Natália Pereira é a única menina a compor a categoria de base de um time masculino no Brasil

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Promessa do futebol feminino, catarinense investe pesado nas disputas em campo mirando no desejo de ser profissional
O que você quer ser quando crescer? Quem nunca escutou essa frase quando criança levanta a mão. Mas se antes as mulheres se contentavam em desempenhar atividades profissionais mais tradicionais, como serem professoras ou donas de casa, as do século XXI estão rompendo barreiras. Mais ousada em suas escolhas e extremamente bem resolvida desde os primeiros passos, essa nova geração feminina tem conquistado espaços que antes eram ocupados apenas por homens. Um bom exemplo disso é a catarinense Natália Pereira, que aos 11 anos já é a única menina a compor a categoria de base de um time masculino de futebol profissional no Brasil, o Avaí. Sem medo de qualquer bola dividida com os meninos, com quem treina desde o ano passado pelo clube, investe pesado nas disputas em campo mirando no desejo de ser profissional. “Eu acho que já nasci com esse sonho. E pelo que meus pais contam, desde sempre sou apaixonada por bola. Quando eu tinha uns 3 anos eu queria jogar futebol porque queria imitar o meu irmão. Mas profissional, jogando para valer mesmo, acho que foi com uns 7 ou 8 anos”, explica Nati.  E não para por aí, a menina do laço como é nacionalmente conhecida, também é atleta UMBRO Brasil e embaixadora da Copa Floripa Brasil, um dos mais importantes campeonatos de futebol infanto-juvenil do país. Consolidado como o maior Torneio Infanto-Juvenil do Sul do Brasil, a disputa reúne mais de 500 equipes e 7.000 atletas, em uma experiência única e que desde o ano passado passou é o único torneio a incluir uma categoria feminina na competição.  Manezinha de Florianópolis, Nati tem como marca registrada o sorriso largo e um drible de dar inveja a muito marmanjo. De criança só a idade e a baixa estatura, por que a força do chute e a determinação é de uma verdadeira veterana dos campos. Que para não ter seu desempenho prejudicado pela pandemia, manteve sua rotina de treinos específicos e funcionais em dia. Mesmo que para isso fosse necessário improvisar na sala de casa um espaço fitness. “Por mais maluca que a ideia pareça, as crianças deveriam sempre ser incentivadas a seguir os seus sonhos. Mesmo que isso não seja para o resto da vida, é muito legal poder fazer aquilo que a gente gosta. E claro, o apoio da minha família ajuda muito, já que não consigo imaginar a minha vida longe da bola”, destaca a atleta.  Como tudo começou A bola sempre foi o seu brinquedo preferido. Desde pequena ao invés de brincar com bonecas, como é o interesse mais comum entre as meninas, Nati tinha paixão pelo futebol. Tanto que aos 5 anos de idade seus pais a matricularam em uma escolinha para começar a praticar o esporte. Só que ela queria ir além e competir. Foi então que em 2018 disputou a Liga Metropolitana de Futsal – era a única jogadora entre cerca de novecentos garotos. Entretanto, uma fratura no pé a tirou das quadras. Mas, como desistir não é uma opção para esta pequena atleta, em janeiro de 2019 Nati passou em uma peneira no Avaí e se tornou a primeira menina a integrar as categorias de base de um clube da série A do Campeonato Brasileiro jogando com os meninos. Destaque pela habilidade com a bola no pé, a pequena gigante tem como inspiração ninguém menos que a jogadora brasileira Marta Vieira da Silva. Com quem sonha ainda poder “bater uma bolinha”.

Por: Dariane Carvalho l ESTRUTURA de Comunicação

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Sobre o Autor

Formado em Educação Física e especializado em Jornalismo Esportivo. Editor e proprietário do Templo dos Esportes

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