De acordo com o diretor administrativo financeiro e representante dos sócios gestores do Athletic, Luís Nobre, a SAF chega ao clube para potencializar ainda mais o trabalho de excelência que já vem sendo realizado: “o Athletic Club é um time que possui as contas em dia, sem dívidas e com uma administração responsável, diferente de muitos dos grandes clubes do país, que passam por um momento financeiro delicado. Isso torna o clube muito atraente para investimentos. O novo modelo de gestão vai ampliar a visibilidade do clube e seus ativos no mercado brasileiro e internacional, profissionalizar todos os processos administrativos e de negócio e oferecer mais oportunidades de acesso ao capital”. Com a SAF implementada, o Athletic acredita que a possibilidade de investimentos será maior e a governança mais rígida e transparente. De acordo com Leandro Bini, presidente do clube, o modelo vai proporcionar ao Athletic uma gestão ainda mais profissional e elevar a sua estrutura: “Temos uma expectativa muito grande de que esse novo modelo profissionalize ainda mais o departamento de futebol e a SAF é o caminho certo para que isso ocorra na gestão do Athletic. Tenho certeza de que escolhemos um bom caminho, que vai dar muitos frutos para nosso time e nosso torcedor”, afirma. Neste primeiro momento como Sociedade Anônima de Futebol, o Athletic vai focar primeiramente em melhorias na infraestrutura do clube: o Estádio de Futebol Joaquim Portugal vai ser modernizado e será construído um novo centro de treinamento e formação de jogadores de base, com padrão de grandes clubes nacionais e internacionais. O projeto do CT é do reconhecido arquiteto Bernardo Farkasvölgyi, da Farkasvölgyi Arquitetura, responsável também pelo novo estádio do Atlético-MG. Para o Luis Nobre, o Esquadrão de Aço, como é conhecido o Athletic, passará a ter mais condições de crescimento com melhor gerenciamento, direcionando seus esforços para a formação de bons atletas: “Buscamos longevidade e mais qualidade. E conseguiremos isso com mais investimento na base, um programa de formação social cidadã para crianças, adolescentes e jovens, com técnica, comprometimento e profissionalismo, que hoje já qualificam o Athletic Club como um celeiro de atletas”. Este novo formato de gestão permite que clubes de futebol, que em grande parte adotam o modelo de associação sem fins lucrativos, possam se tornar empresas. A partir dessa premissa, podem ter o capital social vendido para novos sócios e receber investimentos privados e públicos, de empresas e de pessoas físicas. Outro ponto positivo é que o novo modelo oferece aos clubes uma maior viabilidade para superar crises financeiras, como as que possuem alguns dos grandes times brasileiros, oferecendo novas possibilidades de negociação e de capum tação de recursos. |