CBA libera atividades em monopostos para pilotos de 14 anos

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Medida derruba o muro que impedia o desenvolvimento dos pilotos e o crescimento das categorias de Fórmula no Brasil

O presidente Giovanni Guerra, da Confederação Brasileira de Automobilismo, fez da última sexta-feira, 9 de abril, um dia histórico para as categorias de monopostos no Brasil. Ao incluir o Adendo 02/2021 no Código Desportivo do Automobilismo, a CBA passa a permitir que pilotos com 14 anos completos possam treinar e competir em categorias regionais e nacionais de Fórmula. A medida foi comemorada por nomes consagrados do automobilismo brasileiro, como Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet, pois representa a eliminação de barreiras que impediam o desenvolvimento dos competidores e o crescimento das categorias de monopostos no Brasil.

Estou muito feliz em promover essa mudança, que significa adequar as normas brasileiras ao que é praticado nos centros mais avançados do automobilismo”, disse o presidente, referindo-se a diversos países da Europa. Guerra explicou que a norma anterior, que só permitia ao piloto iniciar no monoposto com 16 anos, gerava anomalias. “Na prática, era um tiro no pé, pois muita gente precisou sair do Brasil para iniciar nos carros de Fórmula, quando poderia ter feito aqui mesmo, nas categorias já existentes”, explicou Guerra.

Mesmo reconhecendo que as categorias regionais de monopostos são diferentes das que existem na Europa, o dirigente destacou o fato de ser muito mais barato dar os primeiros passos aqui e lamentou o círculo vicioso que se instalou no Brasil. “As categorias-escola na Europa, como a Fórmula 4, são destinadas justamente a esse público a partir dos 14 anos. Sem poder contar com essa demanda no Brasil, diversos empresários se sentiram desestimulados em implantar a categoria por aqui”.

Giovanni Guerra vê, agora, novo cenário. “Primeiramente, quero dar os meus parabéns aos empreendedores que, de forma heroica, mantiveram funcionando as categorias de monopostos em diversas partes do país, mas vejo agora um novo momento. Elas passam a ter valorizada a condição de escola, recebendo pilotos de uma faixa etária que não tinham acesso, assim como um empreendimento de Fórmula 4 passa a ser viável”, projetou o presidente da CBA.

Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet festejaram a medida. Saiba o que eles disseram:

EMERSON FITTIPALDI
“Em todos os esportes, a idade de entrada vem diminuindo nos últimos anos, e no automobilismo começar a pilotar com 14 anos é muito importante. Para ter uma ideia, No México e na Dinamarca, o piloto já poder correr na Fórmula 4 com 14 anos. Pelo que sei, a Espanha e outros países estão indo pelo mesmo caminho. Eu acho muito importante o brasileiro poder sair do kart e se preparar correndo de monopostos ainda no Brasil. Isso faz grande diferença porque ao chegar na Europa sem ter se preparo por causa da idade, vai encontrar pilotos mais novos do que ele, mas já com uma bagagem de treinamento muito útil em seus países. O Giovanni está de parabéns por oferecer aos pilotos as melhores chances de preparação e de equiparar o automobilismo brasileiro ao que existe de mais atual na Europa. O Brasil avançou muito com essa medida, pois a transição vai ser muito rápida. A chance que a gente vai ter com novos talentos descobertos no kart, para logo em seguida iniciar a preparação nos Fórmula, vai ajudar muito o futuro do automobilismo brasileiro. O Giovanni, em tão pouco tempo, está revolucionando o automobilismo brasileiro, tomando medidas muito mais avançadas para o Brasil não ficar para trás no automobilismo, para dar chance aos novos talentos brasileiros. O Brasil estava ficando em desvantagem”.  
 
NELSON PIQUET
“É um grande avanço para o automobilismo do Brasil, uma grande oportunidade que a CBA está dando para que a gente possa qualificar melhor os nossos pilotos, para que eles possam chegar na Europa, com 16 anos, já treinados para disputar a ponta desde o início. Principalmente, eu vejo o kart muito mais ‘perigoso’ do que um Fórmula. Digo isso porque no Fórmula, com exceção da Fórmula 1, tudo é muito mais lento do que num kart. Tudo: velocidade, aceleração, desaceleração. O treinamento para que o piloto possa ser realmente profissional é no kart. O kart é a base. Já um carro de Fórmula, homologado, oferece uma segurança, a meu ver, maior por causa do santantonio, cinto, halo e velocidade proporcionalmente menor. Então, parabéns, é um avanço enorme para o nosso automobilismo e conte comigo, pois vamos acelerar esse Brasil nosso aí”.

Por: Confederação Brasileira de Automobilismo

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Sobre o Autor

Formado em Educação Física e especializado em Jornalismo Esportivo. Editor e proprietário do Templo dos Esportes

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