Atleta olímpico do arremesso de peso foi apresentado a todos os detalhes do carro e da categoria por Felipe Massa e Julio Campos
Um fim de semana para Darlan Romani jamais se esquecer. Fã de automobilismo e carros antigos, o quarto colocado no arremesso de peso nos Jogos de Tóquio foi o convidado especial da equipe Lubrax | Podium Stock Car Team para as oitava e nona etapas da temporada da principal categoria do automobilismo brasileiro, disputadas em Goiânia, nos dias 18 e 19 de setembro.
Entre sábado e domingo, o “aluno aplicado” Darlan matou todas as curiosidades que tinha sobre os detalhes técnicos do carro e da categoria, com uma “aula particular intensiva” com os “professores” Felipe Massa e Julio Campos.
Além da teoria, Darlan também botou a mão na massa, treinando um abastecimento do carro, acionando o macaco hidráulico que levanta os carros para a troca de pneus e ainda deu a bandeirada nas duas corridas de sábado.
Pé-quente, Darlan, que é integrante do Time Petrobras, ainda deu sorte à equipe, que conquistou o primeiro pódio na temporada, com o segundo lugar de Julio Campos na corrida 2 de sábado. E o segundo quase veio no domingo, novamente com Julio Campos, que terminou em quarto a segunda corrida, a pouco mais de um segundo do terceiro colocado.
O que eles disseram:
Darlan Romani: “Não tem como não ser apaixonado pelos caras andando, não gostar de ver uma máquina dessas na pista. É gratificante estar aqui e presenciar o primeiro pódio da equipe no ano, que eles continuem assim daqui para a frente. O que eu vivi aqui em Goiânia foi sensacional, uma troca de experiência entre um esporte e outro, ver eles explicando como a máquina funciona foi uma oportunidade sensacional. Somos atletas. Eles dependem de uma máquina e eu dependo só do corpo, mas o tratamento psicológico, fisioterapia, alimentação, o próprio treinamento, como você se prepara para uma competição ou outra, como é a concentração, é muito parecido… Comparar um com o outro é muito difícil, mas como atleta a gente se identifica muito. Eu tenho uma Kombi, que é o meu xodozinho. A gente curte bastante, passeia, a minha filha gosta muito dela e ela virou uma paixão”.
Julio Campos: “A máquina do Darlan é o corpo, a nossa máquina é o carro junto com o nosso corpo, tem toda a nossa preparação física, que realmente é muito desgastante. Ele fala muito na parte emocional, na parte psicológica. É muito legal ver quais são as coisas que cada um dos atletas tem que fazer para que o seu esporte renda 100%. Se ele fosse da nossa equipe, conseguiria levantar o carro com um braço e arrancar a roda sem tirar a porca, sem tirar nada, o cara é muito forte, é muito grande, realmente ele tem uma estrutura diferenciada”.
Felipe Massa: “Acho que foi uma emoção muito grande pra mim, porque também sou esportista. A gente vê tudo o que ele fez nas Olimpíadas, aquilo que ele faz pelo esporte, a determinação, o trabalho, a garra, acho que é aquele negócio de você ter a vontade de trabalhar, a vontade de aprender, de crescer e evoluir com tudo que ele passou é sensacional. Então para a gente é um carinho imenso ter ele aqui para mostrar o nosso esporte, como a gente trabalha, já que no final são duas modalidades completamente diferentes, mas, no fundo, todos são parecidos, por tudo que você faz, de onde que você vem, por tudo que a gente tem que passar para conseguir o sucesso. Tem muita coisa que ele pode fazer aqui na equipe: abastecimento, troca de pneu, até levantar o carro, se bobear, para os mecânicos trocarem o pneu. A força que ele tem é impressionante. Eu até perguntei para ele: se eu arremessar peso, a que distância você acha que eu jogo? Ele disse uns 5 metros. Eu perguntei quanto o Darlan joga e ele respondeu: 22 metros. Então tá bom, estamos bem. Eu conhecia ele, seguia a história dele e nas olimpíadas me aproximei e, logicamente, estava na torcida”.
Por: Luis Garcia