Bianchini Rally/Power Husky passa pela primeira parte da etapa Maratona e chega a Minaçu (GO). Especial teve chuva, lama, trechos sinuosos e travessia do Rio Bagagem. Nesta terça (3) mais Maratona
Após o domingo de descanso e deslocamento, a Bianchini Rally/Power Husky voltou com tudo nesta segunda-feira (2) para a 2ª etapa, a Maratona Renê Melo, do Sertões, que não permite apoio mecânico. A equipe com sede em Barueri/SP participa desta 28ª edição com sete motos e seis UTVs.
Entre os destaques da equipe na Especial mais longa desta edição, nas motos, Maurício Fernandes #49 (Husqvarna FE450) venceu na Over 45. Fechou a Especial em 6h03m11s e garantiu a liderança no acumulado da categoria. Pelos UTVs, Richard Fliter/André Munhoz #221 completaram em 5h41m29s, 6º melhor tempo da UTV 1 (9º na geral); Gustavo Zanforlin/Rodolpho Costa #254 completou em 2º na UT3 (5m55m12s) e, após duas etapas, são vice-líderes na categoria. As duas duplas competem com Can-Am Maverick X3.
“Dia foi bom e deu para recuperar algumas posições. Mas foi cansativo, puxado, com muita lama na serra, piso liso”, conta Maurício Fernandes, que retorna ao Sertões após 15 anos. Tradição no roteiro em algumas edições, o Rio Bagagem foi um dos desafios do Especial: “Foi tenso. Descemos da moto para atravessar o rio estava super fundo, algumas motos viram. Mas deu tudo certo e chegamos bem”, destaca Fernandes, que disputa o 8º Sertões e já tem um título na categoria marathon.
Pela Moto 1, André Guerra #46 (Husqvarna FE501) fez o 6º tempo (6h45m15s). Na Moto 2, Rodrigo Montemor #39 (Husqvarna FE 450) foi o 10º (6m29m22s). Os estreantes mostram garra e completam a dura Especial com piso liso, trechos sinuosos e chuva e lama, raro no Sertões, como o chef francês Olivier Anquier #74 (Husqvarna FE 350) que fechou em 10º na Over 45 (9h02m00) e Vinícius Rodrigues #36 (Honda CRF 250F) em 8º na Brasil.
Guerra aprovou o Especial. “Achei demais, é o tipo de terreno que gosto muito de andar” e comentou sobre a dificuldade atravessar o Rio Bagagem: “foi a primeira vez que passei pelo Bagagem e foi um pouco tenso, deu trabalho, mas no final foi tudo certo”, diz o paulista que está na terceira participação. Montemor, também no terceiro Sertões, deu mais detalhes sobre a etapa. “Especial difícil, com erosão, piso liso mas muito prazerosa para se pilotar e a moto terminou inteira para amanhã”, diz o piloto.
Marcos Colvero #42 (Husqvarna FE 501) sofreu uma queda na 1ª etapa, no sábado, então optou por não fazer essa segunda Especial para se recuperar, mas nesta terça-feira estará de volta à proa. Por causa disso, o piloto, que está em sua 7ª participação no Sertões, preferiu se poupar e não largou na etapa desta terça (02). A moto de Guto Bogo #47 (Husqvarna FE 501) quebrou logono início, no km 7, e ele não completou. Ambos competem na Over 45.
UTVs – Após o 2º lugar na UT3, neste 2º etapa, o estreante Zanforlin conquistou a vice-liderança no acumulado da categoria. Já seu navegador, Rodolpho Costa, já participou nas motos. Fliter já competiu em duas edições do Sertões e estreia nos UTVs. Ele faz dupla com Munhoz, que disputa a 7ª edição do maior rali das Américas. A dupla ocupa a 6ª posição no acumulado da UTV 1.
Pela UTV Over 45, o uruguaio Javier Fernandez #234, em sua 9ª participação no Sertões, fez o 5º tempo (6h04m32s). O piloto faz dupla com Marcos Finato que estreia como navegador nos UTVs, tem sete Sertões no currículo nas motos e já foi Campeão na Super Production. Ainda na Over 45, Moses Fliter/Guilherme Holanda #250 ficaram em 8º (7h20m15s) e Daniel Ribeiro/Sano Chermont #263 em 12º (9h05m00). A dupla Everson Lopes/Roberto Machado #261 ficou em 10º (9h00m00).
Nesta terça (3), acontece a 2ª parte da Maratona, em um trecho total de 369 quilômetros e uma Especial de 200. Segundo a organização, o dia vai mesclar velocidades altas, médias e baixas; os pilotos passarão por uma dura subida de serra e por dois grandes rios. O Sertões 2020 adotou o esquema de Bolhas devido à pandemia. Isolados, os competidores não podem ter contato com ninguém de fora dessas Bolhas. O maior rali das Américas está em Goiás, já passou por São Paulo e Minas Gerais, além do DF. Faltam dois estados Tocantins e Maranhão.
Mais informações sobre a equipe: www.bianchinirally.com.br,Facebook @equipebianchinirally e Instagram @bianchinirally.
