Tóquio 2020: Robert Scheidt e Patrícia Freitas voltam a competir em Enoshima

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Raia de Enoshina recebe as primeiras regatas de Tóquio 2020 nas classes Laser e RS:X. Robert Scheidt e Patrícia Freitas competiram com ventos de fraco pra médio

A Equipe Brasileira de Vela estreou em Tóquio 2020 na madrugada deste domingo (25) com a presença do maior medalhista olímpico do País, Robert Scheidt, e de Patrícia Freitas, que se destaca no cenário da RS:X (prancha à vela). Com ventos fracos em Enoshima, local das provas de vela olímpica, a organização conseguiu fazer apenas uma regata de Laser e três para as pranchas. Ambos atletas ocupam a 11ª colocação em suas categorias.

Robert Scheidt e Patrícia Freitas foram os primeiros a fazer a estreia no calendário olímpico e nesta segunda-feira (26) estão programadas mais regatas para as duas categorias. Laser e RS:X voltam a competir no dia seguinte com a previsão, novamente, de ventos fracos na direção Nordeste com média de 8-9 nós de intensidade.

Na terça-feira (27) será a vez da estreia das campeãs olímpicas da Rio 2016 Martine Grael e Kahena Kunze na 49erFx. No mesmo dia entram na disputa Marco Grael e Gabriel Borges na 49er e Jorge Zarif na Finn.

O canal SPORTV 2 faz a transmissão das regatas e a TV Globo anunciou a entrada com comentários do multicampeão Lars Grael. As regatas começam a partir de 00h05 (Horário de Brasília).

”Foi uma estreia provavelmente tensa, mas agora acredito que a coisa vai andar. Tenho certeza de que o time agora vai bem. Força, Brasil”, explicou Walter Boddner, gerente de eventos da CBVela e treinador olímpico.

A competição nesta madrugada marcou um novo recorde de participações olímpicas de Robert Scheidt, que aos 48 anos, está em sua sétima edição, mesmo número de Torben Grael, que hoje é o chefe da Equipe Brasileira de Vela. Ambos têm 10 medalhas olímpicas juntos, cinco pra cada um! 

O dia sem vento deu o tom e obrigou a organização até a adiar algumas provas, principalmente da classe Laser, que conta com o maior medalhista olímpico do País, Robert Scheidt. 

A primeira regata da categoria foi anulada devido a uma rondada de vento para esquerda no primeiro contravento de Enoshima, o que segundo especialistas favoreciam a Robert Scheidt

O atleta esteve sempre entre os primeiros na prova, que teve mudança de boia, e demorou pra começar com RECON em terra. O vencedor foi o francês Jean Baptist Bernaz, companheiro de treino do brasileiro.

”Uma expectativa de melhora nos resultados. Ficar de olho na condição de tempo. Hoje deve fazer regatas com o vento médio-fraco, na terça-feira de lá tem até uma chance de não ter regata por falta de vento. E pro final há uma previsão de mau tempo, trazendo uma frente fria de norte com bastante vento. Muita coisa para acontecer. A gente fica na torcida, sabe que a equipe está focada, determinada, experiente. Torcida máxima por eles!”, explicou Lars Graek.

Já na RS:X foram realizadas as três programadas no calendário e a brasileira Patrícia Freitas conseguiu recuperação na última regata, ficando em quatro lugar. Na primeira ficou em 13º e na segunda em 14º. Serão 12 provas para a prancha à vela até a regata da medalha.

A categoria tem liderança da Charline Picon com 3 pontos perdidos. A brasileira tem 17 com a entrada do descarte do pior resultado. ”A Paty está com ótimo desempenho. Não foi brilhante nas duas primeiras, mas na terceira mostrou excelente prepara e caminhou bem para as primeiras posições chegando em quarto. Continua como chance real de medalha”, projetou Ricardo Lobato, especialista em vela.

