Parceria mais vitoriosa da história do tênis, com 119 títulos conquistados, Bob e Mike anunciaram a aposentadoria. Para Marcelo, momento de dizer muito obrigado pelo que fizeram não só pelo tênis, mas em especial pelas duplas
Eles são referência no mundo do tênis. A história das duplas passa pelo nome dos irmãos Bryan. Os gêmeos norte-americanos Bob e Mike, de 42 anos, que conquistaram nada menos do que 119 títulos, segundo a ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), sendo 16 de Grand Slam, anunciaram que estão se aposentando. E deixam as quadras como a parceria mais vitoriosa de todos os tempos, conquistando todos os Grand Slam, todos os Masters 1000, quatro vezes campeões do ATP Finals e donos de uma medalha de ouro olímpica, ao longo da carreira de duas décadas. Foram 438 semanas no topo do ranking, terminando a temporada na liderança por dez vezes (2003, 2005 a 2007, 2009 a 2014).
Ao final dessa parceria histórica, o mineiro Marcelo Melo relembrou os muitos momentos que viveu acompanhando essa trajetória e enfrentando os irmãos Bryan nos diferentes torneios do circuito. Agradecendo pelo que fizeram não só pelo tênis, mas em especial pelas duplas.
“Lembro a primeira vez que fui treinar com eles, na Austrália. Fiquei tão nervoso que não acertei uma bola. Depois, eu acabei enfrentando os Bryan várias vezes, incluindo a final de Roland Garros, uma de Wimbledon e do Finals, em Londres. Como jogavam! Para mim, sem dúvida, a melhor dupla da história. Fica o meu muito obrigado por tudo o que fizeram”, afirmou Marcelo, que tem o patrocínio de Centauro, BMG e Itambé, com apoio da Volvo, Orfeu Cafés Especiais, Head, Voss, Foxton, Asics, Bolsa Atleta e Confederação Brasileira de Tênis.
Recordista em títulos e semanas no topo do ranking – Recordista brasileiro em número de títulos, com 34 conquistas, e também em semanas no topo do ranking da ATP – 56 -, assim como em participações no ATP Finals – completou sete seguidas -, em 2019, Marcelo somou mais um recorde ao chegar a 500 vitórias, na estreia no ATP 500 de Washington, em julho, maior vencedor entre os tenistas do Brasil, passando a ser o 35º jogador de todos os tempos a atingir essa marca.
Entre 2017 e 2018, Marcelo ficou 30 semanas – 25 consecutivas – como líder do ranking mundial individual de duplas da ATP (13 semanas em 2017 – terminando o ano como número 1 – e 17 semanas em 2018). Antes, ocupou a liderança pela primeira vez em 2015, por 22 semanas, também virando o ano na frente, e voltou ao primeiro lugar por mais quatro semanas a partir de maio de 2016.
Agora em 2020, no México, no ATP 500 de Acapulco, Marcelo conquistou o 34º título da carreira, o 14ª com o parceiro polonês Lukasz Kubot. Pelo 14º ano consecutivo comemora no mínimo um título por temporada. Juntos, Melo e Kubot ganharam pelo menos um torneio por ano desde 2015.
Dos 34 títulos, todos em duplas, dois são Grand Slam – Roland Garros, na França (2015) e Wimbledon, em Londres (2017) e nove Masters 1000, além de oito ATP 500 e 15 ATP 250. Marcelo, 36 anos, e Kubot, 38 anos, formam parceria desde o início da temporada 2017. Antes, jogaram em torneios como o ATP 500 de Viena, em que foram campeões em 2015 e 2016.
Nove vitórias em 2020 – Melo e Kubot somam nove vitórias em 2020, nas estreias no Australian Open e no ATP 250 de Adelaide, na Austrália, duas no Rio Open, quatro em Acapulco e uma na estreia no Masters 1000 de Cincinnati. A temporada 2019 teve 46 vitórias em 68 jogos. A dupla fechou o ano passado como a segunda melhor parceria do mundo, com 5.000 pontos – atrás apenas dos colombianos Juan Sebastian Cabal e Robert Farah (8.500). Já no ranking mundial individual de duplas, ficaram entre os top 10 na temporada passada: Marcelo em sétimo, com 4.910 pontos, pela sétima vez consecutiva entre os dez melhores do ano. Kubot, na sexta colocação, com 5.090. Marcelo encerrou 2018 como nono do mundo, foi primeiro em 2017 e 2015, oitavo em 2016 e sexto colocado em 2013 e 2014.
O primeiro título de Marcelo em torneios ATP foi em 2007, no Estoril, em Portugal. Tem dois Grand Slam, além de um vice em Londres (2013) e um vice (2018) e duas semifinais no US Open. Marcelo também lidera no número de títulos em Masters 1000. Em Xangai 2018 chegou ao nono, depois de ganhar Xangai (2013 e 2015), Paris (2015 e 2017), Toronto (2016), Cincinnati (2016), Miami (2017) e Madri (2017).
Temporada 2020
Título
ATP 500 – Acapulco (México), rápida
Temporada 2019
Título
ATP 250 – Winston-Salem (EUA), rápida
Vice-campeonato
Masters 1000 – Indian Wells (EUA), rápida
ATP 500 – Halle (Alemanha), grama
ATP 500 – Beijing (China), rápida
Masters 1000 – Xangai (China), rápida
ATP 500 – Viena (Áustria), rápida
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Por: ZDL