A Bianchini Rally/Power Husky, com sede em Barueri/SP, tem parceria com a Power Husky/Husqvarna Brasil, patrocínio da ROCK, Shiro e Borilli Racing e apoio da Óculos 100%, O Mundo de Maria, Bull Sertões, Vedacit, Rede Petrolam, STR Motos, Hupi e Top Gain.
Sertões – Resultado 2ª ETAPA – 02/11 (Extraoficial)
MOTOS
Categoria Over 451º Maurício Fernandes #49 – 06:03:11
2º Osmar Shimosaka – 06:12:19
3º Leandro Mokfa – 06:17:57
Resultado Acumulado, após duas etapas
Categoria Over 45
1º Maurício Fernandes #49 – 10:07:26
2º Osmar Shimosaka – 10:13:18
3º Maurício Ghiraldelli – 10:33:51
UTVs
Resultado Acumulado GERAL, após duas etapas
1º Rodrigo Varela/Gunnar Dums – 09:23:15
2º Denisio Nascimento/Idali Bosse – 09:24:39
3º Bruno Varela/Gustavo Bortolanza – 09:26:12
4º Deinisio Casarini/Ivo Mayer – 09:26:19
9º Richard Fliter/André Munhoz #221 – 09:36:26
P.S. – Resultados completos em: https://resultados.sertoes.com/
Roteiro 28º Sertões (30/10 a 7/11)
3/11/2020 – terça-feira
3ª etapa – Bolha 2 / GO a Bolha 3 / GO – 2ª parte Maratona “Paulo Gonçalves”
Deslocamento inicial: 0 km
Trecho especial: 200 km
Deslocamento final: 169 km
Total: 369 km
Na segunda parte da Etapa Maratona, o homenageado será o piloto português de motocicleta Paulo Gonçalves, que faleceu após um acidente no Rally Dakar 2020. O dia promete ser bem completo, mesclando velocidades altas, médias e baixas. Apesar dos 10 km iniciais bem velozes, a especial logo entra em uma dura subida de serra, com muitas pedras, depressões, pontos sem visão e trechos sinuosos com abismos dos dois lados. Após muito sobe e desce, na metade da especial, por volta do km 100, haverá uma longa descida. O piso terá fesh fesh e exige cautela nas ultrapassagens. Os competidores passarão por dois grandes rios com pedras e vão encarar uma serra íngreme no final, por região não povoada e solo com muitas pedras e cascalhos.
4/11/2020 – quarta-feira
4ª etapa – Bolha 3 / GO a Bolha 4 / TO
Deslocamento inicial: 26 km
Trecho especial: 329 km
Deslocamento final: 295 km
Total: 650 km
O dia começa muito rápido, no estilo das especiais no Campeonato Mundial de Rally (WRC), e fica mais lento quando entra em um trecho com mata-burros, pedras e pontes – em algumas delas haverá radar. O grande desafio será o trecho de 60 km de areia, no qual a navegação será exigida ao máximo. Após o abastecimento, os competidores enfrentarão caminho travado e pontos de trial, em terreno característico de cerrado. Nos últimos 60 km, curvas de altas velocidades e chão com piçarra.
5/11/2020 – quinta-feira
5ª etapa – Bolha 4 / TO a Bolha 5 / MA
Deslocamento inicial: 99 kmTrecho especial: 227 km
Deslocamento final: 284 km
Total: 610 km
Apesar dos km iniciais travados, a especial imprime altas velocidades em um trecho de areia, ao lado de uma plantação de eucaliptos. O terreno arenoso fica bem mais pesado até a metade do trajeto, quando assume as características do Jalapão, no Tocantins. Os competidores encerram a especial em terreno de piçarra, onde poderão atingir altas velocidades e sentir o prazer da pilotagem.
6/11/2020 – sexta-feira
6ª etapa – Bolha 5 / MA a Bolha 6 / MA
Deslocamento inicial: 128 km
Trecho especial: 300 km
Deslocamento final: 313 km
Total: 741 km
A especial já começa com belas paisagens, por estradas de médias velocidades que vão ficando cada vez mais estreitas e travadas. A partir da metade, o trajeto fica mais rápido, com lombas e depressões. Haverá dois trechos com retas muito longas, de altíssimas velocidades, em terreno de piçarra. No final, será preciso mais atenção para completar a especial em trechos arenosos.
7/11/2020 – sábado
7ª etapa – Bolha 6 / MA a Barreirinhas (MA)
Deslocamento inicial: 258 km
Trecho especial: 223 km
Deslocamento final: 34 km
Total: 515 km
A organização do Sertões promete deixar a melhor especial para o final. Com prova na areia, a navegação fará toda a diferença. Após um começo travado em piçarras, o trecho fica arenoso à medida que cruza pequenos riachos, os quais estarão secos na época da prova. Após o abastecimento, praticamente na metade da especial, as dificuldades serão extremas por conta da areia e da parte final com navegação por GPS em dunas. Com muitos way points a serem cobertos, qualquer erro pode ser fatal. O final em Barreirinhas promete ser apoteótico, a imagem a ser gravada nas memórias dos participantes. Chegar ao final do Sertões 2020 já será uma grande vitória.
Total percurso: 4.567 km
Total de trechos cronometrados (Especiais): 1.842 km
Por: MSuzuki Comunicação