Dirigentes da antiga Fórmula 3 continuam em abril a missão de formar novos talentos
Uma das mais tradicionais e importantes categorias da história do automobilismo brasileiro, a Fórmula 3 anunciou que passa a chamar-se Super Fórmula Brasil a partir da abertura da temporada 2018, no dia 22 de abril, em um evento conjunto com o Campeonato Brasileiro de Stock Car e a Copa Petrobras de Marcas. Única categoria de formação de novos talentos vindos do kart em atividade em nível nacional, o torneio realizará sua 31ª temporada e alterou sua denominação como forma de reforçar sua condição de principal competição de monopostos do país.
“Em uma temporada em que o Brasil se preocupa com o fato de pela primeira vez em 48 anos não contar com um representante na Fórmula 1, consideramos ainda mais importante a missão da Super Fórmula Brasil, que é sem dúvida o mais eficiente laboratório de formação de jovens talentos do automobilismo brasileiro”, explica Augusto Cesário, presidente da Associação Nacional de Equipes de Fórmula (ANEF), organização que reúne as equipes da categoria. “Não há no país equipamento mais apropriado para o aprendizado tanto da tecnologia e regulagens, quanto do comportamento de um carro de corridas em alta velocidade. Do nosso grid já saíram grandes nomes. E em 2018 não será diferente. Vamos continuar a formar nossos futuros representantes”, continua o presidente da ANEF.
“Temos total consciência da importância da realização dessa categoria no Brasil. Não vamos produzir novos nomes com potencial para as principais categorias do mundo se não investirmos fortemente na formação de pilotos. E essa é a maior prioridade da CBA nesse momento”, completa Waldner Bernardo de Oliveira, presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo.
O novo nome da categoria visa criar uma nova identidade para o campeonato. “Fórmula 3 é uma marca mundial, mas que para o público brasileiro não significa muito atualmente. Então, decidimos criar uma nova marca, que carregue consigo mais significado”, explica Augusto Cesário. “As três palavras – Super Fórmula Brasil – têm sua razão de ser. Super, na nossa concepção, se refere ao fato de nossos carros serem os mais velozes do continente, oferecendo muita segurança e elevado nível de aprendizado. O termo Fórmula, logicamente, indica o tipo de carro. E o uso da palavra Brasil é uma forma de indicar que se trata de um campeonato de nível nacional, que vai competir em várias pistas do país, com as mais variadas características técnicas”, resume o dirigente.
Testando o potencial – A temporada 2018 contará com oito rodadas duplas, ou seja, a nova geração de pilotos disputará ao todo 16 corridas. “O fato de serem rodadas duplas é importante, por que você dá mais oportunidade do piloto testar seu potencial em situações de corridas de verdade”, diz Dárcio dos Santos, secretário geral da ANEF. “Como se diz, treino é treino, jogo é jogo. No automobilismo, não é diferente. Uma coisa é treinar para dar voltas rápidas, outra é dar essas voltas rápidas e, simultaneamente, disputar freadas – algo que, por si só, exige uma técnica específica. E isso só se aprende em corridas de verdade”, resume o dirigente.
Outra particularidade do campeonato é ter seis rodadas duplas em parceria com a Stock Car e duas com outros eventos, também tradicionais no automobilismo nacional. “Quando dividirmos a pista com a Stock, estaremos dentro do maior evento automobilístico da América do Sul – o que já quer dizer muito para os jovens pilotos e seus patrocinadores”, explica Augusto Cesário. “Além deles, vale destacar que faremos a nossa final junto com a Sprint Race, um campeonato muito profissional e que cresce todos os anos. E, no meio da temporada, faremos uma prova em Interlagos junto com o Campeonato Paulista, que foi uma forma de baratear o custo da temporada, já que as viagens são um item que pesa muito no orçamento”, conclui o presidente da ANEF.
Fazendo história no esporte – A Super Fórmula Brasil teve papel importante na formação de vários grandes nomes brasileiros do esporte a motor. Com seus carros de F-3, aprenderam a técnica e refinaram o talento nomes como Nelsinho Piquet e Lucas Di Grassi (dois campeões mundiais de Fórmula E que chegaram à Fórmula 1), Christian Fittipaldi (ex-F1 e Indy), Cristiano da Matta (ex-F1 e Indy), Ricardo Zonta (ex-F1), Hélio Castroneves (bicampeão das 500 Milhas de Indianápolis), Bia Fiqueiredo (ex-F Indy), Bruno Junqueira (ex-F Indy), entre vários outros. Em nível mundial, a F-3 foi estágio de formação de alguns dos maiores pilotos de todos os tempos, como Michael Schumacher, Nelson Piquet, Ayrton Senna, Alain Prost e Nigel Mansell, assim como campeões da atualidade, casos de Lewis Hamilton e Sebastian Vettel.
CALENDÁRIO 2018
Data/Local/Parceiro
22/04 – Velopark – Stock Car
06/05 – Londrina – Stock Car
20/05 – Santa Cruz do Sul – Stock Car
17/06 – Interlagos – Paulista de Automobilismo
09/09 – Cascavel – Stock Car
21/10 – Tarumã – Stock Car
04/11 – TBA – Stock Car
16/12 – Curitiba – Sprint Race
Por BestPR