conquistou quatro medalhas de ouro e duas de bronze nesta quinta-feira, 8, nos Jogos Parapan-Americanos de Bogotá, Colômbia, em disputas de tênis em cadeiras de rodas, goalball e basquete em cadeira de rodas.
A quinta edição do Parapan de Jovens teve início no último sábado, 3, e reúne 20 países na capital colombiana até segunda-feira, 12. A delegação brasileira é composta por 96 atletas de 19 estados e o DF em 10 modalidades. Esta é a quarta participação do Brasil no evento – a exceção foi em Barquisimeto, Venezuela, em 2005. A soma de todas as medalhas brasileiras, desde a primeira edição com presença de competidores do país, já chega agora a 506 conquistas.
Nesta atual, em Bogotá, o Brasil, que não tem representantes no atletismo e na natação, obteve 24 pódios, 15 de ouro, quatro de prata e cinco de bronze. Até o final desta tarde, o país estava na terceira colocação geral do quadro de medalhasna capital colombiana. A Argentina liderava com 51 pódios (22 ouros, dos quais 21 foram conquistados no atletismo, 16 pratas e 13 bronzes), seguida pela Colômbia (21 ouros, 11 pratas e sete bronzes).
O primeiro título do Brasil no dia foi com a tenista mineira Vitória Miranda, 15, que derrotou a colombiana Paula Meza em seu último jogo de simples, por 2 sets a 0 (duplo 6/2), no Centro de Alto Rendimento. A atleta ainda subiu ao lugar mais alto do pódio nas duplas mistas, ao lado do mineiro Luiz Augusto Calixto, 15. Ambos venceram todas as suas partidas na competição. Na última, vitória por 2 sets a 0 (6/2 e 6/0) diante dos colombianos Paula Meza e Dario Sánchez.
“Estou muito feliz por essa conquista. Quando comecei no tênis em cadeira de rodas, nunca imaginei que poderia ser campeã em uma das principais competições para atletas jovens do mundo. Isso mostra que estou evoluindo, não só na quadra, como fora dela também”, disse Vitória, que nasceu prematura e só tem 10% de potência nas pernas. “Os médicos me deram seis horas de vida, quando nasci. Hoje, volto de Bogotá com duas medalhas de ouro no tênis em cadeira de rodas. O esporte é tudo em minha vida”, finalizou a tenista.
No encerramento da modalidade no Parapan de Jovens, o Brasil ainda saiu com mais um bronze. Na disputa brasileira pelo terceiro lugar na chave masculina de simples, melhor para Luiz Augusto Calixto, que derrotou o paulista Lorenzo Godoy por 2 sets a 1 (6/4, 3/6 e 6/4). Nas duplas masculinas, na quarta-feira, 7, eles ficaram com a prata e foram os responsáveis pela 500ª medalha brasileira na história do evento.
Os outros dois ouros desta quinta-feira vieram no goalball masculino e no basquete em cadeira de rodas feminino. Na primeira modalidade, o Brasil venceu o Peru, por 17 a 10, no Palácio dos Esportes. Apesar do resultado, a partida foi complicada para os brasileiros, que terminaram o primeiro tempo com uma desvantagem de 7 a 5 no placar.
“Depois que encaixamos a defesa, conseguimos a vitória. Tivemos que nos adequar ao jogo deles, porque eles estavam se defendendo muito bem, coisa que não estávamos conseguindo na etapa inicial. Mas somos uma equipe muito qualificada. Temos uma característica de se ajustar dentro do próprio jogo e não desistir em nenhum momento”, comentou o paulista Wellington Santos, um dos titulares do Brasil e autor de seis gols na final. Os outros foram marcados por Fábio Júnior (6) e Lucas Araken (5).
Na decisão feminina do basquete em cadeira de rodas , a Seleção superou a Argentina por 7 a 6. Foram três pontos de Laura Nauderer, três de Paula Letícia Silva e um de Dayane Aureliano. “Essa medalha é fruto de uma dedicação. Treinamos muito para estar aqui e, agora, conseguimos alcançar o objetivo”, disse Laura.
Por fim, a equipe feminina de goalball ficou com o bronze ao derrotar as anfitriãs colombianas, por 3 a 1, com três gols da mineira Amanda Braz. “Não era a medalha que queríamos, mas estamos orgulhosas de representar o Brasil no Parapan de Jovens. É um time muito unido e que trabalhou muito para subir ao pódio”, finalizou a artilheira da disputa pelo terceiro lugar.
Por: Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro