Já na primeira volta Rafa duelava com Hayley, que largou na pole, e não demoraria a tomar a primeira posição do norte-americano e seu Ford Mustang. A briga se estendeu por toda a corrida e, valendo-se da presença de um retardatário na Curva 12, o piloto de Belo Horizonte não desperdiçou uma preciosa chance de retomar a ponta, na 37ª das 40 voltas, resistindo até a linha de chegada à presença ameaçadora do rival. Um resultado inédito também para a equipe HP Tech/3-Dimensional Services Group e, por isso, merecidamente comemorado. Mesmo porque coloca o mineiro na liderança do campeonato.
“Eu já havia passado perto, ano passado consegui uma pole e um segundo lugar, este ano, em Sebring, fui segundo novamente. E aprendi as lições daquela prova. Procurei desta vez conservar pneus e freios para estar numa boa condição no fim da corrida. E estudei bastante a tocada do Justin, vi onde eu conseguia ser mais rápido e esperei que a chance aparecesse. Quando foi o caso, aproveitei. Realizei mais um sonho e tirei um peso das costas. Agora acredito que a segunda vitória chegará mais rápido. Estou muito feliz, difícil até descrever”, comentou.
E Rafa ainda teve a chance de ajudar seu companheiro de time nessa etapa, ninguém menos que o canadense Paul Tracy, de volta às pistas depois de sete anos afastado das competições (vem atuando como comentarista na F-Indy para a TV americana). Com bons conselhos e o caminho das pedras para ajudar na adaptação, Tracy foi o oitavo, fazendo jus ao estilo de sempre – o Camaro 87 terminou a prova com a dianteira danificada e a asa traseira quebrada. “Parabéns ao Rafa e obrigado pela diversão e pelas dicas no fim de semana. Eu mesmo me questionava se ainda poderia ser competitivo, mas acho que provei que minhas dúvidas não tinham razão”. O próximo desafio da Trans-Am, em 14 e 15 de abril, é em território mais do que conhecido pelo mineiro: o circuito misto de Homestead, em Miami, onde mora e treina com maior frequência.
Por Rodrigo Gini