A atleta do Time Nissan, Duda Lisboa, que conquistou ontem o ouro na etapa do Circuito Mundial de Vôlei de Praia na Suíça, comenta como estão os preparativos para sua primeira participação no maior evento poliesportivo do mundo
Única jovem atleta brasileira destacada pelo comitê internacional como promessa para as competições de 2021, Duda Lisboa é uma das representantes do Time Nissan no Vôlei de Praia. Muito jovem, a atleta já era dona de uma medalha de ouro nas Olimpíadas da Juventude de 2014, na China, e de inúmeros títulos mundiais juvenis.
Após ter sido treinada durante muitos anos pela mãe Cida (ex-atleta da modalidade), Duda se mudou no início de 2017 para o Rio para formar dupla com a experiente Ágatha Bednarczuk, medalha de prata nas competições do Rio, em 2016.
A união das atletas deu muito certo, Ágatha e Duda estão atualmente entre uma das melhores duplas da modalidade no mundo e já conquistaram inúmeros títulos juntas. Somente nos últimos seis meses foram oito medalhas, sendo cinco internacionais, além do título de campeãs da Temporada 20/21 do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia. A conquista mais recente das atletas do Time Nissan aconteceu neste último domingo na Suíça, quando Ágatha e Duda venceram outra dupla brasileira, Ana Patricia e Rebecca, por 2 sets a 0 na etapa de Gstaad do Circuito Mundial de Vôlei de Praia 2021, garantindo mais um ouro.
Eleita por dois anos seguidos como a melhor jogadora do mundo em sua modalidade (2018 e 2019), a atleta se prepara agora para sua primeira participação no maior evento esportivo do mundo. A seguir, ela fala sobre como conseguiu manter a rotina de treinos durante os primeiros meses da pandemia, faz um balanço dos últimos meses e destaca a importância de sua parceria com Ágatha, 15 anos mais velha que ela, neste momento tão especial de sua carreira.
Duda é a quinta atleta da série de entrevistas com os integrantes do Time Nissan nesta reta final para as competições internacionais do outro lado do mundo. Criado em 2012 com objetivo de apoiar o esporte brasileiro, o grupo mescla atletas em diferentes momentos de carreira, de nomes já consagrados a jovens promessas, sendo seis olímpicos e seis paralímpicos.
Confira:
Como você fez para manter os treinos durante os meses iniciais da pandemia?
Eu voltei para minha casa no Sergipe para ficar com minha família. Como minha mãe foi minha treinadora por muitos anos e tem um centro de treinamento na minha cidade natal, São Cristovão (SE), eu pude continuar treinando e frequentando a academia lá. Mesmo com tudo isso, eu senti um pouco de ansiedade porque essa será minha primeira participação no maior evento poliesportivo do mundo. Fazendo um balanço geral, acredito que consegui manter meu foco para continuar caminhando e dar o meu melhor lá no Japão.
Como estão as preparações para o Japão?
Posso dizer que desde que comecei a jogar com a Ágatha, há quase cinco anos, nosso foco sempre foi batalhar por uma medalha em Tóquio. Então, a nossa preparação já leva muito tempo. O ano de 2020 foi desafiador e desde o início de janeiro deste ano, estamos bem focadas nos torneios e treinos. Os resultados dos nossos esforços já estão sendo vistos. Além das medalhas e de termos sido campeãs brasileiras este ano, conseguimos nos manter bem em todos os campeonatos que participamos. Tem sido muito importante analisar nossa participação nesses eventos para identificar o que é preciso melhorar para o próximo. Assim, buscamos fazer de cada dia, um dia melhor e chegar em Tóquio preparadas dar o nosso máximo.
A diferença de idade com sua parceira, Ágatha Bednarczuk, é grande. Como está sendo essa troca entre vocês duas, especialmente agora que você se prepara para sua primeira participação no maior evento esportivo do mundo?
A parceria com a Ágatha está sendo bem especial. Ela é uma atleta bem experiente e o fato de ela já ter competido no Rio, em 2016, e ganhado uma medalha de prata, é fundamental para mim. Estou passando por momentos que nunca havia passado e ter uma pessoa igual a ela, faz toda a diferença. Quando não entendo alguma coisa, ela me explica, orienta, ajuda, acolhe. Isso me faz caminhar sozinha entendendo o processo. Essa troca é muito especial, tanto com ela como com toda a nossa equipe, mesmo eu sendo a mais jovem de todos. A gente está muito feliz, até agora tem sido uma trajetória linda. São 15 anos de diferença e uma consegue aprender com a outra. A gente vai se divertindo, trabalhando junto e tentando fazer o nosso melhor em busca do nosso sonho no Japão.
Time Nissan
O Time Nissan foi criado em 2012 pela empresa para colaborar com a formação de atletas brasileiros. O grupo mescla atletas em diferentes momentos de carreira, de nomes já consagrados a jovens promessas, sendo que todos eles compartilham com a Nissan valores e atitudes como atrevimento, busca pela melhoria constante, respeito ao próximo, superação e pensamento de vencedor.
Em 2017, o projeto teve uma evolução: o Time Nissan 2.0. Ele é formado por 11 atletas de nove modalidades esportivas e pelo mentor Clodoaldo Silva, lenda do esporte com 14 medalhas em Jogos Paralímpicos. A Nissan entende que os integrantes do projeto têm a estrutura e o acompanhamento de técnicos e especialistas para o treinamento, então, a empresa visa apoiar o crescimento profissional do lado de fora da área de competição e também a evolução pessoal de cada um.
Este grupo reafirma um dos principais pilares da empresa, que é a diversidade. A equipe se divide em seis atletas olímpicos e seis paralímpicos – incluindo o mentor –sendo seis homens e seis mulheres. O equilíbrio entre atletas com e sem deficiência reforça também o foco da Nissan em garantir mobilidade para todos.
Desde 2017, os atletas do Time Nissan já conquistaram 179 medalhas internacionais. Foram 97 ouros, 44 pratas e 38 bronzes.
A menos de duas semanas para as grandes competições internacionais esportivas que vão acontecer este ano no Japão, os atletas do Time Nissan seguem focados e intensificam os preparativos para defender as cores do Brasil e da Nissan do outro lado do mundo. Dez dos onze atletas da Nissan em atividade estão classificados para o evento em solo nipônico.
Breve perfil:
Eduarda Lisboa (Vôlei de Praia)
Nascimento: 1 de agosto de 1998 (22 anos)
Cidade: São Cristovão (SE)
Principais conquistas: Campeã dos JOJ de Nanjing (2014); Bicampeã Mundial Sub21 (2016, 2017); Campeã Circuito Mundial (2018); Atual Campeã do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia; Eleita Melhor Jogadora do Mundo (2018, 2019); Única jovem atleta brasileira destacada pelo comitê internacional como promessa para as competições de 2021
Por: Nissan Comunicação