Em Cascavel, sorocabano fez o pit stop na hora certa na segunda corrida e aproveitou entrada do safety car para assumir a ponta após sair em 23º
Uma estratégia muito bem executada pela Shell V-Power e também uma dose de sorte permitiram a Átila Abreu vencer pela segunda vez na temporada 2018 da Stock Car, na segunda prova da rodada dupla de Cascavel. O sorocabano estendeu ao máximo sua janela antes do pit stop obrigatório apostando na possibilidade de um safety car e foi isso mesmo que aconteceu, o que rendeu a Átila a liderança.
Com os resultados deste domingo, os dois pilotos da Shell V-Power se mantiveram entre os dez primeiros no campeonato, com Átila em oitavo e Ricardo Zonta, que marcou pontos com um nono lugar na segunda corrida, na mesma posição na tabela.
Na primeira corrida, Átila subiu de 15º para 14º na largada, enquanto Zonta perdeu tempo após desviar de uma confusão e passou em 23º no fim da primeira volta. O sorocabano ficou a maior parte da prova em 15º, quando um contato com um concorrente o fez recolher aos boxes e voltar apenas no fim, para receber a bandeirada em 23º.
Já Zonta, que prolongou ao máximo sua janela antes do pit stop obrigatório e liderou por uma volta, retornou à pista em 18º e completou a corrida em 16º, a um posto da zona de pontuação.
Entre as duas corridas, a Shell V-Power teve apenas 20 minutos para terminar os reparos no carro de Átila e permitir ao sorocabano participar da segunda prova, num trabalho que teve grandes frutos no fim,
Na corrida 2, Zonta ganhou três posições logo na largada, enquanto Átila subiu uma. Na segunda volta, dois pilotos bateram no Bacião, e a dupla da Shell V-Power subiu ainda mais, enquanto o safety car entrou na pista.
Dada a relargada, ambos mantiveram suas posições, mas na oitava volta o carro de segurança entrou de novo na pista após uma batida entre outros dois concorrentes logo à frente de Zonta, que conseguiu escapar e subir para décimo, com Átila em 19º.
O piloto do carro #10 entrou nos boxes logo na abertura da janela obrigatória para troca de pneus, enquanto Átila ficou mais tempo na pista, para aproveitar o espaço limpo à sua frente e aguardar um eventual safety car. A estratégia da Shell V-Power deu certo, já que, no exato instante em que o sorocabano fazia seu pit stop, um outro acidente causou a terceira entrada do carro de segurança, e o sorocabano ficou na liderança.
Na relargada, Átila, mesmo com o capô danificado e a carenagem raspando no pneu traseiro direito, conseguiu manter a ponta até a bandeirada para vencer pela segunda vez no ano. Já Zonta completou a segunda corrida na nona posição.
A próxima etapa da Stock Car será disputada daqui a duas semanas, no Velo Città, em Mogi-Guaçu (SP).