No quadro geral histórico da vela, o Brasil é a 11ª potência mundial, com 7 ouros, 3 pratas e 8 bronzes, totalizando 18 medalhas olímpicas. Para Tóquio 2020, a equipe foi escolhida com base nos melhores velejadores de cada categoria.

As provas serão disputadas até 5 de agosto e segundo previsões, o tempo deve ter muita variação em Enoshima, com ventos forte a partir do meio da semana. 

Baixe o mídia kit da Equipe Brasileira de Vela em Tóquio 2020

 
Time brasileiro em Tóquio 2020

O Brasil está representado na vela com 13 atletas ao todo. O maior nome da equipe é Robert Scheidt, maior medalhista olímpico da história do País nos Jogos. A equipe conta também com as atuais campeãs olímpicas de 49erFx, Martine Grael e Kahena Kunze. Na versão masculina estão Marco Grael e Gabriel Borges.
 
Outra medalhista olímpica do time é Fernanda Oliveira, que mais uma vez terá como parceira na 470 a Ana Barbachan. A dupla masculina de 470 é formada por Henrique Haddad e Bruno Benthlem. Na RS:X, a atleta Patrícia Freitas está no time. No Finn, Jorge Zarif ficou com a vaga, assim como a dupla de NACRA Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino.

Na Rio 2016, a equipe teve resultados expressivos como o ouro na 49erFX de Martine Grael e Kahena Kunze e dois quarto lugares com Jorge Zarif (FINN) e Robert Scheidt (Laser), que é o maior medalhista olímpico do País com cinco pódios ao lado ao lado do também velejador Torben Grael.

Torben Grael está em sua oitava edição olímpica, competindo seis vezes – com cinco medalhas – e agora duas como treinador e chefe de equipe.

 
Equipe Brasileira de Vela e seus clubes
 
470 Masculino: Henrique Haddad | Bruno Betlhem ICRJ / RJ

470 feminino: Fernanda Oliveira | Ana Barbachan | CDJ / RS

RS: X feminino: Patrícia Freitas | ICRJ / RJ

Finn: Jorge Zariff | ICRJ/ RJ

Nacra 17 Misto: Samuel Albrecht | Gabriela Nicolino | VDS – ICRJ / RS – RJ

Laser Standard: Robert Scheidt | YCSA / SP

49er FX: Martine Grael | Kahena Kunze | RYC – ICRJ / RJ

49er: Marco Grael | Gabriel Borges | RYC – ICRJ / RJ

TRACKING com posicionamento dos barcos por regatas

Como acompanhar a vela em Tóquio? 

As competições de vela nos Jogos Olímpicos possuem entre 10 e 12 regatas, variando conforme a classe em disputa. Os 10 melhores de cada classe disputam uma regata extra, a medal race, que oferece uma pontuação dobrada aos atletas.

Diferente de grande parte das modalidades olímpicas, a vela possui um sistema de pontuação invertido: o campeão é aquele que acumular menos pontos durante a competição. Quanto melhor colocado na regata, menos pontos um atleta ou uma equipe soma.

O vencedor será o velejador que, ao fim de todas as regatas, tiver acumulado menos pontos. Todos os competidores podem descartar o pior resultado na fase inicial das regatas. O percurso das regatas é definido pela organização, que forma uma linha imaginária com dois barcos para definir o ponto de largada e o de chegada.

Contornando as boias utilizadas para demarcar o percurso, os veleiros saem contra e voltam a favor do vento. As regatas podem ser adiadas e até mesmo canceladas pela falta de vento. Todas as embarcações de uma mesma classe devem ter dimensões idênticas. Dessa forma, o resultado é determinado exclusivamente pelo talento e estratégia dos velejadores.

SOBRE A CBVELA

A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Tem o Bradesco como patrocinador oficial, e o Grupo Energisa como parceiro oficial e patrocinador da Vela Jovem. A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: sete. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 18 medalhas em Jogos Olímpicos.

Por: On Board Sports

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Sobre o Autor

Formado em Educação Física e especializado em Jornalismo Esportivo. Editor e proprietário do Templo dos Esportes

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