O que eles disseram:
“A primeira corrida largando lá atrás foi difícil, já me deram um toque na traseira. Consegui escapar da grande batida, mas na reação, o carro que vinha atrás arrancou o extrator, o que me fez perder toda a estabilidade nas curvas de alta, o carro ficou bastante difícil de guiar na corrida 1. Saindo em 16º na segunda corrida, fizemos umas mudanças no grid para estabilizar o carro, e estava mais competitivo, dava não só para defender, como atacar. Uma pena dois concorrentes brigarem na minha frente, perdi um pouco de tempo. Vários pilotos arriscam mais na segunda corrida, e isso nos prejudicou. A equipe fez um bom trabalho, estávamos mais competitivos na corrida, e vamos trabalhar mais para a classificação. Parabéns à equipe e ao Átila pela estratégia, e mostra que a Shell V-Power está com sorte, em Campo Grande deu certo comigo, e hoje foi com o Átila”
Ricardo Zonta, piloto do carro #10
“Temos de acreditar até o fim! Toquei com o Valdeno (Brito) e o carro ficou danificado. Voltei, e o time fez um grande trabalho para recuperar o carro. Larguei de 23º e fui recuperar o que dava, deixamos para parar na última volta da janela, e na hora que parei tive a sorte, primeiro, de o Rubinho (Barrichello), que estava mais rápido do que eu, ter tido um problema nos boxes e depois, quando saiu o safety car e o Thiago (Camilo) tirou o pé muito cedo, e me permitiu sair do box à frente. Aí foram algumas voltas até entender e reposicionar os carros, eu tinha certeza de que eu era o líder. Eram três voltas, e eu estava bem mais lento do que os outros, mas aí o Thiago teve algum problema e o (Rafael) Suzuki não tinha mais pushes, e deu para trazermos a vitória para casa. Em Campo Grande, a vitória escapou por uma circunstância de safety car dentro do pit stop, e hoje isso me favoreceu. Nada como um dia após o outro”
Átila Abreu, piloto do carro #51
“Tivemos três fins de semana depois de Londrina, e ainda tinha ficado engasgado em Campo Grande, e já tinha esquecido Londrina, que o Átila ganhou na pista e foi punido. Essa foi para pagar aquela lá, foi na base da sorte. Depois do acidente na primeira corrida, o carro do Átila ficou todo torto e desalinhado, e foi para a pista com nós torcendo para o capô não voar. Ele entrou no box e deu o safety car. Se tivesse dado 15 segundos antes, o Átila não conseguiria fazer o pit. Os caras que estavam na pista tiraram o pé e consideraram que não tinha ninguém para parar. Aí deu tempo de o Átila fazer a troca e sair na frente. Por uma dúvida, o safety car mandou o Átila ultrapassar, ele ficou uma volta na frente de todo mundo. Eles tiveram de corrigir esse posicionamento, e depois o Átila fez a parte dele e ganhou a corrida”
Thiago Meneghel, chefe da Shell V-Power
Classificação do campeonato:
1º D.Serra – 191 pontos
2º F.Fraga – 179
3º M.Wilson – 159
4º M.Gomes – 159
5º R.Barrichello – 142
6º C.Bueno – 141
7º J.Campos – 128
8º Á.Abreu – 112
9º R.Zonta – 99
10º L.di Grassi – 98
Sobre a Raízen:
A Raízen, licenciada da marca Shell no Brasil, se destaca como uma das empresas de energia mais competitivas do mundo e uma das maiores em faturamento no Brasil, atuando em todas as etapas do processo: cultivo da cana, produção de açúcar, etanol e energia, comercialização, logística interna e de exportação, distribuição e varejo de combustíveis. A companhia conta com cerca de 30 mil funcionários, que trabalham todos os dias para gerar soluções sustentáveis que contribuam para o desenvolvimento do país, como a produção de bioeletricidade e etanol de segunda geração a partir dos coprodutos da cana-de-açúcar. Com 26 unidades produtoras, a Raízen produz cerca de 2,0 bilhões de litros de etanol por ano, 4,2 milhões de toneladas de açúcar e tem capacidade para gerar cerca de 940 MW de energia elétrica a partir do bagaço da cana-de-açúcar. A empresa também está presente em 66 bases de abastecimento em aeroportos, 67 terminais de distribuição de combustível e comercializa aproximadamente 25 bilhões de litros de combustíveis para os segmentos de transporte, indústria e varejo. Conta com uma rede formada por mais de 6.000 postos de serviço com a marca Shell, responsáveis pela comercialização de combustíveis e mais de 950 lojas de conveniência Shell Select. Além disso, a companhia mantém a Fundação Raízen, que busca estar próxima da comunidade, oferecendo qualificação profissional, educação e cidadania. Criada há mais de 14 anos, a Fundação Raízen possui seis núcleos no interior do estado de São Paulo e um em Goiás e já beneficiou mais de 13 mil alunos e mais de 4 milhões de pessoas com ações realizadas desde 2012.
Por: Luis Ferrari